𝐓𝐇𝐄 𝐏𝐑𝐎𝐌𝐈𝐒𝐄𝐃 𝐆𝐈𝐑𝐋 - Fred Weasley

𝖎 𝖓𝖊𝖊𝖉 𝖞𝖔𝖚𝖗 𝖍𝖊𝖑𝖕

〖𝟬𝟰𝟮. 𝗘𝗨 𝗣𝗥𝗘𝗖𝗜𝗦𝗢 𝗗𝗘 𝗦𝗨𝗔 𝗔𝗝𝗨𝗗𝗔〗

𝑺𝒂𝒎𝒂𝒏𝒕𝒂

—Samanta.
—Carmelia. —Ficamos em silêncio por alguns segundos. Sempre gostei de Carmelia, até a chamava de tia, porém dos tempos para cá não sei se é a mesma Carmelia que conheci.

—Você está crescida, cada vez mais parecida com Narcisa...
—Precisamos conversar. —ignorei seu comentário.
—Claro... claro... você está sozinha, não é?
—Sim. Insistiram em vir comigo, mas não quero trair sua confiança, espero que você faça o mesmo.
—O que estou fazendo pode custar minha vida. Sem contar que ninguém se preocupa com Heloise além de mim ali. —disse ríspida. Pareceu irritada por desconfiar.

—Não fique irritada! Você quer que eu confie em uma pessoa que sumiu da vida da filha e do irmão por meses e do nada quer ajudá-la? —meu tom de voz aumentou —só estou aqui por que tenho esperança de salvar Heloise, não ache que estou fazendo isso confiando cem porcento em você. —ela se calou.

—É verdade... que Sirius está morto? —notei tristeza em suas palavras.
—Está vivo. —parece que um imenso alivio saiu de seu corpo —mas "bem" não é a palavra adequada no momento. —ficamos em silêncio novamente. Carmelia enxugou rapidamente uma lágrima que caiu sob sua bochecha.

—Como está Heloise? —perguntei apreensiva.
—É uma tortura ver ela daquela forma... —um nó formou em minha garganta, me impedindo de falar uma palavra. —a torturam todos os dias... todos os dias até ela falar algo sobre a Ordem e até declarar que ficará ao lado dele—senti minha respiração desregular, meu corpo todo parecia tremer. —ela acha que matou Sirius... a culpa está a matando. Ela simplesmente não se importa se morrerá ou não... ela precisa sair dali.

—Então, o que faremos? —

—Eu tenho um plano.

[...]

𝑯𝒆𝒍𝒐𝒊𝒔𝒆

Eu estou exausta. Depois de eu quase ter matado Bellatriz, Voldemort pareceu realmente ter ficado furioso, pois as torturas eram mais fortes. Eu achei que perderia minha sanidade. Eu acho que estou perdendo. Não pude mais ver minha mãe depois de tudo, meu pai, sei nem se está vivo, mas também não me importaria se não estivesse. Eu só queria poder conversar com ela, saber o que está acontecendo.

—Acorde. —meus olhos pareciam segurar um peso enorme sob eles, pois eram pesados demais para eu conseguir abrir rápido.
—Seu lordezinho finalmente vai me matar? Porque eu faço questão de continuar um peso morto para ele, não irei ajudá-lo. —resmungava enquanto era levada pelos bruxos.

—Sua morte seria algo bom demais para você, morte seria uma das últimas coisas que ele escolheria para você, garota. —dizia impaciente.
—Isso é uma merda. Tinha certeza que depois de todas as baboseiras que ele falava para me juntar ele, realmente uma merda. —uma risada preguiçosa saía de meus lábios, irritando o bruxo.

—Se não calar a boca eu juro que deixo de dar sua comida por dois dias!
—Ok estressadinho. Apesar que o que vocês me dão não parece nem comida, parece estrume de hipogrifo. E acredite eu já vi um, é bem nojento, igual a comida. —eles me ignoraram, mas adoro ocupar meu tempo os irritando —vocês comem isso também? Achava que os sangue puros eram todos pomposos ao ponto de não comer qualquer comida. —eles bufavam irritados, me fazendo rir. —Aliás, qual o seu nome? Eu o vejo todos os dias mas nunca disse seu nome.

—Desde quando você fala tanto? —perguntou irritado.
—Desde quando descobri que isso te irrita. —antes dele falar algo, chegamos no salão para eu escutar mais um vez o discurso entediante de Voldemort tentando me convencer que eu seria muito mais poderosa ao seu lado.  Isso sim era uma tortura.

Eu tinha uma batalha interna. As das mais sangrentas possíveis. Uma parte de mim lutava para que eu não me perdesse de vez, para que eu tivesse esperanças, para que eu voltasse a ser a menina que eu era, que eu fui. Porém a outra parte de mim queria desistir, queria me jogar no abismo de esquecimento e solidão. De fim. As vezes acho que esse lado está vencendo.

Mas sei que o seu oponente possui mais vantagens, mais motivos para continuar, então lutarei por ele. Preciso lutar. Preciso voltar para as pessoas que amo. Preciso sobreviver.

𝑺𝒂𝒎𝒂𝒏𝒕𝒂

Após meu encontro com Carmelia, senti que realmente tínhamos chance de salvar Helo. Mas eu precisaria da ajuda de uma pessoa, de uma pessoa que sei que se importa com ela tanto quanto eu.

—Samanta? —ele abriu a porta de seu apartamento confuso.
—Oi... preciso de sua ajuda. Tem a ver com Helo.