A Batalha Da Capital (Parte 01)

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No oeste, D'Lucas e Harry lutavam juntos com seus soldados contra a elite dos boinas vermelhas, que estava a poucos metros deles.

Apesar de ainda não terem chegado nos prédios da região de classe alta, a resistência era muito forte, pois aquele era o caminho mais curto para o palácio presidencial.

Naquela altura, os soldados de Tholansky, que estavam espalhados pela cidade, já tinham se juntado com as forças de ataque; e ele com Diego, que estava em batalha no shopping ao leste.

D'Lucas se protegia nos escombros das casas, quando um caça disparou uma rajada e matou vários dos seus soldados.

一 Mas que merda! 一 Gritou 一 O que será que aconteceu com o Christian?

一 Não é olha de reclamar. 一 Harry gritou de volta 一 Olha lá!

Ele apontou para frente, onde um tanque de guerra começava a avançar contra sua posição.

一 Era só o que faltava...

Ele cruzou a rua, em meio aos veículos abandonados e ao fogo cruzado.

一 Você está louco? 一 Harry o seguiu.

一 Nós precisamos nos dispersar para ocupar uma zona de tiro maior.

Logo um dos soldados, armado com lança-foguetes tomou a frente, disparou contra o tanque e o destruiu.

一 Não é hora de fraquejar! 一 Gritou.

Ao ver aqui, D'Lucas apertou seu punho, cerrou os dentes e e disse:

一 Nós viemos lutar para vencer!

一 É isso aí! 一 Harry continuou 一 Avançar!

一 Lutem com seus corações! 一 D'Lucas retomou a palavra.

Imediatamente suas tropas avançaram e aquela batalha se tornou em uma luta corpo a corpo.

O sargento correu na frente de todos e, em meio aos disparos inimigos, abriu um buraco em sua linha de defesa ao cravar sua baioneta no peito de um deles.

一 Estou vendo os prédios da região de classe alta. 一 Gritou Harry, enquanto avançava.

Imediatamente um caça inimigo rasgou os céus e atirou uma bomba contra eles, matando mais onze dos seus soldados.

Ao sul, Borges e sua linha ficaram paralisados frente às defesas dos grandes prédios à sua frente.

Nem mesmo os morteiros causaram um estrago casar de abrir uma brecha que permitisse que eles avançassem.

一 Temos que fazer algo antes que os caças voltem. 一 Disse Rayan.

一 Eu sei. 一 Borges respondeu 一 Mas avançar nessas circunstâncias é suicídio.

一 Espero que as coisas estejam melhores nas outras linhas...

Dentro do Shopping, no leste da Cidade, Diego enfrentava várias plataformas com metralhadoras. Todos que tentavam avançar eram mortos imediatamente, pois não havia nenhuma brecha.

一 Eaí. 一 disse para Tholansky 一 Vai detonar suas bombas ou não?

一 Não iriam causar nenhum efeito, agora. 一 Respondeu 一 Temos que entrar na região de classe alta para detonar.

一 Será que não vai acontecer uma coisa boa hoje? 一 Bateu com a palma na mão na testa.

一 Ei, Diego. 一 Héder se aproximou 一 Conseguimos estabelecer comunicação com as outras linhas.

一 Ao menos isso. 一 Respirou fundo.

Hélder entregou um rádio comunicador para ele.

一 Como está a situação com vocês, câmbio? 一 Disse no rádio.

一 Os caças inimigos estão acabando com a gente; e nós não conseguimos perfurar as defesas dos prédios da região de classe alta, câmbio. 一 D'Lucas respondeu.

一 A situação é a mesma em todas as linhas, câmbio. 一 Millize tomou a palavra.

一 Até que enfim deu as caras, Millize, câmbio. 一 Diego gritou.

一 Eu entrei nessa batalha no mesmo instante que vocês. 一 Respondeu ela 一 Estamos sofrendo as mesmas baixas, câmbio!

一 Isso está mais difícil do que imaginávamos. 一 Continuou 一 Tem muitos mortos aqui, câmbio.

一 Não podemos parar agora. 一 Disse Diego 一 Lembrem-se que essa é nossa última chance, câmbio... Ou nós vencemos ou morremos aqui.

Ao oeste, D'Lucas desligou o rádio e olhou ao seu redor. Onde seus soldados lutaram com garra contra as poderosas defesas inimigas a qual atiravam incessantemente.

O sargento levantou, com seu fuzil em mão e gritou para todos:

一 Eu já cansei disso. Chegou a hora de mostrar o nosso valor... Avançar!

Imediatamente, todos os soldados da linha avançaram gritando, enquanto as metralhadoras inimigas retalhavam.

一 Lutem com seus corações! 一 D'Lucas gritava enquanto corria à frente de todos.

De repente, sons como o de chaleiras com água fervente ecoaram no local e, seguido deles, vários projéteis de artilharia explodiram, espalhando poeira, fumaça e sangue por todo o local.

Deitado no chão, o sargento sentiu o mundo girar enquanto via seus companheiros se arrastando.

Harry estava, inconsciente, à sua esquerda. Já na sua frente, um pelotão de boinas vermelhas atirando em todos os feridos.

一 D'Lucas, responde, câmbio! 一 A voz de Diego ecoava no rádio 一 O que está acontecendo aí? Relate a situação, câmbio.

Seu coração estava acelerado e sua respiração ofegante. Com lágrimas nos olhos, ele tentou levantar, mas o cansaço e a fraqueza não permitiram. O medo tomou conta dele, pois aquele parecia ser o fim... ou não.

Rapidamente, os soldados inimigos que avançavam foram mortos por rajadas de tiros.

Em seguida, alguém colocou a mão no seu ombro e disse, com voz grossa e rouca:

一 Levanta, D'Lucas. Aqui não é lugar para morrer! 一 Depois avançou mais alguns passo enquanto atirava contra os inimigos.

一 Essa voz... 一 Disse o sargento enquanto via a capa preta e capuz que balançavam a medida que o vento soprava.

Logo outros homens vestidos iguais a ele tomaram a frente, atirando contra as posições inimigas.

De repente uma grande explosão espalhou fogo pelo prédio onde estavam os inimigos e, seguido dela, um caça P40 com marcações brancas no nariz e cauda rasgou os céus, seguido por vários outros.

Arthur se virou para D'Lucas e retirou o capuz.

一 Ainda está no chão? 一 Disse ele 一 Vem. Vamos acabar com eles de uma vez por todas. 一 Estendeu a mão.

Ao levantar, o comandante sentiu o chão tremer e ouviu um barulho de motor. Ao olhar para trás viu uma fila com mais de cinquenta tanques de guerra prontos para avançar.

一 Avante! 一 Arthur gritou.

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