And when the seasons change
Will you stand by me?
'Cause I'm a young man built to fall, ooh❃
LÍRIO VILHENA
Quando estamos a deriva, as ondas do mar quebram por todos os lugares, se formando, se desfazendo de formas naturais e mágicas. No meio dos oceanos, elas não atingem ninguém e não causam alvoroços.
Era exatamente assim que me sentia, a deriva. Perdida e vazia no meio do oceano, com as águas tranquilas e ao mesmo tempo, inconstantes, me levando para suas direções duvidosas. Meu corpo inteiro, parecia inerte àquilo, e se deliciava com o êxtase de não sentir quase nada.
Finalmente eu pude ouvir a sua voz novamente, mesmo que estivesse num tom meio embargado e distante, senti felicidade após ouvi-la. Ainda podia ouvir o grito, o zumbido e em seguida o silêncio que se sucedeu após eu fechar os olhos, a qual eu relutava para tentar abri novamente, o sono vencia sempre.
Movia os olhos por debaixo das pálpebras, na expectativa de conseguir abri-los e finalmente encontrar os dele, que o nome me fugia da memória toda vez que eu lembrava de seu sorriso, beijos, abraços, carícias e tudo que o envolvia.
Sentia meu braço adormecer e não tinha a certeza se era porque o havia perdido no acidente, ou se era porque eu estava paralisada e não o moveria nunca mais.
Após resmungar baixo de dor, consegui mover o pescoço e olhar o que estava impedindo minha circulação sanguínea de correr por minhas veias, vendo um rapaz de cabelos negros, bem familiares.
— Meu braço. — Digo com dificuldade, sentindo minha garganta arranhar, me fazendo força-la um pouco. Ele não se moveu nenhum centímetro, e eu estava com dor de mais para tirá-lo dali. — Meu braço. — Repito e o ouvi resmungar. — Deixa de ser folgado.
— Morena, só mais cinco minutinhos. — Ele disse, em fazendo sorrir e sentindo os olhos enchendo de lágrimas. Tive certeza algumas vezes quando o ouvia lamentar, que nunca mais escutaria aquilo.
Tentei puxar meu braço, mesmo sabendo que aquilo doeria, e foi exatamente isso que aconteceu. Quando puxei me soltei uma resmungo alto, fazendo com que o homem que estava deitado em cima dele, levantasse a cabeça assustado.
Era ele, com o olhar perdido e sonolentos mas era ele. Arregalou um pouco os olhos ao me ver acordada, em seguida abrindo um grande sorriso.
— Meu amor. — Disse em tom de alívio, e sorrio leve. Suas mãos se aproximaram do meu rosto, e acariciaram minhas bochechas, seu rosto veio para o meu logo em seguida. — Está se sentindo bem?
— Estou com dor de cabeça. — Respondo, descendo meus olhos para seus lábios, ansiando por qualquer toque que ele viesse me proporcionar.
— Consegue saber onde está? Quem você é? E quem sou eu? — Perguntou tudo ao mesmo tempo, me fazendo piscar algumas vezes para te tar compreender tais perguntas.
Olhei ao redor e tive a certeza de que estava em um hospital, o que significava que eu não havia morrido. Após isso, voltei a olhá-lo e abri um sorriso de lado, elevando minha mão até seu rosto, finalmente o tocando.
— Sofri um acidente com a minha sobrinha, e estou em um hospital, eu sou a Lírio. — Respondo devagar, dando algumas pausas apenas para me entender com as letras do alfabeto.
— E o meu nome, meu amor? — Perguntou cuidadosamente.
Já sabia quem ele era, sabia que era perdidamente apaixonada por ele e que não havia dúvidas quanto a isso, sabia dos beijos e dos abraços, do sexo e das conversas após ele. Eu me lembrava de tudo isso, até mesmo da última mensagem que ele havia me enviado.
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𝐒𝐨𝐧𝐡𝐨𝐬 & 𝐑𝐨𝐬𝐚𝐬 ━━ Emiliano Rigoni
Fanfiction✽+†+✽ ━━ "Parece que tenho um admirador secreto" Emiliano Rigoni, um jogador de futebol que passou semanas sonhando com uma morena desconhecida, que acabou furtando seu coração com um beijo descontraído - dentro do sonho, é claro -, e teve uma surpr...