Deslize

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James Ballard-Hunt

Abro a porta de correr do armazém abandonado e vejo que tem um lugar mais limpo no meio, olho envolta e Alex entra primeiro para caminhar até o meio. Vou mais atrás e toco a arma quando ouço uma risada.

-Ruiva.- ele aparece e o vejo com um casaco de pele.

-Não tá quente demais para esse casaco?- aponto com o queixo.

-Eu gosto de estar bem vestido.- ele continua olhando para Alex.- Já descobriu que James não é para você?

-Vamos logo com isso, James.- ela coloca as mãos nos bolsos.

-O que você tem aí?- me aproximo.

-Achei que ia me dar algo para falar.- ele me observa.

-Que tal eu não atirar em você?- levanto as sobrancelhas.

-Tudo bem, cara.- mexe os ombros.- Sobre o que quer saber?

-Por que Tom está sozinho?- encosto meu corpo em uma estrutura de concreto.

-Henry assumiu a mão da máfia.- explica.- Matou uns quinze caras que disseram que eram leais a Tom e está colocando medo na cidade.- continua.- Ao que parece, a polícia já foi comprada. Ele entregou informações sobre as outras Marias e parece estar crescendo.

-Então baniu Tom de lá? Simples assim?- franzo as sobrancelhas.

-Isso.- assente.- Tom era só um rosto bonitinho para ficar junto a Diana, agora que ele se rebelou e ele ficou doido....Henry não quis mais arriscar. Está bem autoritário lá em Londres, mas pars os sócios dele...parece o paraíso.

-Ele tem muitos sócios?- pergunto e ele olha para Alex enquanto ela brinca com uma faca.- David!

-Tem, tem muitos sócios.- assente.- Alguns ainda estão meio hesitantes em se juntar a ele por um dos objetivos de Henry e matar Diana e ela está com vocês, Ballard-Hunt.

-Quanto acha que ele está disposto a cumprir esse objetivo de matar Diana?- me aproximo.

-Muito, ouvi dizer que o cara odeia a cicatriz que a tal empregada deixou por causa da Diana.- se aproxima da Alex.- Vocês dois terminaram, então, né? James e com a Diana...

-Terminamos aqui?- Alex pergunta.

-Você sabe quando eles vem.- percebo.

-Sim.- assente.- Já estão sabendo que ela está grávida, parabéns aliás.

-O que isso tem haver, David?- começo a me irritar.

-Bem, ele vai vir aqui quando os bebês nascerem.- explica.- Na verdade, tem um plano bem cruel. Vai matar os bebês na frente de Diana, então vai matar ela na sua frente, e então você vai ficar sem mulher e filhos.

-Onde ouviu ele contar o plano?- Alex percebe.

-Tenho muitos contatos.- olha para mim.- Agora vai dar meu dinheiro?

-Mais uma coisa.- continuo me aproximando.- Disse que era o paraíso para quem se associou a Henry.

-É.- assente.

-Como você está indo lá em Londres?- franzo as sobrancelhas.

-Difícil, mas estou indo.- ele sorri.- O que? Você acha que eu estou tramando para você? Por que estaria aqui contando as coisas?

-Por que eu acharia isso?- sorrio.

-Não sei.- ele ri nervoso.- Não faria sentido.

-Ou talvez Henry tenha oferecido uma recompensa para quem me matar e causar sofrimento em Diana?- falo e ele me encara pálido.- Diga que eu estou errado, David.

-Está.- a voz dele falha e Alex aperta a faca quando ele coloca a mão dentro do casaco.

-Estou?- toco minha arma.

-Meus negócios estão caindo, James.- ele entrega e meu sorriso desaparece.- Isso pode me colocar no círculo dele.

-Nos conhecemos há anos.- lembro.

-Eu prefiro o dinheiro.- ele sorri com raiva.

-Poderia ter ganhado muito mais se tivesse sido leal a mim.- mexo os ombros.

-Desculpe.- ele tira a mão e vejo um botão em seu dedo.

-James, é uma bomba.- Alex se afasta.

-Não é uma bomba.- David bufa.- Não seria tão burro, eu trouxe...

O vidro quebra e vejo um homem desacordado sendo jogado pelo chão. Ergo a cabeça e vejo uma figura feminina entrar, olho para o homem de novo e vejo que ele foi morto por uma flecha, então olho para Izzy e ela abaixa o arco.

-Ele trouxe trinta caras e você veio sozinho?- Izzy pergunta e não consigo falar de surpresa.- Abaixa isso.- ela levanta o arco com uma flecha nele assim que sinto a arma na minha nuca.

-Matou todos eles?- David parece desesperado.

-Eram seus amigos?- Izzy sorri.- Desculpa.

-Eu vou matar ele.- David pressiona mais a arma e olho para o lado vendo Alex com a arma nas mãos apontando para David também.

-Vamos deixar algo claro.- Izzy mexe a cabeça e os cabelos escuros acompanham o movimento.- Você está em desvantagem e seu plano é tão bosta que eu estou com pena. Estou até pensando em deixar você atirar no ombro de James pars não morrer triste.

-Vai se foder, sua vadia...

-Não chame ela de vadia.- falo com raiva.

-Você vai largar a arma ou eu atiro.- ela olha para Alex rapidamente e vejo que de alguma forma, se comunicam.

-Eu atiro antes que essa sua flecha idiota chegue.- ele debocha.

Izzy mexe os ombros e solta a corda, fecho os olhos e não sinto nada, ouço a risada de David e ele ri mais alto quando vê a flecha parada ao lado da coluna que estamos. Izzy pisca para ele e aperta em um botão do arco, me jogo no chão quando algo explode e ouço um tiro.

Ao meu lado, David vai com um tiro no meio da testa, ergo a cabeça e Izzy continua parada no mesmo lugar enquanto vejo Alex abaixar a arma. Levanto lentamente e Izzy me observa enquanto passa o arco pelo braço e o prende no peito.

-Você me seguiu?- pergunto.

-Ainda bem que eu segui você.- ela afasta uma mecha do cabelo do rosto.

-Matou todos?- Alex pergunta e Izzy a observa.

-Sim.- assente.- Ouvi James falando para Jake que iria ver um informante e decidi ver se ficaria bem.- ela olha para mim.- De nada, afinal.

-Vamos conversar sobre isso...

-Não, obrigada.- ela sorri e não chega aos olhos.- Vejo você no sábado.

Ela sai por onde entrou e olho para o corpo de David, então olho para Alex e ela faz careta quando vê o sangue que respingou em sua camisa. Até parece com os tempos antigos quando ela e eu fazíamos merda e tínhamos que resolver sozinhos.

-São trinta corpos.- ela murmura.

-A polícia vai achar e a gente fala com Jake para encobrir.- pego a minha arma que caiu no chão.

-Melhor mesmo.- saímos também.- Ainda bem que sua prima apareceu.

-É, ainda bem.- chego no carro e olho envolta vendo que ela já não está mais aqui.

-Agora você me deixa na pista.- ela entra comigo.

-Por um momento, esqueci de toda essa briga.- falo baixo.

-É.- assente de forma calma.- Talvez a gente....a gente ainda seja amigo.

-Sério?- fico surpreso.

-Sim.- ela cruza os braços.- Talvez.

Pra mim, um "talvez" já é bom, não queria que a gente deixasse tudo assim, nossos pais eram amigos e tudo ia ficar estranho, então acho que era bom que a gente pudesse ficar amigo de novo. Ou pelo menos tentar ficar amigo de novo.

A Vingança - 4° Geração.05Onde histórias criam vida. Descubra agora