Um mês depois, Ví, Edu, Iroha, suas amigas e outros moradores do vilarejo finalizavam as preparações para o Festival do Cíclo, que iria acontecer na noite daquele dia. Enquanto Arthur dormia sebre a grama verde de baixo de uma árvore.
- Ei, acorda. - Disse Iroha ao se aproximar. - Vai trabalhar também.
- Eu não... Estou com muita preguiça.
- Arthur, você está muito preguiçoso ultimamente.
Ele não respondeu.
- Teve algum progresso? - Beatriz perguntou ao se aproximar.
- Não muito.
- Deixa que eu acordo ele. - Sorriu.
- Em?
Beatriz foi até ele e estendeu a mão direita.
- Levanta, Arthur. Eu tenho uma coisa pra você.
Ele segurou na sua mão e levantou.
- Que coisa?
- Isso...
Ela deu-lhe um soco no estômago fazendo com que ficasse sem conseguir respirar por alguns segundos.
- Por que você fez isso? - Perguntou após recuperar o fôlego.
- Eu só dei "oi"...
- Desse jeito? Esse soco doeu de verdade. Não foi igual aos que a Iroha me dá nos treinamentos com espada.
- Ei... - Iroha pôs as mãos na cintura - Então você quer um soco de verdade?
- Não... Melhor eu ir trabalhar... - Ele correu para ajudar as outras nessoas no que precisassem.
Ao entardescer, tudo ficou pronto e as pessoas esperaram o anoitecer.
- Qual é mesmo o significado desse festival? - Arthur perguntou.
- Amanha será um novo ano. - Iroha respondeu - E, com isso, começa um cíclo novo em nossas vidas.
- Entendi...
- Ouvi dizer que antigamente vinham várias pessoas e outros vilarejos pra comemorar. - Continuou - Mas eu acho lindo que eles mantenham essa tradição viva mesmo com a guerra acontecendo e impedindo que outras pessoas venham pra cá.
- Deve ser porque essas coisas ajudam a manter a esperança. - Arthur respirou fundo e sorriu - Nossa... Isso soa como se um conhecido meu tivesse dito.
- Que conhecido?
- O nome dele é Diego. E eu espero que ainda esteja vivo.
Os dois ficaram alguns segundo em silêncio.
- O que vocês estão fazendo? - Uma voz ecoou atrás deles - Vamos praticar um pouco.
Os dois se viraram e viram Beatriz e Gabrielle sacando as espadas.
- Eu tô fora... - Arthur deus ascostas.
Iroha segurou na gola de sua camisa e disse:
- A não. Você vai sim.
- Mas eu nem tenho espada. - Ele se soltou.
- Verdade. - Ela pôs a mão no queicho - Você tem que pedir uma pro senhor Hanz urgentimente.
- Eu não quero. Ainda acho espara quase inúteis no cenário que estamos.
- Quase inúteis? - Unísono das três.
Em um movimento rápido e inesperado, Gabrielle moveu sua espada fazendo com que sua ponta passasse a poucos centímetros dos olhos de Arthur, cortando um único fio de cabelo.
- Uau! - Ele estendeu a mão e viu o fio cair sobre ela.
- Seu cabelo está grande. - Disse ela ao guardar a espada.
- Verdade. - Respondeu e depois virou-se para Iroha e disse - Por que elas parecem ser tão boas comparadas a você? - Sorriu.
- Não acredito que você disse isso. - Ela franziu o cênho e cerrou os dentes - Diferente das minhas amigas, eu pego leve com você, tá!
- Que fofa...
- Eu não sou nada fofa.
Iroha respirou fundo e continuou:
- Vamos para casa. Vou cortar seu cabelo antes do festival começar...

VOCÊ ESTÁ LENDO
SOMBRAS DO DESTINO
RomanceApós a eclosão de uma guerra, o jovem Diego se viu obrigado a lutar para que além de salvar sua vida ele pudesse reencontrar seu amor. Porém as coisas não saem como o planejado, um acontecimento muda o rumo de tudo e faz com que segredos sejam revel...