If you like to do the
things you know that we shouldn't do
Then baby, I'm perfect❃
LÍRIO VILHENA
— Quer namorar comigo?
Silêncio é a ausência total ou relativa de sons audíveis. Por analogia, o termo também se refere a qualquer ausência de comunicação ainda que por meios diferentes da fala. Silêncio na fala pode ser resultado de hesitação, gagueira, autocorreção ou de uma liberada diminuição no ritmo ou velocidade com o propósito de clarificar ou processar as ideias.
Era assim que estávamos, em total silêncio. Nunca havia sido pedida em namoro, muito menos feito tal pedido a alguém, mas hoje me senti tão corajosa que senti vontade de arriscar tal questionamento. Tinha dúvidas e medos quanto as respostas mas, tinha um pouco de esperança e de certeza que ouviria algo que me agradece.
O olhava ansiosa, ainda desfrutando do carinho que seu polegar fazia em minha bochecha, Rigoni parecia que estar em choque.
— Rigoni? — O chamo e ele pisca algumas vezes, parecendo despertar de um transe. — Ouviu o que perguntei?
— Sim. — Respondeu, mas sem especificar para qual das perguntas. — Sim eu ouvi o que perguntou e sim, aceito namorar com você. — Disse adivinhando meu pensando, ou talvez decifrando minha expressão confusa.
— Jura?! — Abro um sorriso enorme e o vejo confirmar com a cabeça, me fazendo dar um gritinho de felicidade.
Segurei em sua nuca, o puxando para um beijo lento, logo abrindo passagem para sua língua se encontrar com a minha. Por impulso, subi em seu colo, o puxando para sentar-se, ainda o beijando. Suas mãos se arrastaram pelas minhas costas, alcançando minha cintura e a apertando de forma delicada.
— Eu amo muito você. — Sussurro, ao quebrar brevemente o beijo.
— Eu amo muito, muito você. — Respondeu no mesmo tom, voltando a me beijar.
*
dia seguinte
Tudo me parecia bem mais colorido aquele dia, até as capas de livros velhos e empoeirados de uma doação que recebemos, me pareciam lindas. Soltei um dos muitos espirros que daria ali pela frente, e ouvi a risadinha baixa de Cris.
— O que foi? — Questiono, fungando o nariz.
— Você quase nunca faz isso, porque ataca sua alergia. — Respondeu minha amiga, retirando quatro livros de dentro da caixa. — E hoje está toda, alegre. Alegre até demais para uma terça-feira.
— Pedi Emiliano em namoro, e ele aceitou. — Falo, a vendo arregalar um pouco os olhos e franzir o cenho em confusão. — Eu sei, muito recente mas eu me sinto tão bem ao lado dele.
Ela murmurou um "uhum" e depois voltou a ficar em silêncio, silêncio este que sempre me incomodava, já que ela sempre tinha algo a dizer e nunca falava, me causando ansiedade. Mordi o lábio, tentando afastar a minha curiosidade mas eu única fui boa nisso, então falei:
— Anda, desembucha. — Murmuro baixo, não tão pronta quanto minha fala parecia estar para si resposta.
— Não acha cedo demais? — Questionou. — Tipo, você acabou de conhecê-lo e de finalmente se livrar do carrapato do Diego. — Fez uma careta aí citar o nome do meu ex. — Sério, o que você sabe sobre ele?
— Que ele...
— Que ele é jogador e argentino, que ama você e é isso. — Completou, o que eu falaria. — E a família dele? Você me disse que ele ia se casando uma vez, e essa mulher, onde ela está?
Mordi o lábio e respirei fundo, já sabendo que ela tinha razão de estar duvidando.
— Achei que você gostasse dele. — Murmuro.
— Eu gosto, vejo o bem danado que ele fez a você e tudo o que tem feito todos os dias. — Disse. — Mas, uma coisa não tem nada haver com a outra, eu amo você acima de tudo e não quero que sei lá, uma ex do passado apareça de novo e te tire de cima do cavalo branco. — Falou rápido, me fazendo sufocar só de ouvi-la.
