Capítulo 4 - Lua Nova: Jack

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Minha infância não foi fácil, meu pai não era um pai presente, isso causou um abalo na relação dele com a minha mãe e quando eu tinha somente 7 anos minha mãe foi assassinada brutalmente.

Era uma noite normal, na sala de estar, eu e minha mãe estávamos assistindo Star Wars, ela adorava, dizia que era o favorito do meu pai, até que ouvimos batidas fortes na porta, achamos que fosse meu pai, mas ela achou estranho, disse que teve um mal pressentimento, sem pensar ela pegou na minha mão e corremos para meu quarto, ela ordenou que eu me escondesse e assim fiz, fui para de baixo da cama, minha mãe não teve tempo, pegaram ela na porta e eu vi eles chutando a cara dela e ouvi ela gritando desesperadamente, gritos de dor, eu fiquei paralisado, queria ajudar, mas ao mesmo tempo eu sabia que se eu saísse dali eu seria morto também, em seguida um dos homens pegou um machado e cortou os pés dela, os dedos e as mãos, por fim cortaram a cabeça dela, depois daquele dia não fui mais o mesmo.

Eles saíram para a minha sorte não se importaram comigo, fiquei horrorizado ao vê-la naquela situação, cai de joelhos e comecei a chorar, chorei por alguns minutos até que ouvir um voz chamar meu nome.

- Jack, você está ai? - ouço a voz distante.

- Quem é você? - pergunto.

- Não tenha medo, vim para te ajudar.

- Estou aqui em cima.

- Ainda bem que você está a salvo! - ele entra no meu quarto e se vê aliviado.

O dono da voz era um homem de meia idade, com cabelo castanho e somente uma mecha grisalha do lado direito, seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo, ele tinha olhos azuis, tinha aproximadamente 1,70 de altura, usava um sobretudo preto. Ele olhou para o corpo e ficou tão horrorizado quanto eu com o que ele estava vendo.

- Eu sinto muito. - ele disse por fim.

- Eu também sinto. - digo limpado as lágrimas que ficaram em meu rosto.

- Não se preocupe, vou te levar até o seu pai. - ele pega na minha mão e me guia.

Ele me levou até uma cabana estranha, quase escondida dentro de uma floresta, parecia ser antiga, a madeira no chão rangia a cada passo, a decoração da casa na sua maioria era armas para todo o lugar. Ele não me disse nada em todo o caminho, apenas nos sentamos em duas cadeiras nem um pouco confiáveis em volta da mesa e ele me ofereceu um chá, mas o chá estava meio amargo.

- É, eu sei que é ruim, mas é só para destravar a sua mente.

Depois disso eu apaguei, não faço ideia de por quanto tempo, só ouvi a voz do meu pai que conversava com o outro homem.

- Por que você fez isso? - ele perguntou com a voz alterada.

- Era preciso. - o homem respondeu calmamente.

- Mas é meu filho, eu escolho a hora!

Depois disso eu apaguei de novo. Na manhã seguinte o meu pai estava do meu lado, estava com uma cara preocupada, eu estava com muita dor de cabeça, meio tonto sem saber o que estava acontecendo.

- Jack, você está bem? - ele me perguntou.

- Estou, tirando a dor de cabeça forte.

- Calma, já vai passar. - ele passa as mão pelo meu cabelo.

O homem estranho entra no lugar e senta ao meu lado no colchão.

- Você quer aprender uma mágica?

- Eu quero! - respondi animado.

- Meu nome é John Loton. - ele foi direto.

Em seguida Loton me entregou um livro velho, com uma capa de couro, o título estava em uma língua que eu desconhecia, tinha desenhos, era todo escrito a mão.

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