- Bom dia, Arthur! - Disse Ví, entusiasmada, ao vê-lo descer as escadas - Acordou tarde hoje.
- Eu detesto frio. - Respondeu.
Ela sorriu e continuou:
- Está fazendo um pouco de frio mesmo. Por isso queria te pedir uma coisinha.
- O que?
- Bem; é que a lenha ta quase acabando e como não tivemos muito tempo de cortar nas ultimas semanas, eu queria que você fizesse isso pra gente.
- Sério que você quer que eu vá lá fora nesse frio? - Arthur baixou a cabeça e bufou.
- Você é o homem da casa. Não vai querer que uma moça delicada como eu ou minha irmã faça um trabalho tão pesado.
Arthur deu as costas e saiu rumo a porta.
- Obrigada! - Ví sorriu de orelha a orelha - Tem dois machados atrás da casa, um com cabo de madeira e outro com cabo de ferro; eu recomendo o de madeira que é mais leve.
Ao dar a volta na casa ele pegou o machado com cabo de ferro e partiu rumo a floresta.
Minutos depois Iroha entrou na casa.
- Aquele preguiçoso ainda não acordou? - Perguntou para Ví.
- Já sim. - respondeu - Eu pedi pra ele ir a floresta cortar lenha.
- Você mandou ele ir sozinho pra floresta, mesmo sabendo que está nevando desde ontem e que ele pode muito bem se perder, já que não conhece a região?
- Olha, resumindo assim parece que eu fiz uma coisa muito errada.
Iroha levou a mão de encontro com a testa e respirou bem fundo. Depois deu as costas e saiu pela mesma porta em que entrou.
- Tô indo atrás dele.
Na floresta, já afastado da vila Arthur viu uma árvore de quinze metros que parecia perfeita para usar como lenha. Ele se aproximou e segurou o machado com firmeza, mas uma movimentação suspeita ao redor chamou sua atenção.
- Eu já te vi. - Disse ele - Sai daí ou procure um lugar melhor pra se esconder.
De dentro da neblina saiu um homem alto e loiro, a qual caminhou em sua direção com uma expressão bem intimidadora, mas Arthur não esboçou nenhuma reação.
- Ora se não é o tal do Arthur. - Disse ele - As pessoas tem falado bastante no seu nome.
- E você é?
- Thúlio, o melhor guerreiro dessa vila.
Arthur arqueou as sobrancelhas e o olhou de cima a baixo.
- Não foi isso que fiquei sabendo...
- O que você está insinuando? - Thúlio sacou sua espada e apontou para Arthur, que colocou o machado sobre o ombros e o olhou no fundo dos olhos.
- Eu não disse nada de mais.
Ambos estavam frente a frente; Thúlio com a espada tocando o pescoço e Arthur, que não esboçou nenhuma reação, mas sentia o desejo de matá-lo naquele lugar. Porém se fizesse isso as coisas não acabariam nada bem.
- Sabe, eu não fui com a sua cara desde a primeira vez que te vi, seu feioso. - Disse Thúlio.
- Então estamos quites.
- Chega do nada e vai morar morar na mesma casa que duas das garotas mais cobiçadas da vila. - Continuou - Você é um feioso folgado.
- Espera. - Arthur deu uma passo para trás. - Então esse teatrinho todo é por causa de mulher? Eu posso ser feio, mas você é um baita de uma gado.
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SOMBRAS DO DESTINO
Storie d'amoreApós a eclosão de uma guerra, o jovem Diego se viu obrigado a lutar para que além de salvar sua vida ele pudesse reencontrar seu amor. Porém as coisas não saem como o planejado, um acontecimento muda o rumo de tudo e faz com que segredos sejam revel...