Cris tinha razão, eu sabia pouco, reduzindo isso a quase nada. Rigoni por sua vez, me conhecia do avesso, já que falei de toda a minha vida para ele e de todos os meus demônios, que agora foram resolvidos.
— Vou conversar com ele. — Falo em uma tentativa vaga de conforta-la. — Mudando de assunto, como vai esse livro que vai lançar no meu aniversário?
— Vai bem. — Abriu um sorriso enorme. — Se chama Bilhete, e é algo bem clichê, mas aposto que irá gostar do prólogo. — Foi a minha vez de sorrir ao fim de sua fala.
— Como os personagens são?
— Ela é escritora também, e ele é um empresário famoso que vai investir na editora que ela escreve. — Cortou com um sorriso bobo nos lábios. — Aí ele manda bilhetinhos fofos para ela, só isso.
— Só isso? — Questiono e ela balançou a cabeça, afirmativamente. — Quero nomes e detalhes.
— Vai ficar querendo. — Disse e dei mais um espirro.
Selecionamos o que precisavam de reforma e separamos em uma caixa para levá-los, os que ficariam na ala de doações, levamos aos poucos e organizamos as estantes, o que era a pior parte para Cris, que odiava arrumar livro por livros.
Ao fim de tudo, precisei mesmo tomar um remédio de alergia já que essa parte, havia puxado de meu pai. O sino da porta, anunciou a entrada de outra pessoa, e sorrimos ao ver Pétala entrar saltitante, com um livro nas mãos, uma jaqueta, calda e blusa, todas as peças pretas.
— Oi tia linda. — Disse, abrindo um sorriso gigante.
— Oi meu pedacinho. — Respondo, agachando um pouco para deixar-lhe um beijo na bochecha.
— Já te disse que és maravilhosa? — Perguntou, retirando os óculos escuros que usava para compor o look.
— Pede logo, aproveita que sua tia está boazinha hoje. — Cris disse, limpando as mãos da poeira com o álcool em cima do balcão.
— Vai ter uma festinha de heróis na minha escola, e precisamos levar alguma coisa para o lanche. — Começou e franzi o cenho, querendo saber até onde aquilo chegaria. — E como a senhora é a melhor tia do mundo, linda, cheirosa, culta e...
— Cuida logo Pétala Vilhena, o que você quer? — Cruzo os braços, já aguardando.
— Eu disse que a senhora faria biscoitos caseiros para eu levar. — Falou rápido e arregalei um pouco os olhos. — E como a senhora me ama, vai fazer, né? — Mordei o lábio receosa.
Olhei bem seria para ela, em seguida para Cris, que fazia um joinha com a mãos esquerda para minha sobrinha, em um sinal positivo de que ela havia ido bem ao pedir. Levantei as sobrancelhas e ela parou o que estava fazendo, fingindo demência.
— E pra quando é isso? — Pergunto, voltando a olhá-la.
— Amanhã de manhã. — Disse, e sorriu. — Obrigada tia, te amo muito. — Não esperou minha resposta e logo caminhou para a saída. — E você vai comigo, te amo de novo.
A observei acenar e sair da livraria em seguida, atravessando a rua com cuidado e chegando até a floricultura. As vezes ela conseguia me deixar boquiaberta com sua tamanha inteligência e com sua persuasão.
Pétala, por ser a única neta e sobrinha — por enquanto, já que um brotinho crescia no ventre de Floribella —, era a mais mimada e sempre conseguia o que queria. Creio que isso nunca vai mudar.
— Agora eu arranjei. — Digo, me apoiando no balcão.
— Vou querer biscoito também, viu. — Avisou, apontando o dedo a mim.
— Agora pronto. — Rolei os olhos.
**
:)p.s.: peguem a referência que a cris deu
PEGUEM MESMO!!!
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𝐒𝐨𝐧𝐡𝐨𝐬 & 𝐑𝐨𝐬𝐚𝐬 ━━ Emiliano Rigoni
Фанфик✽+†+✽ ━━ "Parece que tenho um admirador secreto" Emiliano Rigoni, um jogador de futebol que passou semanas sonhando com uma morena desconhecida, que acabou furtando seu coração com um beijo descontraído - dentro do sonho, é claro -, e teve uma surpr...