Me levantei um pouco tarde pois esqueci de tirar o celular do modo silencioso. Fui tomar um banho e depois comer, ainda estava um pouco cansada e ansiosa para saber se Erza conseguiu matar Itadori. Killa tinha acabado de acordar e veio toda animada me mostrar uma foto que o rosado mandou para ela. Suspirei um pouco frustrada, até porque isso significa que ele não morreu ainda. O que será que houve? Erza falhou? Não, ela não perderia para essas crianças. Então por que ele tá vivo? Talvez ela só não tenha achado a oportunidade, em todo caso, pensarei em um plano B se ela não conseguir.
É horrível saber que minha doce Alyssa sofrerá quando o rosado morrer. Isso tudo não teria acontecido se caso ao invés dos pais dela terem morrido cedo, eles tivessem a escutado e não subissem naquele helicóptero indo direto para a morte. Desde então ela passou a viajar com Yuki, aprendendo e treinando com ela. Killa amava de verdade aquela vida, foi lá que ela adquiriu essa vontade de exorcizar maldições fortes, mas foi obrigada a abandonar tudo depois de um incidente que fez Yuki morrer de preocupação e deixá-la no colégio. O chefe ordenou que eu ficasse de olho nela para não fugir e então passamos a conviver juntas.
Minha querida avó faleceu tempo depois que eu e Killa nos conhecemos. Ainda que minha avó estivesse viva eu não teria escapatória sendo alvo desde cedo do chefe. Ele passou a frequentar a casa da minha avó do nada e isso a aborrecia por algum motivo, eles brigavam e pareciam se odiar, dizia ter direito em me ver e ameaçava minha vó. Cheguei a escutar algumas conversas deles e ele sempre mencionava a irmã falecida, isso me irritava pois isso sempre a fazia chorar.
Então ele me levou à força para o colégio de Kyoto e passou a "cuidar" de mim, me treinava pessoalmente mas era um asco, me perguntava o motivo de alguém do alto escalão se interessar tanto em mim, mas claro, pura conveniência. Isso deixou minha avó mal, até que ela adoeceu e ficou de cama, quando vim saber disso ela já estava com o pé na cova, literalmente, soube disso no dia do seu enterro. Passei a odiar Noeri ainda mais depois disso, eu poderia ter ficado com ela em seus últimos dias de vida, poderia ter cuidado dela, mas ele não permitiu. Por um momento, um mísero momento ele pareceu se importar comigo, que foi quando eu gritei que o odiava e iria matá-lo, ele me olhou abatido, mas acredito fielmente que tenha sido fingimento.
Até que ele designou a missão de matar o hospedeiro de Sukuna a mim. Ele prometeu que me colocaria no alto escalão caso eu conseguisse, estranhei, mas fiquei feliz por finalmente ter a oportunidade de mudar o sistema jujutsu. Entretanto, aceitei essa missão porque ele foi bem claro ao dizer que eu poderia terminar sozinha se não fizesse. Nunca que eu vou permitir que ele encoste um dedo em Killa, se ele fizer isso, eu o mato. Sei que ele é forte, mas não mais que eu, afinal por qual outro motivo ele me classificaria como uma xamã de grau especial? Se bem que quase ninguém sabe disso. De qualquer forma, eu tenho duas opções: ou eu mato Itadori, volto para Kyoto com Killa e tenho uma vida tranquila ou eu deixo o rosado vivo, perco minha irmã e ainda morro pra desgraça de um capeta.
Peguei meu celular e fiquei olhando as mensagens até que me deparo com 19 chamadas perdidas e 10 mensagens do Gojou. Ele parecia desesperado e então retornei suas ligações.
— Gojou? — Ele tinha atendido. Bebi meu café calmamente esperando ele falar.
— Keyth-gracinha, me socorre! — Me levantei num só pulo e coloquei a xícara na mesa.
— O que aconteceu?! Onde você tá?! — Me vi desesperada também.
— Tô na minha casa, por favor venha rápido! — Ele pediu.
— Tá, já chego aí! — Falei e desliguei pegando meu casaco e correndo pra porta rapidamente.
— Onde você vai? — Killa me perguntou me vendo correr.
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Um amor (im)possível (Satoru Gojou)
FanfictionSatoru conhece Keyth, uma linda mulher de cabelos cacheados e com o sorriso encantador. O único problema que os impede de ficarem juntos é a missão dada a ela: matar Yuji Itadori, o hospedeiro do Sukuna. Será que o amor por ela será suficiente para...