Eighth Chapter

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Conheci o amor
Só de te olhar
Estava quase congelando
Você veio pra esquentar

EMILIANO RIGONI

O peso da morena sobre o meu peito, recebendo o afago que eu fazia em seus cabelos, de forma lenta e delicada. Seus suspiros entregavam que logo mais ela pegaria em sono profundo. Isso tudo me deixava com um sorriso bovinos lábios.

Eu amo tanto seu carinho, meu moreno. — Disse baixinho, se aconchegando mais a mim. — E amo como você me ama.

— Eu vou sempre amar os nossos encontros. — Respondo-a. — Tenho medo de dormir um dia, e não te encontrar.

Ela levantou a cabeça e sorriu leve, levou a mão até meu rosto, acariciou minha bochecha. Em seus olhos, era notório a confusão que ela sentia em relação ao que eu havia falado. Em sua expressão, havia receio de que aquilo se concretiza-se.

Estarei para sempre aqui. — Afirmou com pouca convicção. — E por mais que isso não seja tortamente verdade, quero aproveitara-se segundo.

Não quero acordar amanhã, e não lembrar de você ou me sentir vazio por não tê-la. — Sopro um tanto quanto decepcionado, já sabendo que isso era destinado a acontecer.

Meu moreno, não fique com tais pensamentos. — Pediu de forma carinhosa. — Prometo que não vai me esquecer pela manhã, eu farei de tudo para estar lá.

Morena...

Shiu. — Pós o indicador sobre meus lábios, pedir o silêncio. — Vamos aproveitar. — Sussurrou.

De um segundo para o outro, ela estava em cima do meu colo, iniciando um beijo caloroso. Pus minhas mãos em sua cintura, realizando um desejo de meses.

*

As palavras da morena não saiam da minha cabeça, nenhum só instante. Não só as palavras, mas tudo o que ela fez com a boca segundos depois. Apenas lembrar, já me causava calafrios.

O pior não era nada disso, eu amei o sonho erótico, e sim que acordei imaginando Lírio fazendo tudo aquilo. Por vários motivos e razões, ainda sentia que era ela, a pessoa a qual se apresentava a mim em sonhos. Sentia a necessidade de estar perto, de querê-la por perto. Era uma sensação estranha e esquisita, para mim até então.

Decidi começar a mandar flores para ela, depois do sonho com a Morena, que ela citava que gostava de flores. Uni o útil ao agradável.

Observei pela janela, as flores serem entregues, mas o rapaz tocou várias vezes a campainha e nada dela atende-lo.

— Será que ela está em casa? — Me questiono. — Está sim, o carro continua na garagem. — Respondo.

O motoboy da floricultura, deixou as flores no tapete e saiu na moto logo em seguida. Mordi o lábio ansioso, para que ela abrisse a porta e visse os lindos girassóis que escolhi. Mas ela não apareceu. Descido ir até lá, respiro fundo e junto toda a coragem dentro de mim e saio de casa, caminhando até o outro lado da rua. Juntei com cuidado as flores do chão e dei algumas batidas na porta.

Não ouço nada como resposta, então giro a maçaneta e a mesma já estava aberta. Sinto um cheirinho bom da cozinha, direciono meus passos até lá, dando de cara com uma Lírio paralisada e olhando para um ponto fixo.

— Lírio? — A chamo e ela parece despertar, me olhando um pouco perdida.

Desci o olhar para sua mão, que estava pingando sangue. Praticamente corri até ela.

𝐒𝐨𝐧𝐡𝐨𝐬 & 𝐑𝐨𝐬𝐚𝐬 ━━ Emiliano Rigoni Onde histórias criam vida. Descubra agora