🌬Capítulo 47

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Seguimos andando, e decido por um lugar afastado da entrada, onde não haja tanta circulação de pessoas

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Seguimos andando, e decido por um lugar afastado da entrada, onde não haja tanta circulação de pessoas.

- Ficamos aqui mesmo! _ ao escutar minha voz, ela para e se vira.

Não passou despercebido por mim, que ainda está usando o colar que lhe dei. Volto a olhar em seus olhos e ficamos um pouco a nos olharmos, em silêncio. Como tenho vontade de segurar seu rosto e beijar essa boca. Tanta saudade do sabor desses lábios, de sentir sua língua macia. Só de lembrar o que essa boca já fez em mim, começo a ter uma resposta quase imediata do meu corpo. Mas tudo se esvaece, quando ela passa a mão sobre o cabelo, afastando-o do rosto. Não teria nada demais nesse movimento, se ela não estivesse usando um anel de noivado, nessa mão.

Agora é a minha vez de passar a mão sobre meu cabelo, mas não para ajeitá-lo, mas por impaciência. Quero terminar logo essa tortura aqui. Nunca quis algo proibido, como quero essa mulher. Respiro fundo, tentando pôr em ordem minha mente, e o olhar para ela de novo, vejo seus olhos azuis a me observar.

- Maya, antes de dizer pra você o que vim falar! Quero, primeiramente, dizer que desejo sua felicidade! Eu sou sincero em dizer-te isso, porque de verdade, eu gosto de você!

- Dylon... _ eu levanto minha mão e ela para de falar.

- Deixe-me continuar, por favor! Preciso dizer tudo a que vim, sei que não teremos outra oportunidade. Se você disser algo que eu venha a não gostar, posso falar besteira e magoá-la e isso eu jamais quero que aconteça. _ ela me olha atenta e continuo. - Como eu dizia antes, eu gosto de você, Maya! Fui um covarde em não ter dito isso antes, admito, mas eu estava com meu pensamento em uma realidade incerta, que era a guerra e isso me impedia de falar tudo que sentia e ainda sinto por você. Pode parecer um clichê, mas nunca senti isso por nenhuma outra pessoa. Esse sentimento, do tipo querer ficar do lado, e poder sentir cada momento passado e imaginá-la em seu futuro. Isso nunca! Futuro? _ falo e solto uma risada nasalada. - Já é tarde para isso, eu percebi o tempo perdido, quando a vi chegar na praia, no domingo passado. Estavas de mãos dadas, com aquele que você dizia ser seu amigo, podia até ser, mas agora são noivos. Ninguém me falou isso, eu vi você expor com alegria seu anel para suas amigas, e a vibração de todos ali, com o noivado de vocês. Foi naquele momento, que percebi, eu não faria parte do seu futuro. Mesmo estando quebrado por dentro, o meu querer bem por você, continua inteiro. Eu lutaria por você se não tivesse visto seu sorriso feliz naquele quiosque, ao lado do seu noivo. Mas eu vi felicidade no sorriso dos dois, é por isso que eu não iria mais falar com você sobre isso. Tudo deve estar no passado, agora, mas foi bom eu ter vindo, está fazendo bem pra mim, dizer o que sentia e sinto, por você. _ paro de falar, e noto seus olhos um pouco marejados.

- Dylon, sei que eu deveria ter falado com você, mas...

- Me falar?! Não Maya, você não me deve nada! Você se apaixonou pelo seu amigo, essas coisas acontecem, ele já gostava de você, porque eu percebi isso naquele nosso encontro no bar. Não se sinta culpada por gostar dele e ele de você! _ percebo uma expressão de apreensão nela. - Você gosta dele? _ se ela não gostar...

A Liberdade do Ar ( Série Os Quatro Elementos - Livro III) Onde histórias criam vida. Descubra agora