AZRIEL
A lâmina pressionada contra minha garganta, me faz amaldiçoar em pensamento.
Estava distraído de mais com Gwyn, que não os vi chegando perto, isso era uma incompetência que não poderia aceitar.
—Olha só, faz tempos que não temos carne nova para o jantar. —Diz uma voz rouca e gélida, mas ele não parecia falar com seus lábios e sim com sua mente.
Era algo estranho, nada como a voz de um daemati em nossas mentes, mas sim como se ele falasse por sua mente ao mundo.
Viro minha cabeça, com cuidado para não rasgar minha garganta em sua lâmina, para avaliar meus inimigos, vejo três seres a minha direita, e não preciso virar para os outros lados para saber quantos tem, minha sombras já me sussurram.
São criaturas altas e esguias, seus lábios costurados, enquanto seus olhos parecem fosso de escuridão, seus cabelos prateados opaco em farrapo se extinguia com os retalhos de tecidos rasgados usados como vestes.
—Essas asas devem ser deliciosas ao molho. —Diz o macho que segura a adaga em minha garganta atrás de mim.
Mas minha atenção está longe ao procurar pelos olhos de Gwyn, percebendo que um deles se aproximavam dela.
Aquele tremor quase imperceptível em seu corpo quando ela avaliava seus inimigos me faz reagir, usando minhas asas para empurrar meu inimigo para longe, conforme retiro uma adaga da lateral do meu corpo, pronto para dilacerar o próximo ao meu lado.
Procuro Gwyn mais uma vez, preocupado com ela, mas logo se esvai ao ver que ela não fica parada, conforme atira uma adaga em um dos machos atrás de mim, me fazendo dar um aceno de agradecimento, antes de ver ela puxar a lâmina illyriana, para dilacerar o estômago do outro.
Não me apego a imagem dela dançando com aquela lâmina, conforme eu mesmo retiro a minha para começar a lutar.
Os macho eram bons em luta, eu tinha que admitir, eles lutavam com selvageria, mais ainda com técnicas, como se tivessem um ser racional por baixo de toda aquela pele morta.
—O que são essas criaturas? — Gwyn me pergunta, depois de rasgar a lateral de dois deles e eles continuarem de pé. Podia ouvir o medo em sua voz, mas mesmo assim ela não recuava, conforme desviava e proferia seus golpes.
Aquele que avia segurando a faca em meu pescoço, abriu algo que eu presumi ser um sorriso se virando para a grã-feérica a alguns metros de mim., ele se aproximou, unhas grandes e afiada desapontava de seus dedos conforme vinha em nossa direção, junto com seus colegas, conforme no encurralava.
—Somos Drustrocke, e vocês serão a refeição. —Aquela voz me causou arrepios, mesmo que eu nunca assumisse.
Drutrocke era uma das muitas pragas que habitavam a floresta de outono. Vindas através da fenda, com sua única fonte de alimento sendo a essência de vida, se degustando com a carne depois de sugar toda a vida em um corpo. Eram pragas que só poderiam ser mortas por um grão-senhor.
Idiota eram aqueles que não os temia, diziam-se as lendas, que enquanto te devoravam, faziam você viver seus piores pesadelos para conseguir degustar melhor sua carne.
Eles havia desaparecido quando Amarantha governou, o grão senhor da outonal tinha mandado suas tropas vasculhar seu território, e não tinha sinais deles, acreditavam que eles haviam sido extintos, mas agora, com um deles rasgando a pele do meu braço, percebo que não.
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Corte das sombras
FantasyTrês irmãs e três irmãos, tudo se encaixava perfeitamente. A única coisa que não estava certa era o caldeirão ter presenteado dois dos irmãos com duas irmãs e a terceira ser dado a outro. Mas o caldeirão não erra, e nem a mãe, o caldeiro mistura a...