Eu estava feliz, por ter passado o dia com a Júlia, o Kaio e o Paulo. Foi muito divertido, mais ao mesmo tempo ainda estava eufórica com todos os acontecimentos, beijar o Hoseok, jantar com o BTS e melhorar a comunicação com o Namjoon. É muita coisa para colocar em ordem na cabeça. Ainda sem contar em passar o final de semana comemorando o aniversário do Jimin.
Foi aí que minha, agonia piorou mais ainda. Eu queria lhe dar um presente, mais o que podemos comprar para alguém que já tem tudo??
- Afff - Eu estava deitada na cama, olhando para o teto, aguardando a Júlia, que tinha ido no quarto do Kaio pegar a sua maleta de maquiagem.
Pelo o que eu entendi, agora ela se mudou pra lá.
- O que eu devo comprar pra o Jimin? Do que ele gosta? - Eu sentei na cama, me fazendo essas perguntas. Alguns segundos depois Júlia voltou.
- Amanda, deixa por minha conta que eu vou te embelezar, vamos sair hoje a noite prontas para matar. - Ela falou animada, arrumando as maquiagens na mesa no centro do quarto.
- Certo, só não quero nada exagerado. - Lembrei do batom vermelho da última vez. - Sem batom vermelho dessa vez.
- Certo! Sem batom vermelho.
- Júlia o que você compraria de presente para um amigo do Kaio? - queria uma opinião de alguém.
- Para o Paulo? - Ela me perguntou, sem entender.
- Sim.
- Não sei, eu não o conheço o suficiente. Então iria por algo muito genérico.
- Hum... Digamos que Paulo é uma pessoa que já tem tudo. Nesse caso o que você daria? - Ficamos em silêncio por alguns instantes.
- E se você desse algo que só você poderia fazer? Ou ter? Alguma coisa da sua identidade? - Seus cabelos loiros brilhavam, como se essa ideia ascendesse uma luz sobre ela.
- Gostei da ideia. Agora só preciso pensar no que pode ser isso. - Rimos juntas.
Como eu não iria para casa do Hoseok, então iria ter tempo pra pensar quando retornasse do jantar. Quando nos falamos no almoço ele me pareceu triste, mais concordou em eu ficar com o pessoal hoje, amanhã vou pra casa dele porque no dia seguinte vamos sair cedo para a casa na praia.
Praia com frio, porque aqui mesmo que estejamos no outono, é mais frio do que o inverno na minha cidade natal.
Assim que terminamos de nos arrumar os meninos vinherem nos buscar no nosso quarto, iríamos para o Itaewon, o bairro que eu estava louca para conhecer devido a um dorama que assisti há alguns anos atrás, o bairro era famoso por sua vida boêmica e por ser um point de encontro para os estrangeiros.
Estávamos na frente do hotel aguardando o nosso taxi, quando Paulo me estendeu uma caixinha que havia retirado do seu bolso da calça.
- Feliz aniversário! - Eu fiquei surpresa e ao mesmo tempo com medo de abrir aquela caixinha.
- Obrigada! - Eu falei pegando a caixinha. Quando abri, me surpreendi mais ainda, era um par de brincos minúsculos, como os que eu costumo usar, eram em formato de estrelinhas douradas e eram lindos.
- Gostou?
- Amei, é bem a minha cara. - Falei sorrindo e era verdade.
- Então deixa eu colocar em você. - Falou olhando para as minhas orelha que por coincidência não estavam ocupadas.
- Claro! Eu esqueci de colocar os meus. - Assim que ele terminou de colocar os meus brincos ele pediu para tirar uma selfie comigo, eu não vi problema éramos amigos. Coloquei no status uma selfie do aplicativo de mensagem que acabei tirando sozinha, focando nos meus novos brincos. Foi quando eu olhei as visualizações anteriores e percebi o número do Namjoon. Sorri involuntariamente, acho que nos demos bem hoje.
Nosso taxi chegou então partimos para o nosso destino.
Era incrível o bairro do Itaewon, tinha vários restaurantes, barzinhos, pubs e muita, muita gente!
Fiquei encantada com as lanternas coloridas asiáticas dispostas de um lado a outro da rua presas em fios, como varal. Vi uma rua que tinha uma escadaria com seus degraus coloridos, os restaurantes com seus letreiros brilhantes, os pubs para todos os gostos, tinha dos mais sofisticados, os rústicos e alguns com estilo coreano.
Meu comportamento era de uma criança, em um parque de diversões. Para mim era tudo novidade e queria foto em todos os lugares, o Paulo se prontificou a ser o fotógrafo oficial do grupo e eu já sabia que ele tinha potencial pra isso.
Decidimos ir a um pub, com estilo coreano. Quando entramos eu me senti em um dorama novamente, como no meu primeiro dia, quando almocei com o senhor Kim.
O balcão do bar estava com algumas pessoas, mais as mesas no meio do salão estavam praticamente cheias, isso me levou a crer que seria uma ótima refeição.
As bases das mesas eram como barris de arame trançado e o topo da mesa era de madeira, as cadeiras eram de ferro, porém com bancos acolchoados em couro preto. Em um dos cantos próximo do bar tinha duas geladeiras só com garrafas de soju. Encontramos uma mesa afastada da entrada, mais mesmo assim era um bom lugar, o pub era em uma esquina triangular e a nossa mesa fica logo do lado de uma janela, estava frio não podíamos abrir, mais era possível ver todas aquelas pessoas andando na rua. Eu sorri, quando sentei na cadeira do lado da janela.
- O que foi Amanda? - Olhei para o lado, Paulo estava me observando com olhos curiosos.
- Estou feliz! Olha só essa vista! - Eu falava extasiada de felicidade. Ele sorriu.
- Verdade.
- Cadê a Julia e o Kaio? - Eu pensei que eles estavam vindo atrás da gente, mais ao que parece eu estava errada.
- Eles foram pegar uma bebida para gente.
- Humm. Certo. Eu quero beber soju.
- Eu sei. Vamos beber também.
Vi Júlia, vindo com uma garrafa de champanhe. Como ela conseguiu isso ali??
- Vamos comemorar o seu aniversário, Amanda. - Falou balançando a garrafa na sua mão direita, Kaio vinha logo atrás com 4 taças.
- Como você conseguiu champanhe aqui? - Eu tinha passado o olho do cardápio e não tinha visto nada disso.
- Eu dei meu jeito. O garçom foi pegar uma garrafa no restaurante do lado, já que eu apontei pra você e disse que era o seu aniversário e estávamos longe de casa.
- Eu vou agradecer ao garçom então.
- Nós já fizemos isso, não se preocupe.
Kaio já havia aberto a garrafa e estava enchendo as taças. Cada um pegou uma taça e brindamos à felicidade e a Seul.
Pedimos petiscos, eu era a aniversariante então tinha o poder de escolha então pedi frango frito e batata e lamen. Eu estava começando a me viciar no lamem coreano.
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Improvável porém, Amor (Concluída)
RomansaAmanda, era só mais uma mulher que tentava ser comum. Comum até se esbarrar com aquele desconhecido misterioso que se tornou seu amigo de forma rápida. Mais com sua viagem chegando, ela se sentia diferente em relação a ele. Será só amizade ou algo m...