Oslo, Noruega.
Cheguei ao hotel da Apple-tea e fui direto para o apartamento dela. De relance vi a recepcionista tapar a boca com a mão enquanto ria olhando para mim, não entendi bem se era de mim ou não que ela estava rindo, mas segui meu caminho sem dar atenção. Assim que cheguei lá bati à porta e esperei que ela abrisse, o que não aconteceu. Bati de novo e nada, estranhei. Um pouco relutante peguei no trinco e assim que o girei, percebi que a porta estava destrancada, sem muita cerimônia eu entrei.
— Apple-tea? O que acha de irmos ao pub hoje?
Chamei ela e nada, estava tudo um perfeito silêncio. Uma hipótese louca passou pela minha cabeça e fui me certificar de que eu estava errado, porém, a cada cômodo que eu entrava mais percebia que eu estava certo e tudo se comprovou assim que entrei no quarto dela e percebi que estava completamente vazio: sem roupas, sem sem bagunça e sem suas coisas pessoais. Tudo completamente vazio.
— Não acredito nisso.
Desci até a recepção e parei em frente ao balcão com os braços cruzados encarando a recepcionista com uma cara séria, o contrário da dela que estava risonha até demais.
— Ela foi embora, né? — Perguntei com os olhos semicerrados para ela.
— Foi.
— Quando?
— Antes de ontem.
— E por que não me disse quando cheguei aqui?
— Foi ela que mandou. — Arqueei uma sobrancelha sem entender — Ela pediu que o senhor a encontre nesse endereço aqui. — Ela me entregou o papel. Olhei rapidamente e vi o nome "Kyoto", então ela voltou ao Japão — Apenas cumpri as ordens!
— Sei.
Dei as costas para ir embora enquanto lia o endereço completo no papel, não acredito que ela foi embora sem se despedir.
— Senhor Austin! — Virei-me assim que ouvi a recepcionista me chamar de volta — As chaves! Espero que não tenha deixado nada aberto por lá.
Seu sorrisinho cheio de deboche me irritou. Peguei as chaves e subi até lá resmungando enquanto ela gargalhava às minhas custas.
[...]
Kyoto, Japão.
Meses depois.
Um dia em um país diferente já me faz relembrar a primeira vez que viajei sozinho para o exterior, foi uma sensação única e observando esse lugar percebo o porquê da Apple-tea gostar tanto daqui, espero que continue assim. Me hospedei em um hotel não muito longe do endereço que ela me passou e hoje, já descansado e sem dor de cabeça, peguei um táxi para ir ao endereço que ela me passou, suponho que seja a casa dela, do contrário, passarei a maior vergonha que poderia imaginar batendo à porta de um desconhecido.
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Um amor (im)possível (Satoru Gojou)
FanfictionSatoru conhece Keyth, uma linda mulher de cabelos cacheados e com o sorriso encantador. O único problema que os impede de ficarem juntos é a missão dada a ela: matar Yuji Itadori, o hospedeiro do Sukuna. Será que o amor por ela será suficiente para...