Capítulo 16: Tulipas

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Aoda

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Aoda

Eu dirigia de forma calma, não por estar calmo mas sim para não causar nenhum acidente.

Eu já tinha passado na floricultura e comprei um grande buquê de tulipas, eram as preferidas do meu irmão.

Olhei para o banco do carona vazio, e a primeira coisa que me veio na mente foi ele.

Pude ver ele balançando com uma música qualquer, enquanto ria de mim por ser sério demais.

- Qual é, irmão! Você tem que se soltar... dança comigo...- Ele sempre insistia, e eu cedia dançando de forma desajeitada e cantando alto ao seu lado.

A gente ria de tudo, a alegria dele contagiava qualquer um, até mesmo um Uchiha.

Aoba era luz, era doce e alegre.

- Vamos irmão, aproveite a vida... a gente só tem uma e nunca sabe quando vamos peede-la! Então vamos curti, antes que ela acabe e agente não aproveite! - Era o que ele sempre dizia.

Isso me fazia sorrir em meio a tantas lágrimas.

Parei em frente ao cemitério, peguei o buquê de flores e olhava cada flor com pesar.

Sai do carro e fui caminhando cemitério a dentro, com meu coração na mão. Parei em frente ao túmulo do meu irmão me ajoelhei ali e mais uma vez encarei a lápide cinza que tinha uma pequena foto sua sorrindo e sua homenagem.

" Os dias não serão os mesmos, sem o sol "

Deixei o buquê sobre a terra e deixei minhas lágrimas caírem.

- Oi irmãozinho... Eu trouxe tulipas vermelhas, as suas preferidas... - Deixei O buquê sobre o túmulo e sorri. - Hoje eu lembrei de você dançando no carro, como você me obrigava a cantar e dançar junto, e assim nós dois passamos vergonha no trânsito... me lembrei também do seu sorriso, em como ele era lindo e tão sincero... como eu sinto sua falta meu raio de sol.

Senti alguém se aproximando, quando olhei para o lado vi meus pais andando em minha direção.

Minha mãe usava um vestido preto, e meu pai um terno sem gravata também preto. Ambos eram betas, assim como Aoba e eu,  e eles acreditavam que se você é um beta homem, deve se relacionar apenas com mulheres betas, no máximo um ômega, mas eles também não aprovam muito.

Voltei a encarar a lápide na esperança de que fossem embora.

Mas não aconteceu.

- Filho? - Minha mãe chamou.

- O que estão fazendo aqui? - Perguntei sem me virar para eles.

- Viemos ver o túmulo do seu irmão... - Meu pai disse com sua costumeira voz, que impunha tanta autoridade.

- Com que direito? - Disse me levantando mais ainda não olhando para eles.

- Ele era nosso filho! - A voz da minha mãe soou de forma ressentida.

Você Me PertenceOnde histórias criam vida. Descubra agora