2. Hey gracinha!

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 Fui até a padaria comprar comida para o café da manhã. Aquela preguiçosa ainda tá roncando na cama! Na próxima eu acordo ela com um grito. Tive que passar em frente a uma escola antes de chegar. Algo me diz que há um cemitério ali por perto. Comprei o que precisava e assim que saí recebi uma ligação de Noeri.

Já encontraram o hospedeiro? — Foi direto ao ponto, como sempre.

— Bom dia pra você também, Noeri. — Respondi revirando os olhos, esse mal educado sabe como estragar meu dia! — E sim, já encontramos. Iremos matá-lo é... amanhã.

Amanhã? Sejam mais rápidas! Não gosto de gente inútil! — Dito isso ele desligou. Encarei o celular com vontade de quebrar a cara daquele idiota.

— "Sejim ripidas! Nã gosti de ginti initil!". Vai a merda, vai!

— Oi, senhorita! — Levei um susto. O mesmo feiticeiro de ontem estava aqui, na minha frente — Eu te assustei? Foi mal.

— Você de novo? — O olhei esperando ele dizer o que quer.

— Pois é né, hehe. — Ele passou a mão na nuca e riu sem graça — A senhorita se machucou ontem? Desculpe por não ter conseguido tirá-la de lá...

— Estou bem, obrigada. — Voltei a andar e ele logo me acompanhou.

— É, então, eu conversei com um dos meus alunos e ele disse que sua amiga é uma feiticeira jujutsu, isso é verdade? — Ele perguntou. O olhei desconfiada, o que ele pretende?

— E quem quer saber...?

— Gojou Satoru, senhorita. — Fiquei surpresa. Gojou Satoru, um dos maiores feiticeiros já visto e ainda é sensei do hospedeiro! Tô vendo que vamos ter problemas — E o seu nome?

— Tá bem, obrigada. — Respondi e passei a andar. Ele me acompanhou, insistente!

— Já vai, gracinha? — Parei e o encarei indignada.

— Gracinha?!

— É, você não me diz o seu nome. Não sou adivinho! — Ele cruzou os braços esperando eu falar.

— Keyth, me chamo Keyth. — Respondi e voltei a andar. Gojou sorriu vitorioso — Por que tá sorrindo?

— Já consegui saber seu nome, quem sabe depois não consiga seu número. — Ele riu, lancei um olhar mortal pra ele o fazendo se afastar um pouco — O que sua amiga veio fazer aqui?

— Por que não pergunta a ela? — Raios de venda, não consigo ver seu rosto. Mas pela sua postura e braços cruzados, notei que ele não gostou da resposta — Por que quer saber? — Perguntei por fim. Ele colocou uma mão no queixo ponderando se contava ou não.

— Bom, acho que isso já não é segredo. Ultimamente alguns feiticeiros estão vindo com o propósito de matar Itadori Yuji, ele é o hospedeiro de Sukuna. Eu investiguei e descobri algumas coisas, — Fiquei atenta a cada palavra — sei que tem alguém que quer matar Itadori, só não sei ainda o real motivo.

— Hmpf, não é óbvio? Provavelmente porque Sukuna pode acabar tomando o controle e matar todo mundo?! — Disse como se fosse óbvio.

— Não... não acho que seja só isso. — Murmurou.

— Bom, seja o que for, Killa não veio aqui para isso. — Menti.

— E você? — O olhei pelo canto do olho — Você também é uma feiticeira?

Um amor (im)possível (Satoru Gojou)Onde histórias criam vida. Descubra agora