Thirtieth-first Chapter

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I'm in the corner, watching you kiss her, oh
I'm right over here, why can't you see me? Oh
And I'm giving it my all
I'm not the guy you're taking home, ooh
I keep dancing on my own, ah

EMILIANO RIGONI

— Se arruma, nós vamos num pagodinho na Paulista que eu conheço.

Essa foram as palavras da minha namorada, ao entrar no escritório enquanto eu lia um dos livros que ela me havia indicado. Morena pediu para que eu me arrumasse rápido mas era sempre ela quem se atrasava, porém, desta vez quando eu a chamei, ela já estava pronta.

Lírio estava perfeita no vestido preto coladinho, falou que nenhum dos dois iria dirigir e que pegaríamos um uber. Agora com ela ao meu lado no carro, segurando bem firme a minha mão, com um sorriso bem aberto e a cabeça sobre meu peito, sentia como se nada no mundo pudesse estragar aquilo.

Ela só vinha me mostrando o quão madura era e o quão pensativa no futuro ela ficava, tanto que me envolvia em seus pensamentos sobre quando Tiago chegar, sobre boas escolas a ele, sobre os desenhos que ele vai assistir, ou as cantigas de rodas que ela faria questão de ensinar. Em tudo que envolvesse o meu, ou melhor, o nosso filho ela me surpreendia cada vez mais.

— Chegamos. — Disse, quando o carro parou em frente a um barzinho que já tocava alto um pagode.

— Estou ansioso. — Confesso e ela me dá um selinho breve, abrindo um sorriso em seguida.

— Hoje você vai conhecer meu lado abrasileirado, e espero despertar um em você, viu argentino? — Afirmou com certeza e levarei as sobrancelhas, levantando as mãos em rendição.

Ao pagarmos, saímos do carro e entramos no estabelecimento que parecia muito familiar a minha morena, já que ela cumprimentou quase todo mundo que estava sentada nas mesas da calçada. Lírio me puxou até o bar e pediu duas cervejas, sendo bem recebida pelo barman.

— Gostou? — Perguntou animada, com um sorriso largo no rosto.

— Eu adorei, ainda mais com você. — Respondo, a puxando para mais perto pela sua cintura. — O que viemos fazer aqui?

— Ter um encontro de casal. — Disse e franzi o cenho. — Nos fomos direto pro namoro e agora vamos ser pais, então, quis fazer uma coisinha pra nós dois.

— Amor, você é perfeita, sabia? — Seguro em seu rosto, lhe dando um selinho demorado. — Eu amo você.

— Eu também amo você. — Retrucou, me dando outro selinho.

Lírio escolheu uma mesa pra gente sentar, e me arrastou até a mesma, nos sentando um de frente para o outro, com sorrisos largos e olhares totalmente apaixonados um pelo outro.

— Qual sua cor favorita? — Minha namorada perguntou, dando um gole longo em sua cerveja.

— Amarelo. — Respondo, e ela suspira. — Porque? Você não gosta, de amarelo?

— Amor eu amo amarelo, mas acho que de cor preferida não rola. — Disse e deu de ombros, me fazendo olhá-la indignado. — A minha cor é azul.

— Eca. — Resmungo e faço careta, a fazendo me olhar indignada, causando uma breve risada vinda de mim. — Cor feia.

— A sua cor que é feia. — Retrucou e neguei prontamente. — Minha cor é maravilhosa.

— Só nos seus sonhos...

Minha fala foi interrompida pelo toque do meu telefone, quando o tirei do bolso vi o nome de Carla brilhar na tela e olhei para Lírio um pouco assustado.

𝐒𝐨𝐧𝐡𝐨𝐬 & 𝐑𝐨𝐬𝐚𝐬 ━━ Emiliano Rigoni Onde histórias criam vida. Descubra agora