Prisioneiros

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Após verem a quantidade de suprimentos, Diego retornou a clareira com mais pessoas para recolher tudo. Depois disso, seguiram viagem rumo a Capital Metrópolis.

Eles caminharam até as doze horas do dia seguinte e então fizeram uma pausa para comer e conferir os suprimentos.

- Nós temos setenta e um fuzis, duas metralhadoras calibre cinquenta e mais de mil munições. - Disse D'Lucas - Sem falar da comida que vai dar para vários dias.

- Temos mais armas do que pessoas capazes de empunha-las. - Respondeu Diego.

D'Lucas colocou as mãos atrás da cabeça, cruzou os dedos e respirou fundo.

- Dê uma arma para qualquer homem que tenha mais de quinze anos.

- Você quer armar adolescentes?

- Eles não vão entrar nas batalhas, mas se algo acontecer, estarão preparados.

D'Lucas era sábio em suas palavras, porém era perigoso entregar armas nas mãos de adolescentes.

- Vamos fazer isso apenas com aquelas que aparentam se mais maduras. - Disse Diego.

- Entendido.

- Vocês pretendem mesmo invadir a capital usando um bando de pirralhos, que nem sabem se limpar sem a ajuda da mãe, como soldados? - Umas voz ecoou, vinda de trás deles.

Ao virarem, viram o mesmo homem encapuzado da noite passada.

- Arthur. - Diego bufou - Você tem que parar de aparecer desse jeito... É estranho.

- O que você quer? - Perguntou D'Lucas.

- Eu vim falar com o Christian.

- Como você vê, ele não está aqui.

Arthur cruzou os braços, apoiou seu ombro em uma árvore e disse:

- Ele tá vindo aí pra falar sobre os prisioneiros que seus homens fizeram.

- Que? 

- Diego! - Christian chegou no local interrompendo eles - Os soldados capturaram cinco boinas vermelhas.

D'Lucas e Diego trocaram olhares de espanto.

- E aí, Christian! - Disse Arthur.

- Credo. Quanto tempo faz que você está aí?

- Acabei de chegar.

O comandante respirou fundo e disse:

- Vocês precisam vir comigo, agora.

- Ok - Uníssono. 

Os três seguiram Christian pela floresta até chegarem em um local onde havia uma nascente dentro de uma caverna e, na entrada, estavam os cinco boinas vermelhas de joelhos com as mãos e os pés amarrados.

Lá estavam também alguns soldados de Bedrock, que os vigiavam e vários civis pegando água na nascente e conversando.

A presença de Arthur no lugar fez com que ela se sentissem desconfortáveis, já que nunca tinham o visto antes.

Também no local; Jimmy e Willgner estavam juntos, discutindo sobre o que fazer com os prisioneiros.

Após dar uma boa olhada nos boinas vermelhas, Christian, Diego e D'Lucas se juntaram a eles, porém Arthur se manteve um pouco afastado.

- Então, O que vocês tem em mente sobre o que fazer com eles? - Perguntou Diego.

- É uma situação complicada. - Respondeu Jimmy - não temos um local para prendê-los.

- Então você soltar eles? - D'Lucas perguntou.

- Isso seria uma péssima ideia. - Diego respondeu - Eles tem nossa localização. Se o seu exército reencontra-los, com certeza ficarão na nossa cola.

- E se os levarmos conosco e colocarmos eles pra trabalhar pra gente? - Willgner tomou a palavra - Eles seriam úteis nos serviços braçais.

- Teria que ter alguém vigiando vinte e quatro horas por dia. - Diego respondeu - Já temos poucos guerreiros. Não quero dispor deles pra isso.

A discussão continuou por alguns minutos sem chegar a um veredito. Porém já cansado de observar tudo isso, Arthur se levantou bufando, caminhou até detrás dos prisioneiros, sacou um revolver calibre cinquenta e, um a um, matou os cinco prisioneiros com um tiro perfeito na nuca, a qual estraçalhou suas cabeças.

Os tiros foram tão altos que todos no acampamento puderam ouvir.

No fim; Diego, D'Lucas, Jimmy e Christian tiveram como única reação observar Arthur ele soprava a fumaça que saía do cano de seu revolver. Em seguida ele O guardou no coldre, olhou para os cinco e disse:

- Problema revolvido...

Depois virou as costas e saiu.

- Quem é esse cara? - Jimmy perguntou.

- É aquele que te falei mais cedo. - Diego respondeu.

- O da noite passada?

- É.

- Caramba...


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