A fuga

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Voltamos para o quarto, o doutor já tinha assinado a minha alta e dado para o Jimin a minha receita.
- Noona, eu vou rapidinho aqui embaixo comprar os seus remédios. É o tempo de você se trocar. Você quer que eu ligue para o JK, ele pode vim ficar com você.
- Não precisa.
- Certo. - Ele atravessou o quarto e me abraçou.
- Não se preocupe o Hobi vai enlouquecer quando souber que vai ser papai. - Então ele saiu.
Eu fui direto pra o armário e olhei a minha mochila e o que eu precisa estava ali.
Me troquei rápido sai do quarto. Na saída eu pude ver o Jimin na fila da farmácia na entrada do hospital.
- Me perdoe Jimin. - Falei baixinho.
Quando eu pisei na calçada, por sorte alguém ia saindo de um taxi e eu pulei pra dentro.
- Aeroporto Internacional, o mais rápido possível.
Eu havia olhado no banheiro quais os vôos disponíveis para o Brasil e sairia 1 dali há duas horas.
Ainda temos uma hora e eu pretendo pegar aquele avião.

O táxi, parou na frente do aeroporto e eu saí correndo.
Quando cheguei no balcão, eu tive sorte porque ainda não tinham fechado o acesso ao embarque. Eu sempre deixava o meu passaporte dentro da minha mochila e não sabia que ela seria tão útil nesse momento.
Comprei a minha passagem e corri para a sala de embarque. Meu celular começou a tocar.
Eu desliguei.
Passando por algumas lanchonetes na área de embarque, percebi o quanto estava com fome.
- O que você quer comer bebê?
Parei os meus olhos em uma lanchonete com merchandising de sanduíches com queijo.
- Certo! Vamos comer queijo quente.
Pedi dois sanduíches e um café e fui para fila de embarque.
No avião eu devorei o meu lanche rápido demais porque assim que terminei me deu enjoo e corri pra o banheiro.
- Desculpe bebê eu ainda sou nova nisso. Prometo pedir algo gostoso a aeromoça, depois de eu ficar bem.
Engraçado que mesmo que eu soubesse da sua existência em questão de horas, eu já sentia a sua presença comigo.
Quando voltei ao meu ascento, a aeromoça percebeu que eu não estava bem.
- Você tem algum remédio de enjoo? Eu estou grávida.
- Temos sim. Só um momento que eu trago para senhora.
Quando ela voltou, trouxe também um cobertor extra. Eu saí com tanta pressa que não peguei o meu sobretudo.
- Obrigada. - Disse, devolvendo para ela o copo.
Relaxei na minha poltrona, fechei os meus olhos e vi um Jimin, triste nos meus pensamentos.
Ele disse que iria ser o melhor titio do mundo. Eu ri involuntariamente.
- Tá vendo bebê, você tem o melhor titio do mundo. - Falei acariciando a minha barriga.
O Hobi, apareceu nos meus pensamentos. Ele ficaria triste quando soubesse que eu fui embora sem me despedir, mais era melhor assim. Quando o Bang PD, descobrisse que eu estou grávida o que ele poderia fazer? Me casar com Namjoon?
Eu não aceitaria isso, assim como não aceitei o fato de fingir um namoro que não existe.
Preferiria esconder o meu bebê do pai.
Então a meio desses pensamentos, adormeci.
Senti alguém tocando no meu ombro e me chamando.
Quando abri os meus olhos era a mesma aeromoça que me deu o remédio para enjoo.
- Senhora eu trouxe uma sopa. A senhora não comeu nada.
- Obrigada. - Falei me sentando na poltrona.
Tomei a sopa e ela estava deliciosa. Ainda faltava muito tempo para eu chegar no Brasil, tempo suficiente para eu decidir o que fazer.
Eu não poderia voltar pra casa, pelo menos não ainda.
Acho que se eles quisessem me achar seria o primeiro lugar que me procurariam.
Então decidi ir para a minha casa, na outra cidade que eles não sabiam. Nem o Hobi, sabia do nome dessa cidade porque eu nunca disse. Eu só falava que tinha essa outra casa. A que eu comprei antes de voltar para a minha terra natal.
Queria avisar a Julia e ao pessoal que já estava voltando para o Brasil, mais se eu ligasse o meu celular certamente iria ver mensagens e ligações que me fariam mudar de ideia e eu precisava proteger o meu bebê.
Eu sempre quis ser mãe, mais como nunca tinha encontrado alguém legal ainda não tinha realizado esse sonho e como eu já tinha 33 anos, já estava começando a achar que ele seria impossível de realizar. Estar grávida do Hoseok não estava nos planos, mais aconteceu e eu não iria deixar ninguém usar o meu bebê para beneficiar empresa nenhuma.
Porque que o Hoseok, não bateu o pé?
Falando que não iria aceitar essa ideia idiota. Isso que deixava triste e muito magoada com ele.

Improvável porém, Amor (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora