Capitulo 16

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GWYNETH

Não conseguia acreditar que Azriel havia saído do meu quarto assim. Já estava começando a me irritar com essa mania dele de sair quando eu mais queria que ficasse.

Mas foi bom Az ter saído, imagino que se ele tivesse ficado alguns momentos a mais, não conseguiria me controlar. Mesmo quando disse a ele que não estava pronta, eu o desejava dentro de mim. Mas não iria dar a satisfação a ele de me ter tão rápido.

Respiro fundo tentando manter meus batimentos cardíacos em ordem. Ele não pode me fazer desejá-lo desse jeito e depois sair, como se estivesse no controle. Não irei mais dar essa satisfação aquele encantador de sombras.

Me levanto para ir ao banheiro jogar uma água no rosto. O recinto era claro, maior do que acho que um banheiro deveria ser. O chão era de madeira, perto das enormes janelas a direita, uma plataforma seguida de três degraus de pedra se encontrava. E nela uma banheira tão grande capaz de conter azas. No topo da parede uma cascata de água caia continuamente.

Me direciono a pia do banheiro, que fica logo em frente a porta, o espelho é grande, percorrendo da ponta da pia do lado direito até a outra ponta do lado esquerdo, luzes roxas brilhavam envolta do espelho, um violeta para ser mais específica. A mesma cor que brilhava no fundo da banheira. Por um momento lembro dos olhos do meu grão senhor. O violeta tomava conta da maior parte do quarto, quando vim para ele. Desde as colchas de cama até a decoração, que ainda se mantém. Achava no começo que era por conta de Rhys, deveria ser uma cor que gosta muito. Mas me dou conta agora, que deve ser a cor de Drianna, de todas as pinturas que vemos da princesa estelar, ela esta vestida em roxo para dar destaque aos seus olhos violetas.

Por um momento essa ideia me assombra, como se morasse em seu próprio templo, um arrepio percorre minha espinha. Sacudo essa ideia para longe de minha cabeça jogando água no rosto.

Levanto o rosto molhado, encontrando a figura esguia que me observava de volta, me pego fitando minhas sardas, e pela primeira vez vejo como estrelas, do mesmo jeito que Az disse que via, e por uma fração de segundos podia jurar que elas brilhavam.

Seco meu rosto e volto para o quarto, levando um susto ao perceber que não estava sozinha.

-Pode ir nos contando tudo, sua ninfa safada. -A voz de Nestha ecoa pelo quarto silencioso. Ela se encontra sentada em minha poltrona perto da janela, com Emerie ao seu lado.

-O que vocês duas fazem aqui? -Pergunto mesmo sabendo a resposta.

-Não achou que eu ia ver você e Az quase se pegando e deixar passar em vão? -Ela pergunta, me fazendo sorrir com isso. Balanço com a cabeça enquanto nego.

-Você está cheirando a ele Gwyn. Pode ir nos contando tudo. -Diz Emis.

-Não aconteceu nada, como Nestha pode muito bem ver. -Dou de ombros enquanto caminho até a cama tentando ajeitar os lençóis antes que elas notem.

-Ele voltou aqui! -Nestha da um gritinho de surpresa, e como imaginei, seus olhos logo foram para os lençóis brancos que eu esticava na cama. -Vocês transaram, sua sacerdotisa safada. E não ia nos contar?

-Não, não transamos! -Corrijo ela rapidamente.

-Então por que o cheiro dele está impregnado em você e nos seus lençóis. -Diz Emerie, com a sobrancelha arqueada.

Corte das sombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora