Thirtieth-seventh Chapter

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A minha felicidade tem
A pele tão macia
E os olhos castanhos
Num final de tarde de dezembro
O sol bate em seu rosto
Oh céus, ela é tão bela

LÍRIO VILHENA

Quando Tiago pegou no sono, após a ceia de natal que a Família de Rigoni preparou, e mamar a última madeira da noite, deixei ele dormindo no moisés ao lado da cama que eu e meu noivo dormiríamos, voltando para a varanda externa logo em seguida.

Segurei a barra do longo vestido que eu usava e voltei a sentar-me ao lado de Emiliano, que me aproximou mais de si no sofá. Os tios dele eram verdadeiros anjos, e o tratável como filho, era nítido o carinho imenso que eles tinham com o homem ao meu lado.

Cris e Luciano estavam andando de mãos dadas, à beira da praia que era logo em frente a onde estávamos e eu ficava muito feliz em vê-los juntos, formavam um belo casal que apesar de recente, era muito apaixonado.

— Como vai no trabalho, Emi? — Dona Leda, perguntou e resolvi me atentar a conversa deles.

— Vamos bem, estamos confiante para a próxima temporada. — Ele respondeu, com um sorriso leve no rosto. — 2022 promete.

— Promete mesmo. — Reafirmou Juan, o esposo da dona Leda. Eles também aparentavam ser um casal bem apaixonado, que se comunicavam com sorrisos e olhares.

Forma bem gentis em nos deixar ficar aqui esses dias, já que não riamos nos demorar por Buenos Aires, pois o combinado era Natal aqui e ano novo no Brasil, meu pai bateu o pé e conseguiu nos convencer.

Como chegamos hoje a tarde, não deu tempo de apresentar a areia da praia para Tiago, que chegou bem cansado, ainda tentamos deixar ele acordado até o jantar, e assim que terminou foi direto pra cama. Mas amanhã, aposto que ele amanheceria bem animado e adoraria conhecee o mar já que é doido por água.

— Bom, nós já vamos no deitar. — Leda anunciou, levantando-se junto ao marido. — Boa noite, e até amanhã.

Como ela falava bem rápido e em um idioma que eu estava pegando a manha, demorei um pouco para entender que ela estava indo dormir.

— Quer andar na areia? — Rigoni perguntou, fazendo carinho na minha coxa coberta pelo tecido do vestido.

— Pra falar a verdade, eu quero ir dormir também. — Choramingo e ele sorri. — Estou bem cansada da viagem, e quero ficar igual ao Tiago.

— Que nenê dengoso. — Meu noivo brincou e segurou em meu queixo, me dando um selinho demorado.

— Estamos indo dormir, casal. — A voz de Luciano soou e viramos o rosto para olhá-lo, e o vendo cheio de areia.

— Foi um furacão que passou que a gente não viu? — Rigoni questiona com o senho franzido, e o amigo fez cara de tédio.

— Guerra de areia. — Cris responde, mas ao contrário dele ela estava limpíssima e intacta. — Ele perdeu. — Deu um beijo na bochecha dele, entrando logo em seguida.

Rigoni e eu nos entre olhamos, soltando uma risada em conjunto, vendo Luciano bufar e entrar logo atrás de Cris, ainda todo sujo de areia. Torci para que ele não sujasse nada se não, dona Leda o faria limpar com a língua.

— Depois dessa, até eu quero ir dormir. — Disse e o olhei ainda dando risada.

*

— Isso é areia filho. — Digo, sentando em cima da terra branca com meu filho no colo, retirai seus chinelos e ponho seus pés no chão.

Tiago levou alguns segundos para se acostumar e franziu o cenho várias vezes ao sentir o quentinho — suportável para a pele dele — da areia, logo enterrando os pés dentro dela, soltando uma risada de curiosidade.

𝐒𝐨𝐧𝐡𝐨𝐬 & 𝐑𝐨𝐬𝐚𝐬 ━━ Emiliano Rigoni Onde histórias criam vida. Descubra agora