capítulo 7

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GWYNETH

E não sabia o que sentir na frente daquela cena. Azriel e Elain se pegando de uma forma tão explicita, em um lugar que qualquer um podia ver. E o que me deixava mais desconfortável nessa situação era saber que a fêmea com quem Azriel estava tinha uma parceiro. Um belo e lindo parceiro, que faria de tudo para ver o seu bem. E ali estava ela entrelaçada em outro macho.

Meus olhos se intercalava entre os dois assim que separados, e pude ver nos olhos de Az, como ele estava preocupado. Não conseguia dizer se por medo de ser pegou ou outra coisa.

Um gosto amargo se formou em meus labios quando foquei em Elain, que arrumava o vestido, ela não parecia nenhum pouco preocupada ou envergonhada por te sido pega. A feérica ajeita os cabelos sobre os ombros como se nada tivesse acontecido e se vira então para Az.

-Acho melhor eu ir. -Diz ela tocando a mão do illyriano, que parece não se importa em olhar para ela. Vejo pelos ombros de Elain uma certa irritação por isso. Mas a mesma da de ombros descendo as escadas da casa do vento.

Tento com todo meu esforço não olhar para Azriel, porque aquele não era o macho que eu conhecia, não era o cara que desenhos bigodinho de gato em meu rosto sujo de chantilly. Não esse macho a minha frente era uma cara que estava prestes a se deitar com uma fêmea comprometida, sem nem ligar para as consequências.

-Gwyne, eu posso explicar. -Não pude deixar de olhar para ele quando escutei aquele apelido fofo que ele avia me dado. E quando vi aquela esferas caramelizadas, vi o desespero que carregava sua palavras.
Por algum motivo Azriel se importava o bastante para tentar me dar uma explicação.
Mas aquilo, aquilo não tinha explicação, aquilo era errado em tantas formas inimaginável que poderia se pensar.

- Explicar o que Az, como você quase fudeu uma fêmea comprometida aonde qualquer um podia ver?- Me surpreendi com a agressividade em meu linguajar, e pela expressão de Az ele também.

O encantador de sombras passou a mão em seus cabelos, parecendo tentar pensar em como explicar o que avia acontecido. Mas não tinha o que explicar.

-Elain não quer Lucien. -Vejo soltar aquelas palavras com uma convicção. Mas não consigo acreditar no que estou ouvindo.

-Pela mãe, você não acredita nisso, acredita? -Pergunto, ainda surpresa com tal estupidez em uma fala. Mas seus olhos se mantém nos meus, com uma certeza que jamais vi. -Ai Deuses, você acredita. -Um riso abafado escapa de meus lábios incrédula, ao perceber que ele estava mesmo convicto daquilo.

Vejo o macho a minha frente tomar fôlego, um suspiro pesado deixa seus lábios, acompanho com os olhos a forma como ele nega com a cabeça antes de se sentar no braço do sofá.

-Você não entende...-Interrompi antes de escutar ele falar alguma besteira.

-Que o caldeirão me ajude! -Suplico, ele realmente estava tentando justificar suas atitudes. - O que eu não entendo? -Pergunto sem esperar uma resposta. -Lucien é o parceiro de Elain, não um macho qualquer que tem uma queda por ela. Ele é seu parceiro, escolhido pela própria mãe e abençoado pelos Deuses.

-E se a Mãe tiver errada? E se... -Ele da uma pausa, como se procurasse um motivo para aquela ideia.

-Você acredita mesmo que uma divindade errou, só porque não consegue manter seu pau dentro das calças. -Os olhos de Azriel se arregalaram, como se não esperasse que eu falasse tal coisa. Não o culpava, nem eu me imaginava usando tal palavras.

Corte das sombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora