Aquela noite não estava tão fria, não havia nevoeiro e a lua, junto com as estrelas iluminavam a noite.
No centro da vila haviam várias mesas com diversos tipos de comida; e ao redor, as pessoas acenderam fogueiras para se aquecer enquanto conversavam, cantavam e brincavam. Elas estavam se divertindo.
Arthur olhava o céu enquanto sentia a brisa leve bater em seu rosto e balançar seu cabelo.
Ele sentia uma leveza junto com uma calmaria. E em seu rosto estava esboçado um leve sorriso.
- Vamos, Arthur. - Iroha o chamou - Os outros acenderam uma fogueira pra gente.
Ela usava um vestido branco com bordados em formato de flores e estava com o cabelo completamente solto a qual era levado na direção em que o vento soprava.
Ele foi ao seu encontro e os dois se juntaram com Edu, Ví, Beatriz e Gabrielle.
Ambos conversaram por horas, com excessão de Arthur, que ficou recordando como sua vida havía mudado nos ultimos meses, como aquelas pessoas o haviam mudado e como elas se tornaram importantes para ele.
- E você, Arthur? - Edu o trouxe de volta para a realidade.
- Eu o que? - Ele não tinha ouvido nada da conversa.
- Já se interessou por alguém antes? Uma garota?
Arthur se manteve em silêncio por uns segundos e então respondeu:
- Eu nunca conheci nenhuma.
Todos começaram a rir.
- Você tá brincando, não é?
- Não estou. - Ele desviou o olhar - Só tinha homens onde fui criado. Exceto por...
- Por...
- Os militares nunca me deixaram estudar. Eu só sabia o que eles queriam que eu soubesse. - Um clima de silêncio tomou conta do lugar - Mas havia um deles que era gentil; e todas as tardes me levava para a janela de uma sala, onde uma garota recebia aulas particulares; e lá eu aprendi algumas coisas.
Todos os olhares extavam fixos em Arthur, que esboçava uma expressão tristonha.
- Ele passou a me levar naquele lugar todos os dias; e isso durou três anos. - Continuou - Mas nunca pude ver o rosto dela, já que a garota sempre estava de costas pra mim, eu só conseguia ver o cabelo.
- E como era o cabelo dela? - Edu perguntou.
O olhar de arthur cruzou o olhar com o de todos que estavam ao redor daquela fogueira e parou nos olhos de Iroha, que tinha seus cabelos castanhos cobreados a qual eram balançados pelo vento.
- Ela usava um rabo de cavalo, mas o cabelo era irdêntico ao da Iroha.
Naquele momento seu coração acelerou e imagens dessa memória vinham em sua mente. E de alguma forma, olhar para Iroha só tornava isso mais forte.
No outro lado, ela havia ficado corada, mas seus olhar estava distante e uma pequena lágrima escorreu discretamente sobre seu rosto.
Antes que Arthur podesse dizer mais alguma coisa, uma explosão de luz chamou a atenção de todos.
- Fogos de Artifício. - Gritou Ví, exalando um grande sorriso.
- Onde eles conseguiram isso? - Athur perguntou.
- Eles usaram a polvora do restante da munição que tinha no depósito.
- Como é? - Ele gritou e correu no direção das pessoas que soltavam os fogos - Como vocês conseguem ser idiotas dessa forma?
Todos ao redor da fogueira começaram a rir.
- Feliz novo ciclo a todos! - Gritou Edu.
Iroha pegou no próprio cabelo, apertou com força e sussurrou para sí mesma:
- Um novo ciclo...
Não muito longe dalí, no Vale do fim do mundo, Diego olhava atentamente o céu, pela entrada de uma das cavernas, enquanto fazia uma contagem regressiva.
- Três, dois e um...
Ao finalizar, sons como o de uma chaleira com água fervente ecoaram pelo céu e, em seguida, projéteis disparados por artilharía causaram várias explosões na floresta.
- Feliz Ano Novo. - Disse ele.
Em seguida a todos os outros dentro da caverna, onde estavam completamente seguros dos disparos de artilharía.
- Parece que o informante do Tholansky estava certo. - Disse D'Lucas - Vamos nos preparar para a batalha.
Diego acenou com a cabeça e sacou seu fuzil.
- Dessa vez eles que serão pegos de surpresa...
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SOMBRAS DO DESTINO
RomantikApós a eclosão de uma guerra, o jovem Diego se viu obrigado a lutar para que além de salvar sua vida ele pudesse reencontrar seu amor. Porém as coisas não saem como o planejado, um acontecimento muda o rumo de tudo e faz com que segredos sejam revel...