A Capital

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Assim como o planejado, após a reunião todos foram divididos em quatro grupos e marcharam por diferentes rotas rumo as proximidades da capital.

Dois dias depois Christian, Arthur e Diego se encontraram próximo a uma ponte de madeira que cortava o riacho da vida a qual nascia no Rio Pardo, passava pelas proximidades da Capital e seguia rumo ao interior.

Já era o final da tarde. Os três cruzaram a ponte e caminharam por um caminho estreio em meio a arbustos. cem metros a frente estava o túnel escondido por trás de duas grandes pedras.

- Lá esta! - Apontou Christian.

- Como pode ninguém mais saber desse túnel. - Diego  parecia desconfiado.

- Chega de conversinha - Arthur tomou a dianteira - Vamos em frente.

Os três seguiram caminho em meio aos dejetos e teias de aranha até saírem por um bueiro em um beco estreito entre duas casas já próximo ao centro da cidade.

No no local um homem de terno já esperava por eles.

- Me sigam, por favor. - Ele disse e seguiu caminho pela rua.

A partir daí era só se misturar em meio a multidão, pois as ruas estavam bem movimentadas.

O homem os levou até o porão uma casa que ficava quatro quarteirões a frente, já no limite do centro da cidade.

A capital Metrópolis parecia outro mundo. Era um local bem iluminado e moderno. O centro era repleto de grandes prédios cercados por outros menores. E do outro lado estava o palácio presidencial, as margens do Rio Pardo.

Ao entrar no porão haviam três mulheres e dois homens armados. Um deles era bem forte, tinha pele escura, cabelo curto e a cicatriz de um corte em sua face direita.

A princípio ele parecia bravo, mas logo demonstrou ser alguém simpático.

- Christian, amigão. - Quanto tempo.

- Pois é. Queria que a gente tivesse se encontrado em melhores circunstâncias.

- Parem com essa enrolação e vamos direto ao que interessa! - Arthur interrompeu.

- Por que tem tantas pessoas na rua? - Diego perguntou.

- Hoje é o dia da posse do Crawford como presidente da província. tudo quanto é gente importante está indo para lá.

Diego ficou de recanto enquanto Christian, Arthur e Tholansky discutiam um plano para derrubar Crawford do poder.

Tholansky afirmou ter plantado bombar em todos os pontos importantes da cidade e que poderia detoná-las apenas com uma ligação.

Aparentemente ele tinha oito mil soldados leais prontos para a luta, fora os grupos de resistência fora da capital, que haviam se formado depois da notícia da morte do presidente.

E por Crawford ter acabado de tomar o poder, as rédeas não estavam totalmente firmes em suas mãos.

Os três discutiram os planos para um possível ataque até que perceberam algo.

- Vocês não estão sentindo falta de alguém? - Perguntou Christian?

- Cara, onde está o Diego? - Arthur perguntou depois de olhar para os lados.

Ambos começaram a procurar por ele.

- Aqui é a capital, pra onde ele deve ter ido?

- Quem é esse amigo de vocês? - Tholansky perguntou

- É o líder da resistência de Bedrock. - Arthur respondeu.

- Eu tava temendo que você me dissesse isso.

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