Perto

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Quando terminamos de jantar, ele me perguntou se eu queria algum doce. Eu neguei, em vez disso pedi alguma bebida.
- Vamos beber? Eu quero vinho.
- Certo. Eu vou pedir.
- Tá. - Falei indo pra o banheiro, ia escovar os dentes. Um costume de quem usou aparelho por 10 anos.
Quando voltei, ele estava parado em frente da janela que mais parecia uma parede de vidro. Eu fiquei do lado dele.
- Aconteceu alguma coisa? - Perguntei preocupada.
- Não. Ainda não. - Ele olhava para o horizonte. Eu o encarava. Ele estava com um olhar distante, mais senti ele pegando a minha mão e entrelaçando os nossos dedos.
- Você está me deixando preocupada. - Falei, olhando pra o horizonte.
- Não fique, eu estou bem. Muito mais do que bem. - Ele falou apertando a minha mão.
- Humm.
- Vou secar o seu cabelo, você pode pegar um resfriado. - Ele olhou meu cabelo ainda úmido.
- Não precisa não, ele vai secar.
- Você é teimosa e eu gosto de você assim. - Ele se aproximou e deu outro beijinho na minha bochecha. O que fez o meu coração acelerar. Eu engoli em seco.
- Vem, vamos secar o seu cabelo. - Ele me puxou para o banheiro. Logo quando entramos, vi ele olhar a nossas roupas juntas no chão, perto da pia. Nos entreolhamos. Ele estava sorrindo e eu estava sem graça.
- Parece que tomamos banho juntos. - Ele falou, apontando pra a pilha de roupas.
- É. Parece mesmo. - Eu concordei. O que que estava acontecendo comigo? Eu estava chorando há algumas horas por um e agora estava toda animadinha com outro?
Eu fiquei de costas pra ele e de frente para o espelho, tirei o meu óculos e coloquei na bancada e o encarei.
- Você disse que ia secar o meu cabelo.
- Haaa sim! Vamos lá. - Então ele pegou o secador e começou a secar o meu cabelo. Uma coisa impossível estava acontecendo. O Namjoon, secando o meu cabelo eu comecei a rir.
- O que houve? - Ele parou e me olhou pelo reflexo do espelho.
- Nada não. - Então ele continuou. E foi até rápido, também o meu cabelo não estava tão molhado. Passei uma escova no cabelo e um pouco de reparador que levava na minha mochila
- Estou pronta! - Falei me virando pra ele. Ele me olhava, como quando sai do banheiro mais cedo. Ouvi batidas na porta. Sai correndo do banheiro. Ele veio atrás.
- Não corre Amanda. - Ele falava.
- Eu vou atender a porta. Deve ser o nosso vinho. - E de fato era. Eram duas garrafas. Ele apareceu atrás de mim e agradeceu ao rapaz que trouxe.
- Você não tem vergonha, de atender a porta assim? - Ele apontou para o seu moletom no meu corpo.
- Não. E eu tenho certeza que ele já viu coisa pior. - Falei rindo.
- Vamos beber?
- Vamos. - Ele abriu uma das garrafas. E nos serviu.
- O que você quer fazer agora? - Ele me perguntou.
- Vamos assistir algum filme o que acha? - Ele concordou, com a cabeça.
- Qual tipo de filme você gosta?
- Eu não sou muito de filme, mais gosto de drama e romance.
- Humm. Imaginei isso. Vamos ver o que está passando na TV.
Fiquei zapeando e em um canal fechado americano ia passar um clássico. Gatinhas e gatões. Eu já tinha assistido mais ele era um dos meus filmes antigos preferidos. O Namjoon, que não estava muito interessado em qual filme iríamos assistir, aceitou.
Antes de eu deitar na cama, apaguei todas as luzes só deixei a do banheiro.
- O que é isso? Um apagão? - Ele perguntou.
- Eu só gosto de assistir assim.
- Por isso você usa óculos. Falando nisso cadê eles? Eu vou buscar. - Nesse momento eu puxei a camisa dele.
- Não vai, fica. - Ele sem questionar me obedeceu.
O filme finalmente ia começar e eu pedi pra ele colocar um pouco mais de vinho pra mim, ele fez o que pedi.
Ficamos ali por quase duas horas, assistindo e comentado as desilusões do amor adolescente que não muda muito apesar das eras. O filme acabou rápido, o Namjoon é um bom acompanhante pra cinema, ia começar outro. Mais eu estava cansada de assistir.
- Tem mais vinho? - Perguntei.
- Não. Nós acabamos, mais eu posso pedir outra garrafa. - Ele já ia pegando o telefone.
- Não. Já chega. - Ele estava sentado encostado na cama eu pedi pra ele deitar.
- Porque você quer eu que deite?
- Eu quero fazer uma coisa. - Ele me olhou com olhos curiosos.
- Tá bom eu faço assim mesmo. - Sentei encostada no seu peito. Ouvi o seu coração acelerar.
Como eu estava um pouco bêbada, criei coragem.
- Porque eu sempre ouço seu coração acelerado quando, me aproximo? - Ficamos em silêncio. Só o coração dele batendo cada vez mais forte.
- Não vai me responder? Tá bom! - Desci e deidei de costas pra ele. Alguns minutos se passaram, quando eu senti uma mão na minha cintura. Segurei ela forte.
- É porque eu fico nervoso, quando você fica muito perto de mim. - Ele falava no meu ouvido.
- Porque eu te deixo nervoso?
- Porque eu não sei como me comportar com você. Eu estou lutando contra muitos pensamentos nesse momento.

Improvável porém, Amor (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora