O retorno do Fantasma

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No centro do Vale, os soldados de Diego venciam a batalha pelo controle da região das cavernas, obrigando os seus inimigos a recuarem.

Porém, novamente, Bryan James ordenou que sua artilharia abrisse fogo contra a região, fazendo-os retornar para dentro das cavernas.

一 Mas que merda, Diego! 一 Dizia Hélder. 一 Não vamos conseguir derrotá-los enquanto a gente não der um jeito nessa artilharia.

一 Eu sei. 一 Respondeu. 一 Já enviei um pelotão para descobrir a localização.

一 Aí, Diego. O que faremos com eles. 一 Borges se aproximou com um grupo de seis prisioneiros que estavam com as mãos atadas.

一 Jogue para fora e deixe que sua própria artilharia faça o trabalho de matá-los.

一 Entendido.

Mesmo com aqueles prisioneiros implorando por misericórdia, Borges e seus homens os puseram para fora das cavernas. E logo os projéteis da artilharia os dizimaram.

Ao ver aquela cena, D'Lucas se aproximou de Diego e disse:

一 Quer saber, cara. Você se tornou um monstro pior que o Arthur!

Depois deu as costas e se afastou.

一 Fiz isso porque era necessário. 一 Diego segurou em seu ombro. 一 Você sabe disso.

一 Você está enganado. Não precisamos nos rebaixar ao nível deles.

一 Isso era o que a gente acreditava durante a batalha de Bedrock. 一 Diego gritou. 一 E olha o que aconteceu...

一 E na capital, você lembra? 一 D'Lucas respondeu à altura. 一 Vário civis morreram por causa daquelas bombas; e como resultado, muitos dos sobreviventes foram aos montes se alistar no exército de Crawford... 一 Baixou o tom de voz. 一 Como se já não bastasse a morte do Arthur.

一 Já basta, vocês dois. 一 Christian interrompeu. 一 Não é hora de discutir. Temos inimigos lá fora...

一 Eu sou seu amigo, Diego. 一 O sargento continuou. 一 Vou estar com você independentemente do que acontecer. Mas espero não ter que enterrá-lo tão cedo.

Em seguida, um grupo de soldados foi ao seu encontro. Entre eles estava Benjamin.

一 Conseguimos a localização da artilharia inimiga. 一 Disse o garoto.

一 Preparem uma equipe. 一 Diego deu a ordem. 一 Vamos acabar com essa batalha de uma vez por todas!

一 Entendido!

Enquanto isso, no caminho da cachoeira, os soldados de boina vermelha arrastavam Iroha puxando-a pelos cabelos, enquanto batiam e gritavam com ela.

一 Onde está o restante do seu grupo? 一 Um soldado deu um tapa em seu rosto.

Ela permanecia em silêncio comprimindo as lágrimas.

一 Vamos levar ela aos oficiais e deixar que eles resolvam o que fazer. 一 Disse o que estava no comando.

Iroha olhava as folhas das árvores passando sobre ela, enquanto era arrastada à força. Até que, de repente, sua visão ficou tomada por uma mancha de sangue que se espalhou pelas folhas das árvores a qual ela olhava.

Em seguida os dois soldados que a carregavam foram ao chão, com suas cabeças estouradas por disparos de fuzil.

Surgindo das sombras, um fantasma de olhos vermelhos, capa preta, a qual balançava com o soprar do vento e um capuz que cobria seu rosto, segurava um fizul semi-automático que exalava a fumaça expelida após ele ter efetuado os disparos que mataram aqueles dois soldados.

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