Capítulo 2 - Lua Nova: Vamos para o Brasil

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Eu sempre quis viver uma vida, mas sempre acabamos vivendo uma rotina, onde os dias parecem todos iguais, eu não  gostava daquilo, eu queria viver uma aventura, queria achar um lugar no mundo onde eu não me sentisse deslocada, e sonhava muito com isto.

  Levantei cedo como de costume era o primeiro dia das minhas férias, mas quando sua rotina e acorda cedo, você sempre acorda cedo. Minha mãe estava na cozinha preparando o clássico café da manhã baseado em torradas, ela sempre mudava o acompanhamento, mas a torrada era a base.

- Bom dia, mãe!

- Bom dia filha, quer torradas?

- Sim, por gentileza - eu gostava de ser gentil com a minha mãe, apesar de que as torradas enjoava-me.

- Como queira, senhorita. - ela disse sorrindo.

- Cadê o pai? Ele sempre acorda antes de mim.

- Tá resolvendo algumas coisas e acho que é melhor te contar o que são.

- O que aconteceu?

- Sua vó Marcela tá muito doente e seu pai quer ir vê-la.

- E nós vamos?

- Sim, mas não vai atrapalhar sei lá seus planos para as férias? - ela disse chateada.

- Não, mas poderíamos negociar uma viajem pra umas cidades históricas que eu queria conhecer lá - insinuo.

-  Espertinha, devia estar preocupa com a sua vó! - ela me olha de canto de olho enquanto termina o café.

- E eu estou, só que o pai já tá muito mais que nós, então é melhor ficarmos relaxadas em consideração a ele.

- Cecília! Você é essa sua mania de tirar proveito de tudo! - ela diz irritada.

- Mãe como o pai mesmo diz, se a vida te der um limão por mais amargo que seja faça uma limonada.

- Ok, você venceu. - ela ergue uma mão em forma de rendição.

- E quando iremos para o Brasil?

- Hoje a noite, temos que ir o mais rápido possível. - ela parecia preocupada.

- Mãe, você esqueceu de falar algo?

- É que... Sua vó... Ela tá... Segundo os médicos... Quase... Morrendo. Pronto falei.  - ela suspira.

- Nossa, isso é muito ruim. - fico triste.

 - Toma seu café. - ela diz entregando um prato com torradas e uma xícara com café.

- Só isso?

 - Pegue algo na geladeira, fiz pouca coisa, o dia vai ser corrido hoje.

 - Obrigada, mãe. - disse enquanto via ela subindo as escadas.
  
Eu tinha a melhor vó do mundo, meu pai disse que eu puxei a ela, devido o fato de sermos ruivas, e também a personalidade inquieta, sonhadora e aventureira, meu pai uma vez me contou que ela se meteu em um amor louco, sua alma aventureira era disposta a passar pelo o que fosse preciso por alguém, seja lá quem fosse, mas se ela amasse a pessoa ela era determinada a tudo, ela e bem altruísta, e eu fico fascinada com a sua história, mas saber que ela tá morrendo, isso partia meu coração, contudo eu fiz o que ela faria, levaria tudo numa boa, porque ela mesmo diz que a vida é uma mistura de sonhos e pesadelos.

Não demorei muito pra arrumar minhas coisas, tentei levar roupas que mais se adaptasse ao Brasil, exclui roupas quentes e levei um moletom de precaução, mas acho que não precisaria, meu pai dizia que onde minha vó morava não sabia o que era frio, acabei levando o básico mesmo e torcendo pra não chegar lá e lembrar de algo que eu tenha esquecido, não sabia como ia ser, antes íamos uma vez por ano, mas a rotina dos meus pais ficou corrida, e não tínhamos tempo para ir, eu estava com muita saudades da minha vó.

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