Segundo encontro

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Por alguns minutos ficamos ali naquele abraço que nitidamente nenhum dos dois queiram ceder. Quando eu perguntei.
- Cadê o Sr. Kim? - Olhei para o carro me soltando do Hoseok, mais ele segurou na minha mão, era tão confortável aquele toque que eu não quis me soltar dele.
- Já está em casa. Hoje sou eu que vou dirigir. - Falou abrindo a porta para mim e protegendo a minha cabeça quando eu entrei no carro. Sabe aquelas cenas de doramas que o mocinho coloca a mão entre a testa da sua amada e a quina da porta do carro? Então...
Pude ver ele dando a volta no carro para sentar no banco do motorista. Ele perguntou o que eu gostaria de ouvir gesticulando para o som do carro. Eu conectei o meu celular e então coloquei a minha música preferida que ele canta, EGO. Ele sorriu.
- Se você queria ouvir essa era só pedir que eu cantava pra você. - Falou ligando o carro e sorrindo. Eu ainda não via o meu sorriso preferido, mais ouvia os sinos da sua gargalhada.
- Esqueci por um momento que estou ao lado do super J-hope. - Falei rindo.
- É... Eu sinto que as vezes você esquece mesmo. - Mudei a música para uma do NELL. Ultimamente estava ouvindo muito essa banda.
- Eu gosto do NELL, eles já produziram uma música com o Namjoon. Eles são fantásticos. - Falou todo animado.
- Dá pra não ficar passando na minha cara todas a celebridades que você conhece? Eu só conheço duas. - Falei e senti que estava fazendo um bico.
Ele riu alto.
- Duas celebridades? Eu pensei que você só conhecia a mim. - Falou com um tom de sarcasmo. - Quem é a outra pessoa?
- O Yoongi, esqueceu que falei com ele hoje por vídeo chamada? - Falei com ar de deboche. - Você achou que era o único?!
- Eu sou o único. Você ainda não cumprimentou o Yoongi pessoalmente. - Falou me provocando.
- Mais amanhã eu vou conhecer. Então já posso considerar esse fato.
- Amanda, desmancha esse bico. Se não vou ter que parar o carro e desmanchar por você. - Ele falou me olhando de canto de olho. Eu só fiz pestanejar. O que será que ele quis dizer com aquele comentário.
Por fim. Obedeci e desmontei o bico.
- Hoseok, para onde vamos? - Me dei conta que ele não me disse onde iríamos.
- Vamos no restaurante do irmão do Jin hyung. - Falou ele na maior tranquilidade do mundo.
- No restaurante do irmão do Jin?! - Repeti um pouco frenética demais, olhando as minhas roupas. - Você deveria ter me avisado eu teria me vestido melhor.
Ele me olhou de cima a baixo.
- Você está linda. Ou melhor você é linda. Não se preocupe com isso. É um dos restaurantes de estilo familiar. Gosto de ir lá quando quero comer uma comidinha caseira. - Falou tentando me tranquilizar. Mais eu ainda estava presa do linda que ele soltou.
- Não vai ser um problema pra você? Se alguém nos ver juntos? - Eu sabia que a mídia coreana não pegava leve com os Idols. E eu não queria manchar a imagem dele. Imagine só a manchete: "O Idol J-hope é visto com uma mulher brasileira."
- Não tem problema. Eu já avisei ao irmão do Jin que levaria uma amiga para conhecer o seu restaurante. Ele é muito discreto. Quando vou lá ele sempre da um jeito. - Falou ele calmo. Se ele não está preocupado, acho que eu não deveria ficar preocupada. Então afastei essas ideias na minha mente.
O resto do percurso, ele me atualizou sobre o seu dia. Ocultando algumas coisas porque eram segredos da BigHit. Eu achei que aquela era a oportunidade que eu estava esperando.
- Hoseok, quero te falar uma coisa. - Falei olhando pra ele. Assim que abri a boca ele estacionou o carro em uma rua no fundo de um restaurante.
- Chegamos, não podemos entrar pela frente. Mais garanto que você vai gostar do lugar. Pode me dizer. - Tomei coragem e estendi a minha mão e peguei a sua.
- Você deve saber, que sou uma pessoa melhor graças a você. Você é meu amigo e companheiro há meses. Mesmo com nossa dificuldade de comunicação no início, você nunca desistiu de mim. Quero te dizer que você pode contar comigo pra qualquer coisa, você pode desabafar comigo em qualquer momento. Eu imagino que o seu caminho nem sempre foi e é flores. Mais eu vou estar do seu lado e não vou te deixar cair e se por um acaso isso acontecer eu vou puxar você pela mão. Você está entendendo? Quero ser para você o que você foi pra mim durante todo esse tempo. Mesmo antes de nós esbarrarmos. Você cuidou de mim e me deu forças para continuar. Eu quero ser esse alguém pra você. - Não percebi que uma lágrima descia no meu rosto. Até ele levantar a sua outra mão e afastar ela com seus dedos. Ele me olhava com seus olhos escuros de maneira profunda.
- Obrigado. Você, já se tornou essa pessoa para mim, mesmo sem perceber. Desde o dia que te conheci, todos os dias você me impulsionou a continuar e ser uma pessoa melhor. E agora que nos conhecemos pessoalmente eu quero que você seja mais do que isso. - Ele falou e tirou a sua máscara. Como ele era lindo. Eu não pude me conter, levantei a minha outra mão que estava livre e toquei a sua bochecha e ele fechou os olhos repousando do seu rosto na minha mão.
- Você é de verdade! - Falei e nesse momento ele abriu os seus olhos.
- Você também é de verdade! - Falou soltando a minha mão e segurando o meu rosto com as duas mãos.
Não sei se foi porque estávamos, próximos demais ou porque estávamos emocionados com aquele momento. Só sei que aos poucos senti ele puxar o meu rosto para mais perto do dele e comecei a sentir a sua respiração se confundindo com a minha, então nos beijamos. Foi só um selinho, mais o suficiente para meu coração palpitar até chegar a doer. Depois do beijo tímido, encostamos as nossas testas uma na outra. Eu podia sentir minhas bochechas queimando, agradeci por ser morena e não poder ficar visível o sangue fervendo bem ali.
- Amanda, eu gosto de você. - Falou ele.
- Hoseok, eu gosto de você. - Falei me afastando e olhando pra ele.
Dane-se o fato de eu ser só um passatempo pra ele, eu não podia negar que gostava do Hoseok. Da pessoa dele, até porque o conheci como Hoseok, não como J-hope.
- Vamos, eu estou faminto. Ele está nos esperando. - Ele falou apontando pra porta do restaurante.
- Vamos. - Eu sorri, esquecendo que tínhamos que entrar no restaurante.
Ele saiu do carro e veio abrir a porta para eu sair.
Eu estava caminhando atrás dele, quando vi ele estendendo a sua mão e eu sem pensar duas vezes mais uma vez, agarrei como se não fosse querer soltar nunca mais. E por incrível que pareça eu senti o mesmo quando ele entrelaçou os nossos dedos.

Improvável porém, Amor (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora