AZRIEL
Saio das barreiras da casa do vento, e logo atravesso para os acampamentos illyrianos. Quando meus pés tocam aquele chão lamacento e as sombras do tecido dos mundos desaparece me dando visão do território, sinto meu estômago embrulhar, com a catástrofe que vejo em frente aos meus olhos.
Cadáveres destroçados estavam por toda parte, e aqueles que sobreviverem estavam ajudando ao outros. A lama era vermelho sangue agora. Varro o lugar procurando Devlon no meio disso, mas não tinha nem sinal dele.
—O que aconteceu, aqui? —Escuto a voz de Feyre atrás de mim, me viro encontrando ela e Nestha. Enrugou o cenho ao ver a segunda ali.
—Eu acabei de chegar. —Digo, e começo a andar pelo meio de asas, braços e tripas espalhadas. Escuto os track track, debaixo de meu pés a cada passo que dou.
Paro no centro da catástrofe junto com as duas fêmeas que me acompanham. Abro minha asas ja me preparando para ir aos céus, quando os braços de Nestha enrolaram em meu pescoço, se segurando para voar comigo.
Quando chego aos céus, acompanhado de Feyre, posso ver claramente aquele símbolo, que ja havia visto pelo território da corte noturna. Escuto minha Grã senhora chingar aos destroços abaixo.
—Ouroboros! —Diz Nestha, a imagem do símbolo abaixo.
—Como isso é possível? —Escuto Feyre se perguntar. Ela estava com a mão nos lábios, provavelmente tentando segurar o vomito que insistia em vim com aquela cena. —Vamos, Rhys esta nos esperando com os outros comandantes de guerra e com Cass. —Ela diz voando em direção a cabana de guerra, a acompanho com Nestha.
Quando chegamos, e pousamos na frente daquela cabana, dois dos illyrianos Oristian protegem a porta, ignoro o olhar que eles dão a mim ou as feéricas. O desprezo no olhar desses machos eram claros, ao ver como duas fêmeas tinham mais poder que eles.
Feyre nem mesmo olha para a cara do illyriano quando entra na cabana. Todos os senhores de todos os clãs estava ali, inclusive Cedrik, meu meio irmão. Que agora era senhor do acampamento que uma vez pertenceu ao meu pai.
Posso ver o desprezo nos olhos dele toda vez que tenho que comparecer a reuniões como essa. Normalmente Cassian cuida delas com a participação de Rhys eventualmente. Mas quando ataques como o de hoje acontece, sou obrigado a estar nelas. Mas estar na presença dele, e ver como seu desprezo transparece em seus olhos é gratificante. Ver que ele sabe que só esta vivo porque não me importo o suficiente com sua existência miserável, para acabar com ela.
Observo como ele arruma a postura assim que entro na sala, como se quisesse mostrar que tinha poder. Tenho que conter o sorriso que tenta se forma em meus lábios, ao ver como ele tentar parecer sem medo.
—O que aconteceu lá fora? —Feyre perguntou ao se aproximar da mesa onde os senhores se reuniam. Podia ver o ódio nos olhos daqueles machos por um fêmea convidá-los, não conseguia aceitar que eles eram subordinados de uma mulher.
—É cega ou o que, que não viu lá fora. —Um dos machos cometeu o erro de abrir a boca. Vejo os lábios de Rhys se contorcerem em um sorriso. Feyre quem nem olhava para o macho até aquele momento lhe deu um olhar insignificante, como se ele fosse apenas uma mosca zonzando em seu ouvido.
—Você é?—Feyre pergunta, mas a fêmea já tinha sua resposta, ela sabia quem era aquele macho sentado em sua frente, como sabia o nome de cada um dentro dessa sala. A grã senhora já passou tempo o batente dentro de salas com esses bastardos para saber o nome de cada um.
—Flinth. —Ele responde com um sorriso convencido no seu rosto, como se desafiar a fúria de sua grã senhora fosse uma vitória, como se ele fosse esperto o bastante para não ter medo dela. Mal ele sabia que era totalmente ao contrario
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Corte das sombras
FantasyTrês irmãs e três irmãos, tudo se encaixava perfeitamente. A única coisa que não estava certa era o caldeirão ter presenteado dois dos irmãos com duas irmãs e a terceira ser dado a outro. Mas o caldeirão não erra, e nem a mãe, o caldeiro mistura a...