Assim que Vanna desligou, voltei à missão de procurar saber mais sobre Tainara. Mas não demorou para que as fontes de informações se esgotassem.
Passei, então, a dedicar um pouco de tempo aos cadernos, analisando as matérias que ela estava aprendendo nas aulas. E, testando à fundo meus conhecimentos sobre os temas estudados, acabei descobrindo que eu era muito bom nas matérias de exatas como Matemática, Química e Física.
Em contrapartida, era péssimo nas de humanas, como em Português, História e Geografia.
Já a dona desse corpo se mostrava o oposto de mim, com suas notas comprovando que se dava melhor exatamente nestas outras onde eu naufragava.
Anotações detalhadas me deixaram a par das provas que estavam mais próximas. E se eu fosse um cara mais organizado, certamente faria uma programação de estudo para assimilar essas matérias em que tinha mais dificuldades.
Mas acabei deixando isso de lado. Depois me preocuparia com esse detalhe. As suas futuras provas eram as menores de minhas preocupações no momento.
Idade.
Quantos anos eu tinha? Isso foi outra dúvida que surgiu na minha mente. Eu não sabia se haviam regras de idade nesta loucura toda de invadir corpos. Então, o fato de estar dentro de uma garota de dezesseis anos não queria dizer que eu também deveria ter dezesseis anos no meu corpo original.
Onde quer que ele estivesse...
Meus hormônios em alta talvez fosse um indicativo de que eu ainda não chegara à fase adulta. Mesmo assim, eu precisava de mais informações...
Só agora eu dava atenção a uma música que tocava ao fundo, vinda do lado de fora, de uma casa vizinha. Soou como uma música antiga, mas agradável.
Música...
É. talvez isso me ajudasse a determinar minha faixa etária.
Voltando ao computador, comecei a fazer uma pesquisa por músicas, ouvindo várias, dos estilos mais variados. E duas coisas me surpreenderam.
A primeira delas foi que todas as canções ouvidas me pareceram antigas, como se fizessem parte de uma coletânea de nostalgia. Mesmo as músicas que eram lançamentos recentes acabavam me soando envelhecidas, como se meu cérebro, apesar de completamente vazio em relação às lembranças pessoais, já estava calejado de ouvir a maioria daquelas melodias.
E a segunda coisa que me surpreendeu foi o meu gosto peculiar, já que rapidamente comprovei ter uma preferência por artistas do K-Pop. Especialmente as cantoras HyunA, Shunga e o grupo BLACKPINK.
E, para minha vergonha, eu também gostava das músicas de uma banda de garotos maquiados chamada BTS...
Esse último devia ser meu guilty pleasure.
Mas apesar disso, essa viagem pelo mundo da música me permitiu calcular minha provável idade. Meus gostos eram bem típicos da adolescência, o que deixava claro que eu também deveria estar na faixa dos dezesseis anos, assim como Tainara.
Então, eu era um garoto adolescente com grandes talentos como hacker e que também era bom em resolver cálculos, me destacando em matérias como Matemática e Física.
E que gostava de BTS em segredo...
E eu deveria ser um cara bonito também. Provavelmente, parecido com o Henry Cavill quando era bem jovem.
OK, esta última parte referente à minha aparência ainda não havia comprovação, mas... sonhar não custava nada.
Embora esse nome, Henry, soasse estranhamente familiar.
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Consciência Viajante
Teen Fiction(Classificação +14) Ele despertou na beirada de um prédio, prestes a cair. E após enfrentar momentos de tensão para impedir uma queda fatal, acabou descobrindo que acordar naquela situação aflitiva não era o maior de seus problemas. Logo se deu cont...