Capítulo 42

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Na manhã seguinte, meu treino seguinte seria na área de treinamento, no topo da Casa do Vento. Sim, perto dos ringues.

Tinha acabado de passar a noite em claro.

Não tinha reparado o quão difícil é ser seu próprio sol, principalmente agora que Feyre estava aqui, quando eu me xingava por te-la tratado tão secamente... quando deveria te-la abraçado... — Não, eu não deveria.

Preciso me lembrar constantemente que fiz o certo. Que nossa antiga relação fora destruída e que se quero ter alguma coisa com ela temos que nos conhecer de novo... mas ela é a família deles.

As vezes pensei que estava exagerando, mas então tentei encostar minha mão fora da barreira de proteção da Casa do Vento e fui bloqueada. O feitiço só foi tirado ontem, porém, eu podia te-lo quebrado como se fosse nada a muito tempo... todavia se houvesse outro ataque, ai não teríamos lugar para nos escondermos.

Não podia perdoa-los assim, apenas por Feyre ter aparecido. Eles tentaram invadir nossas mentes e nos prenderam... Feyre me libertou mas era uma deles.

Concentre-se Amelia! — Eu repetia, e o único jeito de fazer isso era me tornando cada vez mais desconfiada de todos.

Não é como se eu culpasse Feyre, não... tá, talvez um pouco.

Está bem eu culpo sim! — Entendo seu lado as vezes, mas na maioria das vezes não.

Imagino se tivesse acontecido comigo.

Eu — se não soubesse ler — pediria para alguém escrever para mim, ou qualquer coisa do tipo. Apenas para garantir a Feyre que estava bem, que estava viva.

Não é um problema tão grande, eu sei. No entanto me fez pensar que ela não me amava mais, afinal ela não se lembrou de mim nem por um segundinho quando se tornou feérica, tinha Tamlin, mas... Nós devemos lembrar das pessoas que amamos num período de meses não é?

Eu lembro de Lilian. Toda maldita hora. Mesmo estando completamente quebrada, ela é a primeira pessoa qual eu penso.

Por que ela não pensou em mim também? Nós eramos irmãs, não amiguinhas, irmãs.

Feyre e Cassian lutavam no ringue quando eu e Amren adentramos. E Azriel estava encostado em uma parede olhando para o ringue.

Eles paravam de lutar, e observar a luta para nos fitar.

Trajávamos couro illyriano, apenas as mãos a mostra.

Amren olhou em volta com desgosto:

— Vocês, porcos, cheiram a suor — ela mostra a língua como se vomitasse.

Soltei um risinho.

Cassian para de lutar com Feyre para questionar para Amren, nós duas — que andávamos reto —:

— Por que devemos a honra de suas visitas senhoritas?

Amren gesticula em desdém:

— Precisamos de ar livre para treinar, e Amelia continua destruindo as árvores ao nosso redor. Então viemos a um local sem as árvores.

Cassian balança a cabeça.

— Pobres plantas Amelie ... — eu odeio esse apelido.

— Largue o posto de general e vire um defensor da natureza então, Cass. — Disse sem olhar para ele, seguindo Amren para o ringue vazio. — Amarre-se a uma árvore.

Corte de borboletas da morteOnde histórias criam vida. Descubra agora