2. Sentimentos pós-luta

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— Você não deveria permitir que eles dois fiquem sozinhos, não se sabe o que a garota fará com ele

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— Você não deveria permitir que eles dois fiquem sozinhos, não se sabe o que a garota fará com ele. Já pensou se ela o liberta e foge com ele? — Noeri repreendia com humor enquanto caminhávamos pelo colégio de Kyoto.

— Muito engraçado, Noeri. Mas saiba que ela não seria capaz de algo tão absurdo assim. 

— Se você foi capaz de desafiar Satoru Gojou e sequestrar o aluno dele, quem dirá o que Alyssa pode fazer se der na telha, afinal, ela é rebelde como Yuki. — Paramos em frente ao seu escritório e então ele abriu a porta me deixando passar primeiro — Às vezes sinto por ter permitido a adesão dela ao colégio jujutsu, deveria ter devolvido a cria à mãe quando tive a chance. — Franzi o cenho com sua fala e me sentei na grande janela que ficava de frente a mesa dele.

— Está me dizendo que Killa é filha de Yuki? — Perguntei incrédula.

— Claro, não vê a semelhança entre elas? — Caçoou me fazendo revirar os olhos.

— Nem sempre os filhos são a cara dos pais!

— Isso é verdade, seria óbvio demais se fosse assim…

— Como?

— Bom, o que eu disse foi só um modo de falar. No entanto, não seria estranho se pensassem isso delas, Yuki foi como uma mãe para Alyssa, sempre cuidou e treinou ela desde que seus pais morreram. — Respondeu como se referisse a si mesmo me deixando profundamente irritada.

— O fato dela ter criado Killa não significa nada, não a glorifique por isso. Se fosse tão simples assim, você seria um anjo, não acha? — Rebati ouvindo seu suspiro irritado.

— Ainda assim ela agiu como uma mãe agiria ao levá-la consigo, protegendo-a do perigo e de pessoas erradas.

O encarei sem entender, ele realmente estava tentando se justificar em cima do feito de Yuki? 

— Killa foi com ela por livre e espontânea vontade, mas quando se é obrigada a fazer isso eu não vejo onde entra o papel de um pai ou mãe, apenas vejo o papel de um desgraçado que não mediu as consequências ao tirar a pouca felicidade que restava. — Ele abaixou o olhar — Faça-me o favor, não tente comparar as situações porque você sabe que foram acontecimentos muito diferentes. Uma das mortes foi acidente, a outra já não temos tanta certeza assim. — Ele me encarou com indignação.

— Acha mesmo que eu matei sua avó?!

— Você foi capaz de muitas coisas no passado, até mesmo de coisas que eu nem imagino, quem sabe o que realmente aconteceu para ela morrer! — Acusei cansada daquela conversa.

— Keyth, eu não fui o responsável pela morte da sua avó! — Noeri levantou pondo as mãos na mesa enquanto se explicava com certa urgência.

—Hmpf, quem sabe? A questão é que nem importa mais, o que você tinha pra fazer já fez, me privou de passar os últimos momentos dela com ela. Não seria nenhuma surpresa se isso fosse verdade. — Me levantei e dei uma última olhada no azul do céu, hoje parecia ainda mais lindo — Vou indo, tenho algumas pendências para resolver.

Um amor (im)possível (Satoru Gojou)Onde histórias criam vida. Descubra agora