Atenção: Romance Adulto 🔞
Livro sem fins lucrativos
Ar - Você precisa de mim, eu sei. Mas não precisa me puxar de vez. Espere eu chegar, e preencher sua necessidade, sem pressa...apenas respire.
Eu sempre fui um ser livre, e foi no ar, onde encont...
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Dylon
Afeganistão, Asia - 2009.
- Guerra é uma merda! _ escuto Kyle resmungar ao meu lado.
- Fale algo que eu não sei. _ digo, ao pegar a minha, nada leve, mochila. Que mais parece um saco camuflado.
Jogo sobre minhas costas, e me inclino para apoiar melhor o seu peso. Vejo Tim, e os outros fazerem o mesmo. Agora em formação, seguimos para o avião cargueiro.
- Será que teremos, pelo menos, algumas semanas antes de nos apresentarmos? _ essa foi a voz de Tim, atrás.
- Eu quero é banho e descanso. _ não me surpreendi com a fala de John.
- Já eu quero sexo, muito sexo! _ rimos ao ver Mason falar animado. - E você, Tenente Coleman?
- Banho com sexo, de preferência. _ falo enquanto entro no avião. - Mas pensando bem, prefiro descanso. _ de fato, estou cansado, meus músculos parecem que estão petrificados.
- Não inventa, pode se animar! _ Mason reclama logo que se senta à minha frente. - Cara, você parece um velho falando!
- Tenho vinte e quatro anos, mas meu corpo pede cama, de preferência, com colchão macio. _ retruco.
- Não duvide disso, meu amigo! _ falo e estico minhas pernas. - Todos nós envelhecemos anos, mais do que o normal, durante essa guerra, Tenente Carter. _ falo e tento me acomodar em meu lugar. A viagem será longa.
Abaixo a aba do meu boné, cobrindo o rosto, e fecho meus olhos.
Cruzo os braços, tentando relaxar ao som dos motores da aeronave. Tem que estar acostumado para aguentar o som do nosso Boing C-17.
- Vocês são um bando de velhos! Melhor assim, sobra mais garotas pra mim! _ Mason resmunga e silencia. Parece que agora ele resolveu se calar.
- Preparem-se garotas, estamos decolando! _ pela primeira vez a Tenente Evans se pronuncia. Mais conhecida como Madeline, ou simplesmente, Mad, para nós. - Decolando rumo ao paraíso! _ ela pontua.
- Amém! _ dissemos em coro.
Nesse momento ninguém mais fala, mas sei que as mentes estão refletindo o que virá. Alguns em oração, outros em reflexão.
Quando a seis anos atrás, tomei a decisão de me alistar, mesmo tendo o apoio do meu pai, não foi fácil partir. Estava deixando-o sozinho. Depois da morte da minha mãe, ficamos ainda mais unidos. Mesmo assim, sabia que era seu desejo também, e se orgulhava da minha decisão.
Agora após dois anos servindo no Afeganistão, estou retornando ao nosso país, para uma breve pausa. De olhos fechados, peço em mente, que bons ventos nos leve e tragam coisas boas para nós.
