5. Café da manhã

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 Acordei com o despertador do celular. Mesmo odiando acordar cedo a musiquinha até que é legal e me deixa com um ótimo humor. Me levantei cheia de vida, após me arrumar liguei o pequeno som que ficava na cozinha em cima de uma prateleira e coloquei na rádio, tocava uma música relaxante. Comecei a preparar o café da manhã, ainda não vi aquela preguiçosa, pra falar a verdade, nem sei se ela acordou. Dei de ombros e terminei de preparar o café, se não tem louça pra lavar suponho que ela esteja dormindo já que não teria levantado pra comer nada.

 O cheiro da comida estava ótimo! Abaixei o volume da música e fui até o quarto dela para acordá-la, porém, não a encontrei. Estranhei. Killa acordada na tão sagrada sexta dela e logo de manhã?! Impossível! Aproveitei que ela não estava e terminei de pegar algumas coisas necessárias para a viagem. Ao sair do quarto ouvi vozes e fui até a sala. Fechei a cara na hora e cruzei os braços olhando para ela. Killa estava fechando a porta e Gojou estava ao lado esperando ela, foi quando notaram minha presença.

— Que susto você me deu Keyth-nee-san! — Killa falou com a mão no peito — Que surpresa vê-la acordada a essa hora!

— Eu que diga, né! — Cerrei os olhos e ela suou frio. Com um sorriso nervoso, ela se aproximou de Gojou e o mostrou como quem apresenta um trabalho à professora.

— Olha quem eu trouxe! TA DAAA! — Eu não acredito no que estou vendo. Ela subiu no sofá (por ser pequena demais ela inventa essas coisas) e pegou na mão dele o girando.

— Bom dia Keyth-gracinha! Está deslumbrante hoje! — Ele falou.

— Nossa, que cheiro bom. Você fez comida?! — Ela desceu indo em direção a cozinha e voltando rapidamente. Se eu não fizer quem vai fazer?! — Nossa, tudo parece uma delícia! Gojou-san, o que acha de tomar café da manhã com a gente? — Olhei pra ela reprovando tudo.

— Opa, um convite desse não tem como recusar, principalmente se tiver a companhia da Keyth-gracinha! — Juro que depois dessa eu acabo com a raça deles!

— Ok, vamos então! — Gritou animada indo para a cozinha. Eu estava respirando fundo para não atacar ninguém hoje!

 Gojou se aproximou de mim sorrindo e eu estava a beira de cometer um assassinato.

— Você não vem? — Ele perguntou. Lancei um olhar mortal que o fez se afastar e dar espaço para que eu passasse.

 Cheguei à cozinha e me sentei à mesa, Gojou vinha logo atrás de mim e sentou-se em frente a Killa. Falando nela, a pequena já tinha terminado de preparar a mesa. Desculpe, mas minha comida realmente é ótima! Começamos a comer em silêncio, eu estava um pouco aérea tentando bolar um plano para matar Itadori, mas, cacete Gojou não poderia esperar até segunda não? Tem que vir me perturbar na minha casa?

— Keyth-gracinha! — Ele me tirou dos meus pensamentos. Olhei para o branquelo esperando ele falar — Você está tão quieta... tá doente?

— Não. — Respondi.

— Se preocupa não, ela é assim mesmo. Toda vez que ela fica meio aérea é porque está pensando em algo... ou alguém. — Killa terminou sua fala com uma risadinha. Ah se eu pego ela, ela me paga!

— Hm, pensando em alguém é? — Gojou colocou a mão no queixo um pouco pensativo — Deve ser em mim! — Concluiu. Quase me engasguei com a comida. Eu? Pensando nele? Jamais! Se bem que era isso... não, não, não! Eu estava bolando um plano e nada mais!

— Boa! Aposto que deve ser isso mesmo! — A pequena concordou com ele.

— Comam, a comida vai esfriar. — Ignorei totalmente o que eles falaram.

Um amor (im)possível (Satoru Gojou)Onde histórias criam vida. Descubra agora