Capítulo 14: O inferno

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Avisos:

1- Contém menção a estupro de vulnerável e agressão a vulnerável.

2- Contém tortura

3- Contém estupro com objetos

*Se for sensível não leia, e me peça um resumo do capítulo, que eu mando. Não exponha sua mente a algo que posso te dar gatilhos, não vale a pena.*

* Sua saúde mental é mais importante *

O clima era tenso, Julia parecia querer se afundar em si mesmo e nunca mais aparecer, já Ana Clara tinha tanta frieza no olhar que eu pude jurar que não havia mais vida, em seus olhos

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O clima era tenso, Julia parecia querer se afundar em si mesmo e nunca mais aparecer, já Ana Clara tinha tanta frieza no olhar que eu pude jurar que não havia mais vida, em seus olhos. Os três eram betas, e pareciam não ver esperança em mais nada.

- Se vocês não quiserem falar... - Indra começou.

- Se vocês prometerem que eles vão pagar, por mim eu falo o que vocês quiserem. - Ana Clara falou.

- Prometo que ele vai pagar! - Itachi disse a menina.

Ela simplesmente olhou para a irmã que mantinha a cabeça baixa.

- Tá bom! Então eu conto...- Ela não tinha vida em vida em seus olhos. - Eu tinha oito anos, meu pai nunca foi próximo a mim, eu tinha medo dele já que ele me batia e batia na minha mãe. Mas aí ele parou, começou a me dar presentes, queria sempre que eu ficasse no colo dele, entrava no banheiro comigo tomando banho, e sempre pedia para mim abraçar ele pela cintura. Ai eu fui crescendo, e só foi piorando. Quando eu tinha dez anos, ele começou a mandar eu ficar nua na frente dos amigos dele, se eu não ficava ele me batia até eu desmaiar, minha mãe tentava me proteger mas ele batia muito nela e dizia que era minha culpa.
Ele deixava os amigos dele passarem a mão em mim, mandava eu ficar no colo deles e algumas vezes eles mandavam eu me mexer. - Ela olhou para a irmã que chorava baixinho, mas se recusava a deixar sua irmã sozinha.

" Com o tempo foi piorando, cada vez mais ele exigia coisas, que eu o tocasse com minhas mãos e boca... Mas foi quando eu menstruei aos onze anos, que tudo virou um inferno. Ele dizia que eu já era mulher, e que já aguentava um homem ou mais de um, eu fui estuprada por ele, pelos amigos deles várias vezes por dia, e por todos esses anos eu fiquei nesse inferno de forma silenciosa. Acreditava que ninguém seria capaz de me tirar de lá. Mas, aí aconteceu com a Júlia, eu vi ele batendo e estuprando ela logo depois. Foi quando eu fui até o Conselho tutelar e contei o que acontecia... Mas eles simplesmente não acreditaram, me levaram de volta para casa e falaram para o meu pai, ele disse que era mentira e que eu só queria atenção, e que eu fiz aquilo porque ele não me deixou namorar um rapaz, a conselheira acreditou e deixou a gente lá."

" Meu pai ficou furioso, ele me bateu tanto aquele dia, que quando eu acordei eu estava nua, machucada e jogada no chão do banheiro, Julia veio me ajudar e me contou que naquele dia, todos eles tinham abusado de mim e que minha mãe tentou me proteger, então ele fez o mesmo com ela, espancou e estuprou ela também. Com o passar dos meses, nós simplesmente aceitamos tudo aquilo."

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