𝖍𝖔𝖕𝖊

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〖𝟬𝟰𝟭. 𝗘𝗦𝗣𝗘𝗥𝗔𝗡𝗖̧𝗔〗

 𝗘𝗦𝗣𝗘𝗥𝗔𝗡𝗖̧𝗔〗

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𝑺𝒂𝒎𝒂𝒏𝒕𝒂

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𝑺𝒂𝒎𝒂𝒏𝒕𝒂

Mais um dia acordava sem querer sair da cama. Em poucas semanas eu iria me mudar para Romênia e estudar sobre os dragões. Era para eu estar feliz, animada, porém não conseguia. Uma parte de mim não queria deixar Londres. Não queria ir embora sabendo que minha melhor amiga está nas mãos de Você-sabe-quem, mas eu não sabia o que fazer.

Pensava em Heloise todos os dias, todos os dias chorava em meu quarto pensando se ela está viva ou não. Meu peito doía só de pensar na possibilidade dela estar morta. Ela era tudo que eu tinha, ela que me ajudou quando eu estava morrendo, ela me proporcionou uma família de verdade e agora eu não sabia o que fazer para salvá-la.

Eu já havia acordado há alguns minutos, mas não me levantei. Apenas continuei deitada, com os braços de Carlinhos rodeando minha cintura e sua respiração serena em meu pescoço. Quando me mexi um pouco ele despertou.

—Bom dia, meu bem. —acho que as borboletas no estômago que Carlinhos me proporcionava nunca iriam embora. Me virei para ver seu rosto, sorri quando vi sua cara de sono, era tão fofo.

—Bom dia, meu amor. —ele alisava minhas bochechas e me deu um beijo. Me aninhei em seus braços novamente.

—Que horas são?
—Ainda está cedo... não dormi direito. —falei baixo. Carlinhos sempre me ajudou em tudo que precisei, então sempre ficou preocupado comigo depois de tudo que aconteceu.

—Pesadelos de novo, meu bem? —sua mão fazia carinho em meus cabelos. Não falei nada, apenas balancei minha cabeça positivamente. —Vamos dar um jeito de achá-la... não pense no pior, isso não faz bem para você...

—Mas já faz meses... é inevitável pensar no pior—minha voz embargou automaticamente. Sempre que tocávamos no assunto de Helo eu não conseguia deixar de chorar. —, eu sinto que preciso fazer alguma coisa... ela já me ajudou tanto, a vida toda. —eu e Helo somos amigas há muito tempo, antes mesmo de entrar em Hogwarts, já que nossas famílias por parte de mãe são Black.

—Vem cá... —ele me puxou para mais perto, seu corpo era como um casulo, me sentia protegida. Levamos um susto quando uma coruja estranha bateu na janela do quarto.

Me levantei e peguei a carta. Eu sentia que já havia visto essa coruja antes. Quando abri a carta e comecei a ler, foi como uma bomba de emoções tivesse explodido dentro do meu corpo, minhas mãos começaram a tremer, a carta não estava totalmente seca pois minhas lágrimas caíam sobre ela. Charles viu como eu estava e logo veio em minha direção, preocupado, olhou para mim com expressão de dúvida.

—Eu acho que tenho um jeito de salvar Heloise. 

[...]

—É perigoso você ir sozinha! Eu vou com você. —Estávamos todos na sede discutindo sobre a missão que eu teria que ir. Era arriscada, porém eu faria de tudo para Helo ser salva.

—Meu bem... eu preciso ir sozinha, pode ser arriscado, Carmelia deixou claro que era apenas para eu ir, sem nenhum reforço. Vamos somente conversar e criar um plano. —A carta que eu recebi mais cedo era de Carmelia. Ela pedia para me encontrar em uma praça que havia perto de sua casa, sabia qual era pois brincava com Helo quando mais nova.

—Minha querida, isso pode ser somente um plano para te levarem também... você ainda tem Malfoy no nome. —Molly tentava desde cedo me convencer que não era para eu ir, porém já estava decidida. Eu iria.

—Entendam que depois de meses, alguma esperança surgiu para que Heloise voltasse... —Molly rapidamente mudou de expressão, ela ainda estava muito abalada com isso —Ela ia salvou minha vida uma vez... é minha vez de ajudá-la. —Todos ficaram em silêncio. Sabiam que não me convenceriam. —Eu vou ao St. Mungus para ver Sirius e de lá eu vou, ok?

—Por favor tenha cuidado, por favor. —Carlinhos me abraçou tão forte que achei que seria esmagada. —Eu te amo.
—Eu te amo, também. —Dei um beijo rápido e fui me despedir dos outros.

Aparatei no St. Mungus e fui em direção à sala que Sirius está. Desde da batalha que ele está aqui. Não apresenta melhoras desde então, mas seus batimentos continuam normais. Segundo os curandeiros, ele sofreu uma pancada muito forte na cabeça, o que ocasionou uma lesão grave em seu cérebro. O que resta a nós era esperança que um dia ele acorde.

—Oi, almofadinhas... —Me sentei ao lado de sua maca. —Eu sei que vim ontem com Harry, mas hoje eu vou tentar ajudar a resgatar Helo... —Pude jurar como vi seu dedo mindinho mexer. Arregalei meus olhos com a surpresa -
—Eu realmente espero não estar delirando... bom, como ia dizendo, vou tentar ajudar. Sua irmã entrou em contato comigo hoje mais cedo, disse que tinha um plano para ajudar a tirar Helo de onde quer que ela esteja... espero que dê certo... —Fiquei arrumando de leve seus cabelos, já que é algo que ele realmente se importava muito. —Eu estou com medo sabe... eu não faço ideia de como Helo está, do jeito que a conheço, ela pode ter pensando que atacou o senhor... coitada, deve estar se culpando por isso. —Limpei uma lágrima solitária —espero que ela esteja bem... sinto falta de vocês dois... vocês são minha família de verdade. Espero que acorde logo...

Passei mais alguns minutos ali com ele, contava como havia sido o dia na sede, as novidades e sempre dizia como o nosso futuro irá ser bom depois que tudo isso passar e quando ele acordar.

Quando deu a hora, aparatei na praça. Cubro meu rosto com o capa do sobretudo que estava usando, andei alguns metros até ver uma mulher sentada em um banquinho mais à frente, era Carmelia.

 Cubro meu rosto com o capa do sobretudo que estava usando, andei alguns metros até ver uma mulher sentada em um banquinho mais à frente, era Carmelia

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𝐓𝐇𝐄 𝐏𝐑𝐎𝐌𝐈𝐒𝐄𝐃 𝐆𝐈𝐑𝐋 - Fred WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora