Capítulo 24

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Minhas pernas estavam bambas por conta do voou quando pousamos nas pedras da lua, demorei alguns instantes para conseguir me firmar em pé sem o apoio do corpo de Azriel. Não tive tempo de apreciar a bela vista que se tinha das montanhas graças a falta de janelas no lugar, mesmo sendo criada e sendo um ser com dons mágicos, ainda ficava impressionada com a magias desses tipos.

Éramos seres possuidores da magia, e suas arte manhas, e mesmo assim, casas com consciência própria, palácios com magias que impedem o vento frio de entrar quando é totalmente exposto, era como quando eu lia em livros quando pequena sobre bosques mágicos, e casas feitas de doce. Porque no mundo em que vivemos, a nossa realidade, a magia é cruel e destrutiva.

Azriel me guiava pelas escadas do palácio, por andares e mais andares...mesmo sem saber onde estávamos pude perceber conforme as escadas ficavam mais estreitas e subíamos pra uma das torres.

Não me surpreendi de estar certa, quando entramos na câmara com teto alto em forma de cone. O ciclo íntimo já se encontrava no lugar, circulando uma mesa redonda de pedra, onde um grande mapa do mundo se estendia.

Diferentes das câmaras normalmente fechadas, essa era totalmente exposta as montanhas com enormes janelas que arejavam bem o lugar.

—Achei que haviam se perdido no céu pela demora. —Brincou Cass, assim que eu e Az atravessamos o arco do portal para adentrar a sala.

Abri meus lábios intuitivamente para responder a insinuação no comentário de Cassian, mas fui interrompida antes que pudesse.

—Vou ter que ensiná-la a ignorar os comentários de Cass, ou melhor, de qualquer um desse círculo se agora é uma de nós. —Murmurou Az, me empurrando pela cintura em direção a mesa de pedra.

—Não a torne você irmão, ela é tão mais divertida quando revida. Imagino como isso o deve irritar na cama, já que...

A voz cortante de Azriel cortou o ar interrompendo a fala do general que o sorriso se abriu mais com o divertimento daquilo.

—Você não se cansa de se ouvir falar, Cassian?

—Com essa voz, quem se cansaria de escutá-la? —Ponderou Cassian, e consegui me lembrar dele a noites atras quando disse que ninguém conseguia competir com sua bela voz.

Azriel apenas o ignorou como sempre, fazendo o assunto se dissolver e apenas a minha curiosidade perambular por minha mente ao tentar chutar a frase que o illyriano não terminou.

—Bom... —Rhysand cortou o silêncio que inebriava a sala. —Já que estão todos aqui vamos começar.

Rhysand se inclinou sobre a mesa, onde um grande mapa se encontrava. Ele tinha os detalhes de cada parte de cada corte a além do mar. Esse era um mapa do nosso mundo inteiro.
Me vi curiosa para me inclinar sobre o mapa para ver cada pedaço melhor.

—Estamos tendo problemas em nossas fronteiras, preciso de soldados cobrindo boa parte dela. —Começou Rhys deslizando o dedo por uma linha que dividia nossa corte da diurna no mapa.

—Illyrianos podem fazer isso Rhys. —Disse Nestha, e eu concordei com ela. Isso podia muito bem ser feito por aqueles machos.

—Eu sei, tenho alguns deles nas minhas fronteiras, mas também quero suas Valquírias nela. Quero que aprendam a trabalhar juntos, ambos os guerreiros.

Era um bom ponto, e entendia por que Rhys gostaria disso, se nós não aprendêssemos a lutar juntos em nossas próprias fronteiras, como poderíamos ganhar uma guerra juntos.

—Acho que as sete rapinas branca podem ser posicionadas aqui. São nossas melhores arqueiras. —Emerie tomou frente, indicando a divisa entre nossa corte e a diurna. —Elas poderiam ficar nas árvores, elas são altas e densas nessa parte da corte.

Corte das sombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora