Capítulo 10

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AZRIEL

Todos aviam saindo da sala para continuar a festa. Eu acompanhei em meio as minhas sombras Lucien levar Elain ao salão onde todos dançavam, e por incrível que pareça, vê-los juntos não soou amargo em meus lábios como achei que seria. Não negava, a pontada de ciúmes que me dava ao ver como ele a fazia sorrir, e nesse momento eu pensei se realmente ela não o queria.

Ficando apenas o circulo íntimo com exceção de Armen na sala. Não me surpreendi quando Nestha pediu que Gwyn ficasse. Eu sabia para o que precisavam dela, e por algum motivo isso me reconforto sobre toda a situação. Seria bom ter uma amiga trabalhando comigo.

—Por que quer que eu fique, Nestha? Achei que teriam um assunto privado agora. —disse a feérica olhando para as pessoas na mesa. Podia ver pelo jeito que se sentava e como mechinha a perna de baixo da mesa que estava ansiosa. Para uma pessoa curiosa como a Gwyn, essa espera deve estar a matando. 

—E é um assunto privado Gwyn, mas agora você faz parte dele.—Nestha diz a amiga, que parece só ter ficado mais curiosa ainda. 

Podia ver como não conseguir respostas a deixava incomodada, já tinha notado isso a um tempo. O jeito que fica imperativa e um pouco tagarela quando o que ela busca não vem.

—Rhys e Feyre precisam conversar com os convidados, então por isso, pediu que a colocássemos a par de tudo. —Foi Mor que disse, do outro lado da mesa. Seus lábios manchados de vinho pelo corante que continha da bebida que tomava. 

—A par do que seria?—Gwyn perguntou, se ajeitado na cadeira. Meus olhos capitaram cada movimento que ela fazia, e quando se encostou na cadeira, ficando mais perto de mim, o cheiro de framboesa que avia sentido mais sedo tomou conta de meus sentidos. Eu tive que lutar com cada célula do meu corpo para não me aproximar mais e ficar inebriado em seu cheiro.

—Não te encontrei mais cedo, então não tive chance de te contar. —Foi vez de Nestha falar. —O que contarmos aqui não pode sair daqui Gwyn, você entende isso?—O cenho da sacerdotisa se enruga mas logo se desfaz e a mesma assente em concordância. —Certo.— Nestha tomou fôlego.— Quando acabei com aquele lixo que se intitulava rainha, achei que tudo avia acabado de vez. Sem mais guerras ou brigas entre cortes, que teríamos paz por um bom tempo. Bem estava bem enganada. —Percebo Nestha puxar fundo a respiração.

—O que esta acontecendo Nes?— A ninfa pergunta, e já vejo a preocupação em seus olhos mesmo sem saber o que é.

— A alguns meses alguns membros do nosso circulo intimo começaram a sentir sensações estranhas. —Mor disse, girando sua taça entre os dedos. 

—Que tipo de sensações?

—Tremores, pesadelos, calafrios e alguns outros. —Nestha da de ombros enquanto fala. —E como escutou Rhys falar, nosso mundo também esta sofrendo. E por isso começamos a investigar o que é. E bem, não tínhamos nada, nenhuma informação até hoje. —A sacerdotisa se afasta do encosto da cadeira, apoiando o ante braço na mesa, pronta para escutar a informação que viria. —Não é muita coisa, mas já é um começo. 

—Ok, o que descobriram?— Pude ver a ansiedade estampada em seu rosto, Gwyn já nem ligava mais em esconder sua curiosidade crescente.

—Hoje, depois que sai do treino. —Gwyn vira seus olhos mar para mim, e pelo jeito que algo escureceu neles, soube no que ela pensava. —Um dos meus espiões em campo me contatou. Ele me relatou um movimento estranho em um dos territórios da corte noturna. —Eu avaliava seu rosto meticulosamente enquanto lhe dava a informação. —Então decidir ir até lá conferir pessoalmente. E bem o que eu encontrei foi algo inesperado. —A ansiedade gritava nos olhos oceânicos de Gwyne, podia ver o momento que ela iria pular em mim para tirar as informações. Tive que conter o sorriso que vinha com aquela ideia de cena. 

Corte das sombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora