Epílogo

4 0 0
                                    

Christian estava sentado em seu escritório, na capital, com as pernas em cima da mesa, enquanto lia uma revista, quando ouviu alguém bater na porta.

一 Entre. 一 Disse ele.

A porta se abriu e um soldados, que carregava uma caixa empoeirada entrou e a colocou sobre sua mesa.

一 Mas o que é isso? 一 Disse com voz alterada. 一 Tá sujando tudo.

一 Desculpe senhor. 一 O soldado respondeu. 一 Achamos isso durante a escavação do escritório de Crawford e achamos que iria lhe interessar.

一 Ok. 一 Christian levantou. 一 Obrigado.

Dentro da caixa, havia várias cartas destinadas a Crawford. Apesar dos envelopes serem legíveis, as cartas eram em um idioma totalmente desconhecido. O remetente se intitulava como: "O Portavoz" e o endereço ficava na província de Kalashcov.

Dias depois, Christian foi até o endereço e, chegando lá, se deparou com um prédio tão alto quanto as nuvens.

Ele entrou no prédio e portaria estava um jovem de, mais ou menos, dezoito anos.

一 Olá, senhor Christian. 一 Disse ele. 一 O portavoz já está lhe aguardando.

一 Eu não enviei nenhum aviso dizendo que viría.

一 Tudo bem. 一 O jovem sorriu. 一 Ele já sabia.

Depois disso o garoto o conduziu até um elevador no qual não tinha nenhum controle.

As portas se fecharam e ele subiu até um certo andar, onde ao abrir a porta, se deparou com um corredor completamente branco e sem nenhuma porta, a não ser o seu fim.

Ao caminhar pelo corredor, Christian ouvia alguns passos além dos dele, porém não via ninguém o acompanhar.

No fim, ele entrou em uma sala onde um garoto de cabelos, olhos e vestimentas brancas o aguardava.

一 Olá, senhor Christian. 一 Disse ele. 一 Bem vindo.

一 Quem é você?

一 Eu sou o portavoz. 一 O garoto abriu os braços.

一 Tá bom. 一 Gargalhou. 一 E quantos anos você tem, onze? Já sabe limpar seu nariz sozinho?

一 Eu tenho mil quinhentos e trinta e sete anos. 一 Respondeu.

一 Ok. 一 Christian ficou sério. 一 Já chega dessa piada.

Ele caminhou em direção ao garoto mas, de repente uma pessoa de traje platinado surgiu na sua frente a ponto de os dois se esbarrarem.

一 O que foi isso? 一 Arregalou os olhos. 一 De onde você surgiu.

Christian deu dois passos atrás, porém outras duas pessoas com o mesmo traje impediram sua passagem.

一 Você tem razão, senhor Christian. 一 Disse o garoto. 一 Já chega dessa piada.

Aquelas pessoas agarraram seus dois braços e o arrastaram até a janela.

Mesmo Christian se contorcendo de todas as formas, ele não conseguia se soltar, pois aquelas estranhas pessoas eram bem mais fortes que ele.

Ao abrirem a enorme janela ele pôde ver que estava quase tão alto quanto as nuvens que os cobriam.

一 Vão me jogar daqui?

一 Não usamos de métodos tão arcaicos, senhor Christian. 一 Respondeu o garoto.

Em seguida, diante dos seus olhos, uma porta se abriu, além da janela, e revelou algo que parecia com o interior de um avião.

一 Mas que merda é essa? 一 Gritou.

一 Apenas entre...

Eles o empurraram para dentro e, após entrarem, a porta se fechou.

一 Esse troço está invisível. 一 Christian se contorcia sem parar. 一 Como isso é possível?

一 Você pode fica quieto um minuto, por favor?

Ao se acalmar, ele sentiu um solavanco; a nave tinha partido e, poucos minutos depois, já se aproximava das montanhas do fim.

O comandante estava espantado com tamanha tecnologia, pois além de estar invisível, aquele veículo era mais veloz do que tudo o que ele já viu.

一 Se continuarem nessa trajetória vocês irão colidir com o domo, seus idiotas.

De repente, uma abertura surgiu em sua frente e, ao atravessar, os olhos de Christian se arregalaram e encheram de brilho ao ver o mundo que existia além das montanhas do fim.

一 Iniciando plano B... 

SOMBRAS DO DESTINOOnde histórias criam vida. Descubra agora