🌬Capítulo 38

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Escuto o som dos carros e dos pneus sobre a terra pedregosa

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Escuto o som dos carros e dos pneus sobre a terra pedregosa. Me aprumo para revidar a qualquer ataque, posso morrer aqui, mas o farei lutando.

De repente, escuto um som muito conhecido, e ao olhar para o céu, sorrio. O som muito bem-vindo, nesse momento!

Me abaixo para me proteger e logo tiros são deferidos dos dois lados. Mas com os armamentos que vi nos jipes, eles não terão chance. Não havia nenhum lançador.

Um rasante é dado, como sinal de que tudo acabou. Saio com atenção por detrás da rocha e reconheço a caça de Tim, aceno e logo em seguida vejo mais três. São a minha equipe, meus amigos!

Ficaram a sobrevoar, mesmo correndo o risco de ter algum ataque surpresa. Mas percebi como se posicionaram bem e com segurança, dois caças estavam aparentes e os outros dois não. Porém, sei que estão por perto!

Tim abaixa sua altitude, em um nível seguro, onde eu possa visualizá-lo melhor dentro da cabine. Ele lento, e gesticula, através de sinais conhecidos por nós pilotos, me avisando que o comando de terra foi informado e que o resgate está a caminho.

Faz a volta, e quando passa por mim novamente, eu gesticulo em um sinal, avisando que permanecerei na rocha, ele acena e volta a ganhar altitude. Volto a me posicionar atrás da rocha e tiro o relógio do colete.

- Não acabou, ainda estou em perigo! Mas agradeço, por esses amigos alados terem vindo em meu socorro! _ aperto o relógio, como se estivesse falando com minha linda fadinha. De seres alados ela entende.

Olho em volta, só terra árida e com vegetação bem escassa. A poeira que eu tinha sobre o corpo, só aumentou com a suspensão causada pela aproximação da aeronave de Tim. Passo minha mão pelo rosto, e olho para ela, uma poeira bem-vinda essa. Ainda estou vivo!

Dois caças passam em rasante, é aviso que o regate está perto. Não demora escuto o som de carros e lá estão eles. A cavalaria motorizada. Dois militares do exército, pulam do carro e vem em minha direção.

- Tenente Coleman, viemos resgatá-lo! _ um deles anuncia.

- Agradeço, agora precisamos sair logo daqui! _ falo ao me levantar.

- Temos água, caso precise! _ o motorista informa assim que me sento na caçamba junto com os outros.

- Irei aceitar! _ ele me passa um cantil, e sacio minha cede.

Um barulho de turbinas, leva nossos olhares para cima, e vemos quatro caças passarem por nós, em escolta. Não demora, e apenas dois ficam em sobrevoo a nos acompanhar.

*******

Quando chegamos a base, a equipe médica já estava me esperando, não era preciso, mesmo eu dizendo que estava bem, era obrigatória a verificação deles.

Antes de acompanhá-los, me voltei para a equipe de terra, que me resgatou. Bati continência para todos eles, e apertei a mão de cada um, citando a patente e o nome, que é estampada em seus fardamentos. Fiz questão de fazer esse agradecimento a cada um, pelo arriscado trabalho.

A Liberdade do Ar ( Série Os Quatro Elementos - Livro III) Onde histórias criam vida. Descubra agora