Aoda
Eu dirigia de forma calma, não por estar calmo mas sim para não causar nenhum acidente.
Eu já tinha passado na floricultura e comprei um grande buquê de tulipas, eram as preferidas do meu irmão.
Olhei para o banco do carona vazio, e a primeira coisa que me veio na mente foi ele.
Pude ver ele balançando com uma música qualquer, enquanto ria de mim por ser sério demais.
- Qual é, irmão! Você tem que se soltar... dança comigo...- Ele sempre insistia, e eu cedia dançando de forma desajeitada e cantando alto ao seu lado.
A gente ria de tudo, a alegria dele contagiava qualquer um, até mesmo um Uchiha.
Aoba era luz, era doce e alegre.
- Vamos irmão, aproveite a vida... a gente só tem uma e nunca sabe quando vamos peede-la! Então vamos curti, antes que ela acabe e agente não aproveite! - Era o que ele sempre dizia.
Isso me fazia sorrir em meio a tantas lágrimas.
Parei em frente ao cemitério, peguei o buquê de flores e olhava cada flor com pesar.
Sai do carro e fui caminhando cemitério a dentro, com meu coração na mão. Parei em frente ao túmulo do meu irmão me ajoelhei ali e mais uma vez encarei a lápide cinza que tinha uma pequena foto sua sorrindo e sua homenagem.
" Os dias não serão os mesmos, sem o sol "
Deixei o buquê sobre a terra e deixei minhas lágrimas caírem.
- Oi irmãozinho... Eu trouxe tulipas vermelhas, as suas preferidas... - Deixei O buquê sobre o túmulo e sorri. - Hoje eu lembrei de você dançando no carro, como você me obrigava a cantar e dançar junto, e assim nós dois passamos vergonha no trânsito... me lembrei também do seu sorriso, em como ele era lindo e tão sincero... como eu sinto sua falta meu raio de sol.
Senti alguém se aproximando, quando olhei para o lado vi meus pais andando em minha direção.
Minha mãe usava um vestido preto, e meu pai um terno sem gravata também preto. Ambos eram betas, assim como Aoba e eu, e eles acreditavam que se você é um beta homem, deve se relacionar apenas com mulheres betas, no máximo um ômega, mas eles também não aprovam muito.
Voltei a encarar a lápide na esperança de que fossem embora.
Mas não aconteceu.
- Filho? - Minha mãe chamou.
- O que estão fazendo aqui? - Perguntei sem me virar para eles.
- Viemos ver o túmulo do seu irmão... - Meu pai disse com sua costumeira voz, que impunha tanta autoridade.
- Com que direito? - Disse me levantando mais ainda não olhando para eles.
- Ele era nosso filho! - A voz da minha mãe soou de forma ressentida.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Você Me Pertence
Fiksi PenggemarNaruto Uzumaki é um jovem ômega, que foi vendido para Danzou, e agora terá que enfrentar a vida de ser casado com Sasuke Uchiha! Após ser vendido para o Uchiha,Naruto se vê sem saída, a não ser obedecer e se submeter, mas o destino desse ômega está...