Fifteenth Chapter

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Se pede um beijo,
eu te dou um carinho
Quando pede um cheiro,
eu vou no seu ouvido

LÍRIO VILHENA

Moreno havia feitos mesmo um gol para mim, e assim que marcado, correu pelo campo e apontou direto para mim com um sorriso enorme no rosto. Tendo uma vitória de 4 a 0 sobre o Limeira. Marcamos de nos encontrar em casa então, eu estava parada no sofá da minha casa, olhando para o telefone a cada cinco segundos esperando que ele não se atrasasse como da última vez.

A porta se abriu e saltei num susto, lembrando somente segundos depois que ele tinha a chave reserva.

— Estádio lotado, Rigoni domina e GOL. — Disse ao entrar.

Soltei uma gargalhada e levantei, esperando ele aproximar para lhe receber com um selinho demorado. Seus abraços eram sempre os melhores e em tão pouco tempo, me viciaram e me prenderam. Aliás, tudo nele era viciante.

— Oi, moreno. — Sussurro, acariciando sua bochecha com o polegar.

— Oi, morena. — Respondeu no mesmo tom. — Senti saudades.

— Nem me diga. — Faço beicinho. — Vai tomar um banho, pra gente jantar e...

— Não vou dormir aqui hoje. — Me cortou cuidadosamente. Franzi o cenho e inclinei a cabeça para o lado, em total confusão. — Amanhã eu viajo bem cedinho e não quero te acordar, ai vou dormir em casa.

— E me deixar sozinha? — Volto a fazer bico.

Rigoni sorriu e segurou em meu queixo, colando nossos lábios e iniciando um beijo leve logo após isso. Ficava totalmente embriagada com aquilo, os mínimos toques dele em mim, era capaz de fazer uma explosão dentro de mim.

Era como se eu estivesse esperado a vida toda para receber um beijo dele.

Quando o ar nos faltou, nos separei dando alguns selinhos e sorrindo ainda de olhos fechados, que quando abertos, encontraram os seus tão perto e tão costumeiros, que me fizeram sorrir como uma boba.

— Não me importo de ser acordada por você, dorme aqui. — Peço manhosa. — Eu faço empadinha pra você.

— Você vai me engordar. — Disse e dei uma risadinha. — Vou ficar barrigudo e ai deixo de ser atraente, como vamos transar?

— Rigoni! — O repreendo, dando um tapinha em seu braço, lhe arrancado uma risada alta.

— É sério.

Rolei os olhos e esperei ele parar de rir, encarando-o e ouvindo sai risada deliciosa.

— Eu te amaria mesmo você sendo barrigudo. — Falo baixinho, analisando seu rostinho.

— Me ama? — Questionou e senti minhas bochechas ruborizarem.

Meus olhos se arregalaram no mesmo instante, não é que eu não o amasse, eu o amava, mas talvez fosse cedo demais para dizer tais palavras sentimentais, a final só estamos ficando juntos a uma semana. Mesmo que ele tenha estado nos meus sonhos até dias atrás.

— Não, é que...

— Então, não me ama? — Pergunta preocupado.

— Amo. — Falo alto, talvez alto de mais. — Me desculpa se te assustei, foi só... só impulso?! — O tom era de dúvida, e ele sorriu de canto, me dando um outro selinho.

— Não se preocupe, não me assustou em nada e eu também te amaria se ficasse com barriguinha. — Respondeu, me fazendo sorrir boba.

— Mulher só fica com barriguinha quando está grávida, não é um padrão de corpo. — O corrijo.

— Mas eu falei no sentido de gravida, morena. — Sorriu.

— Cedo demais. — Faço careta e ele deu uma gargalhada.

De um segundo para o outro, eu já estava me imaginando gravida, carregando em meu ventre um filho nosso, tendo a plena certeza de que seria a melhor sensação da minha vida. Meu desejo, é nunca mais me afastar dele e poder ficar com ele o resto de nossos dias, sem nenhuma interrupção.

— Vou ganhar empadinha? — Perguntou.

— Vai sim, toma um banho que eu vou fazer. — Respondo.

— Toma banho comigo. — Sussurrou ao meu ouvido, causando um arrepio por todo meu corpo. — A gente poderia fazer uma coisinhas dentro do banheiro.

— Não precisa pedir muito pra me convencer. — Digo.

Solto um gritinho surpreso, quando ele me pegou no colo me levando até o quarto, entrando no banheiro logo em seguida. Disse que tiraria peça por peça do meu corpo e então assim o fez.

Um gemido baixo escapou de meus lábios, ao sentir seus dedos deslizando por meu corpo, distribuindo sensações. Quando voltou ao meu rosto, lhe puxei para um beijo.

O som do telefone tocando, ecoou por toda a casa e nós separamos, demorando alguns segundo para chegar à conclusão de que era o meu toque de telefone.

— É só ignorar. — Digo, voltando a beija-lo.

O aparelho voltou a tocar mas como da última vez, ignorei. Me concentrando apenas em sua boca na minha e em como elas combinavam em extrema sintonia e compatibilidade.

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𝐒𝐨𝐧𝐡𝐨𝐬 & 𝐑𝐨𝐬𝐚𝐬 ━━ Emiliano Rigoni Onde histórias criam vida. Descubra agora