6. Erro imperdoável

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 O tempo dentro daquela prisão parecia não passar mais

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O tempo dentro daquela prisão parecia não passar mais. Eu continuava preso naquela cadeira, definhando a cada dia que passava. Bom, para ser honesto eu poderia estar melhor se eu aceitasse as migalhas que Alyssa traz, pois desde que vim parar aqui ela vem para cá com uma refeição que suponho estar nos horários certos. Não sei por que ela ainda insiste tanto em me manter vivo, irei morrer de qualquer forma, então todo esse esforço é em vão! Sem contar que isso não alivia a culpa que ela tem pelo o que fez. Eu confiei nela, dediquei horas dos meus dias para estar ao seu lado, ignorei as recomendações do sensei apenas para ir salvá-la e tudo isso para que? No final era tudo uma armadilha e eu caí feito um patinho idiota! Eu deveria ter escutado o sensei e meus amigos, pelo menos estaria com eles nesse momento, fazendo brincadeiras e saindo em missões. Mas a triste realidade é essa, meus dias contados, a angústia no peito por não saber se meus amigos estão vivos ou não, um demônio na minha mente rindo e debochando de mim o tempo todo sem parar e... o medo da morte. Mesmo sabendo que eu iria morrer algum dia por causa de Sukuna, nada me impediu de temer a morte, é assustador e querendo ou não, não saber o que terá depois que eu atravessar a porta da vida me deixa extremamente assustado, é uma sensação angustiante que não dá para explicar! Venho pensando nisso todos os dias desde daquela vez que salvei Fushiguro, a única coisa que impedia esses pensamentos era estar com meus amigos, me divertindo e apenas vivendo, inclusive com ela. É irônico, o que mais me fez bem foi o que me aproximou da morte mais rapidamente, do meu pior medo.

E claro, já estava na hora da próxima refeição. O barulho de passos se aproximando e ecoando por aquele local anunciava mais uma vez a chegada dela e quando finalmente a porta foi destrancada, Alyssa entrou com uma bandeja em mãos. Suspirei cansado da presença dela.

- Eu trouxe sua comida, eu mesma que preparei! Sabe, eu não sei cozinhar muito bem mas espero que goste, ao menos dessa vez o gato que eu fiz experimentar a comida não morreu.

Ela não parava de falar e parecia estar forçando uma alegria na qual me incomodava bastante, a verdade é que só em ouvir a voz dela fico enfurecido, porém eu não podia reclamar ou mandá-la calar a boca, eu ainda estava preso e não tinha condições de fazer isso. Alyssa arrastou uma cadeira colocando-a em minha frente e então sentou.

- Bom, eu não posso te soltar porque nee-san não permite, então darei a comida na sua boca, espero que não se importe. - Continuava me recusando a olhar em seus olhos, para mim isso seria pedir demais - Vamos Itadori, diga: aaah! Bora: ahhh!

Ela esperou, esperou e nada, até que a comida esfriou e ela desistiu.

- Se você não quer não posso forçá-lo a comer, entretanto saiba que faz dias que não come e se continuar assim irá morrer. - Disse tentando esconder a decepção em sua voz.

Irei morrer de qualquer forma, sendo de fome ou não isso não importa.

Depois de alguns minutos ela suspirou frustrada e levantou para ir embora.

Um amor (im)possível (Satoru Gojou)Onde histórias criam vida. Descubra agora