Capítulo 31 - Lua Minguante: O novo professor

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JONY

UM MÊS ANTES

Já era de tarde, meu sono estava acumulado devido a semana cheia de trabalho, quis dormir só mais algumas horas, meu telefone tocou bem no meio de um sonho importante, poderia ignorar e tentar voltar ao sonho, mas queria saber quem era o audacioso.

- Alô? - atendi a chamada do número desconhecido.

- Sou eu, Albert. - ele disse.

- Antes de dizer algo a mais, tem certeza que essa chamada não tá grampeada?

- Estou usando minha magia, tá seguro.

- Vá direto ao ponto. Do que você precisa? - pergunto sem enrolação.

- Fizemos uma reunião ontem, queremos que venha lecionar na Academia, você tem muito o que ensinar.

- Não estou afim.

- Estamos em tempos difíceis, já tivemos um aluno que quase morreu, precisamos de você.

- Você sabe que eu nunca quis lecionar, não me sinto nem um pouco empolgado em dar aulas para gente sem talento. - reafirmei.

- Você deveria deixar sua arrogância de lado. Eu não sei se você entende isso, mas não queremos que ninguém morra. - disse com uma voz cheia de tristeza.

- Eu não carrego essa culpa, então não é problema meu.

- Te garanto que essa é a melhor turma de séculos, pelo menos considere.

- Mande um relatório completo sobre eles e vídeos do treinamento, se eu me interessar eu vou, caso contrário não me encha mais o saco.

- Entendido, daqui a três dias te envio o que solicitou, encerramos por aqui.

- Tchau. - desligo o celular.

Algo me deixou inquieto depois da ligação, tinha algo muito errado acontecendo, era a minha intuição e eu não costumava ignora-la.

Por fim, esperei os três dias, analisei o material que ele havia me mandado através de um empregado, não considerava todos com talento, mas dois se destacavam bastante do restante, eu estava mais que pronto para dizer um não ao Albert, mas aqueles dois fizeram com que eu ficasse incerto. Resolvi tirar a dúvida e ligar para um amigo.

- Alô? - ele disse atendendo.

- Sou eu, Albert me procurou dois dias atrás, quer que eu volte para a Academia.

- Típico de você dizer as coisas sem cerimônia. Já que me ligou, tenho certeza que essa tá sendo a primeira vez que você tá reconsiderando a reposta que vai dar para ele.

- Não tenho certeza, desisti daquele lugar desse o começo, sou ambicioso e para mim aquilo era só uma prisão para minha ambição.

- Mas você já conseguiu tudo que queria, não tá na hora de voltar para casa? - ele perguntou.

- E perder tudo que eu tenho? Não cheguei até aqui para nada.

- Não é por nada, mas lá você pode expandir seu negócios ilícitos, lembre-se também de quem está lá, se for tão boa quando a vó era, vai valer seu retorno.

- Não tenho certeza.

- O que seu coração diz?

- Eu sou racional, nunca escutei essa tal de "voz do coração". - digo com sarcasmo.

- Mas pense melhor, coloque em uma balança, mas se tiver muito desejo de voltar, só volte, você tem muito a ganhar.

- Melhor ficar por aqui mesmo, eu escolhi não me envolver mais nisso.

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