Capítulo 36 - Lua Minguante: O despertar dos desprovidos

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Era dia de ir para a missão de reconhecido do inimigo, assim que tomei o café, disse que iria estudar no meu quarto e não queria interrupções. Tranquei o quarto e sai pela janela, encontrei Albert na entrada da vila.

- Tome isso. - ele me entrega um anel.

- O que é isso? - perguntei.

- Anel de disfarce, ele causa uma ilusão nas pessoas, mas não deixe seus amigos verem você, pode ser que não funcione com eles.

- Pode deixar. - assenti.

- Pode ser que a missão saia do controle, esteja preparada para isso. Seus amigos devem estar a 5 quilômetros daqui, sua Wilk consegue alcançá-los.

- Entendido.

- Se precisar de ajuda, mande uma mensagem mágica.

- E como que faz isso? - perguntei.

- Você vai descobrir, tome cuidado, se alguma coisa der errado eu vou ter que aguentar o falatório do Jony, ele tá que nem urubu em cima dessa missão.

- Tudo bem.

- Agora vá.

Chamei a Mavis e parti para a aventura, como Albert disse não demorou muito para chegarmos perto deles, desacelerei em seguida e tentei ser o mais sorrateira que pude. Nada de perigoso aconteceu nas 7 horas seguintes de viagem. Eles foram a todo vapor minutos depois de eu ter conseguido alcançar eles. Quando chegamos a vila, já haviam Tatsus espalhados por ela, estavam em cima de casas, atrás de pessoas e era fogo para todo lado. A vila tinha sido evacuada algumas horas depois, mas sempre existiam moradores teimosos, Jane seguiu o treinamento e foi tentar tirar o resto dos moradores dali, enquanto Alan avaliava a situação.

Passaram-se alguns minutos até Jane completar a evacuação com êxito, nem a Guarda estava mais lá já que era assunto mágico. Fiquei de olhos grudados em Adam que até esse momento não havia feito nada suspeito, ele estava observando de longe em segurança, eu esperava qualquer uso de magia, qualquer contato com outra pessoa, qualquer movimento em falso, eu estava aqui para pegar o gato no pulo.

Alan utilizou sua magia elemental para localizar os demais pelo solo, mas pela cara parecia que não havia encontrado o que foi levado do bando, ele e Jane se comunicavam por gestos e olhares, foi avisado dias atrás para não deixarmos escapar planos e nem nossas habilidades, então nos reunimos para combinar alguns sinais.

Alan avisou que iria atrás do que faltava e pediu para ela reunir os demais junto com a mãe. Adam ficou observando a Jane, ela tentou ser o mais sutil possível em seus movimentos, mas não seria fácil ocultar o poder dela do Adam, então eu ajudei fazendo uma cortina ilusória de ar entre ela e ele, havia aprendido semana passada, mas não testado, no livro dizia que se usarmos magia no ar poderíamos fazer ele mostrar a visão que queríamos, tipo uma tela. Pelo visto tinha dado certo, pois tive que ativar a visão absoluta, era uma habilidade boa, mas cansava os olhos, temo que não usarei com frequência. Jane fez brotar raízes do chão, boa parte do que ela havia nos mostrado vinha da própria experiência com agricultura, ela disse em um dos jantares que conseguiria escolher o tipo de raiz se idealizasse, ela adaptava de acordo com a situação, desde o tamanho a grossura. Dessa vez ela usou raízes longas e de grossura mediana, prendeu cada um dos Tatsus nela, eles tentarão queimá-las, mas eram raízes de Buyragrim, uma árvore típica de Laguna conhecida por sua inflamabilidade, conhecimento é poder.

Quando juntou todos no mesmo lugar, levantou uma gaiola com as mesmas raízes. Vi Adam saindo de fininho e o segui, ele estava andando de maneira muito suspeita, cada vez mais confirmando as minhas suspeitas. Ele parou e eu segui seu olhar que ia até o Alan que já tinha achado o filhote perdido e estava voltando, esperei que Adam fosse voltar junto, mas ele ficou parado até o Alan desaparecer. Ele tocou no ouvido e começou a dizer:

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