— Então, Itadori, qual o seu tipo de mulher? — Tsukumo-san me perguntou.
Faz alguns dias que eu, ela e Alyssa viemos treinando e discutindo algumas técnicas de feitiço, devo admitir que estava com saudades de cair na porrada com alguém, apesar de só ter apanhado de Tsukumo-san. Em meio a esses treinos, Alyssa e eu voltamos a nos falar como se ainda estivéssemos em Tokyo, sem intenção de sequestros ou execuções. Ela certamente melhorou bastante de saúde, lembro como se fosse ontem a situação deplorável que ela ficou enquanto eu ainda estava preso, grande parte dessa melhora é graças a Tsukumo-san, obviamente, devo dizer que só em vê-la sorrir mais do que chorar é uma das coisas mais gratificantes que eu poderia ter. Hoje, logo após o almoço, Alyssa saiu a pedido de sua mestra e quando voltou ficou encarregada de lavar a louça, ri da careta que ela fez e como castigo fui obrigado a ajudá-la e cá estou eu esperando ela lavar uma tigela de vidro oleosa, na qual ela já amaldiçoou até a sexta geração, para ir buscar tudo de uma vez e secar.
— Hã? — Fiquei sem entender o objetivo da pergunta, da última vez que alguém me perguntou algo assim eu ganhei um army maluco no meu pé o tempo inteiro — Qual é a dessa pergunta?
— O gosto de alguém diz muito sobre seu caráter e até o momento eu não conheço muito sobre você, apenas o que Killa me contou, o que não é lá tão confiável. — Explicou sem lógica alguma.
— Mas logo o gosto por mulher? — Questionei, a fazendo arquear as sobrancelhas em surpresa.
— Ah, prefere homem? — Passei um tempinho refletindo antes de responder — Então vou refazer minha pergunta. Qual seu tipo de cara?
— Nunca havia parado pra pensar nisso... — Coloquei a mão no queixo pensativo — acho que, no mínimo, ele teria que ser gostoso e com certeza mais inteligente que eu. De burro já basta um. Mas nunca experimentei para saber se gosto, acho que homens não são tão legais de pegar.
Nesse momento Alyssa colocou todas as panelas e copos que lavou na mesa, sua careta olhando para mim e Tsukumo-san parecia questionar se tínhamos juízo.
— Esquisitos. — Xingou antes de voltar para a pia.
— Mas acho que homens com certeza não são meu tipo, não me vejo pegando um. — Concluí, em seguida peguei o pano para começar a secar os pratos.
— Compreensível, então minha pergunta estava certa. — Sorriu orgulhosa — Mas vamos para uma pergunta um pouco mais leve: qual é a tua com Killa? — Seu olhar foi de gentil e amigável para tenebroso e ameaçador em questão de segundo. Engoli em seco de medo.
— Como assim?!
— Não pense que sou idiota, já percebi que rola algo entre vocês dois. Veja bem, sei que ela não gira muito bem da cabeça, mas chegar ao ponto de desafiar o próprio alto escalão do mundo jujutsu apenas por alguém que nem sequer é da família é absurdo demais, principalmente se levar em consideração que ela nem sequer é uma classe especial. Tem que amar demais para cometer uma estupidez dessas. Então me fala, qual a tua com ela? Porque não é possível que ela tenha feito isso só para se retratar pelo o que a irmã dela fez contigo. — Disse seriamente mantendo o olhar fixo em mim.
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Um amor (im)possível (Satoru Gojou)
Hayran KurguSatoru conhece Keyth, uma linda mulher de cabelos cacheados e com o sorriso encantador. O único problema que os impede de ficarem juntos é a missão dada a ela: matar Yuji Itadori, o hospedeiro do Sukuna. Será que o amor por ela será suficiente para...