Mantenho cuidado na pilotagem, principalmente nas curvas. Sinto quando ela aperta mais seus braços ao meu redor, assim que acelero um pouco mais. Sorrio sozinho imaginando como ela reagiria se estivesse em um caça, comigo.
Fazemos uma parada rápida em um posto para comprar alguns lanches, aproveitei para abastecer mais a moto e outras necessidades. Vejo novamente o nosso roteiro pela localização do celular, e faltam alguns bons minutos para chegarmos.
A beleza da paisagem no caminho, ajuda a aproveitar e não sentir a distância. Tempo depois, Maya aponta para uma placa, onde há a indicação de que estamos na rota certa. Não demora muito e estamos na entrada do Jardim Botânico. Sigo para a área reservada para veículos, e a ajudo a descer da moto.
Me distraio ao vê-la retirar o capacete e me entrega. Tem uma cortina de lindo cabelo escuro formada sobre seu rosto. Ela os ajeita e faz um emaranhado, enrolando sobre a cabeça. Tiro meu capacete, a tempo de pegá-la massageando suas pernas, assim que levanta a cabeça, me olha sorrindo.
- Não vai descer da moto?!
- Alguém me distraiu! _ falo assim que saio da moto.
Abro o compartimento, tiro nossas coisas e guardo os capacetes.
- Lindo lugar! _ falo ao ver a vegetação e o som dos pássaros ao nosso redor.
- Aprecio que tenha gostado! Vejo que gosta de natureza, pensei que fosse um cara urbano! _ diz enquanto caminhamos.
- Gosto muito da natureza, na verdade gosto do lado urbano também. Todo tem seus favores e desfavores, tento me adaptar ao que me é oferecido. _ falo e pisco para ela e a vejo desviar o olhar.
- Só um momento.
Ela desvia o caminho e segue apressada para uma casa que tem na entrada do parque. Não demora e volta sorrindo.
- Você pagou nossa entrada?
- Não, aqui não paga entrada! _ mostra uma placa assim que entramos em um caminho asfaltado.
- Melhor seguirmos para aquele lado, a uma linda vista ali!
Eu já tenho uma bela vista aqui!
Penso, ao seguir ao lado dela. Mas de fato ela está certa, fico admirado com a bela natureza que este parque botânico apresenta.
Nos aproximamos de um vasto campo gramado, com grandes árvores ao derredor. Algumas poucas pessoas estão com barracas e toalhas ao chão, fazendo seu piquenique particular. Maya continua a andar, surge uma passarela, com vastas vegetações dos dois lados. Começo a ouvir o som de quedas d'água, alguns passos depois vejo uma pequena ponte e uma pequena cachoeira surgir. Paro para contemplar.
- Esse lugar é incrível! _ digo ao sentir uma paz que a tempo não sabia que poderia existir.
- Sim, de fato é maravilhoso! _ ela diz sorrindo ao olhar para a cachoeira. - Vem, vamos ficar ali! _ aponta e segue a caminhar.
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A Liberdade do Ar ( Série Os Quatro Elementos - Livro III)
RomanceAtenção: Romance Adulto 🔞 Livro sem fins lucrativos Ar - Você precisa de mim, eu sei. Mas não precisa me puxar de vez. Espere eu chegar, e preencher sua necessidade, sem pressa...apenas respire. Eu sempre fui um ser livre, e foi no ar, onde encont...