7. Niti

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 Killa acabou sabendo sobre a missão do rosado fora de Tokyo, isso pelo próprio Itadori. Ela ficou um pouco triste em saber que não poderia sair com ele durante uma semana, mas fez questão de ir se despedir antes dele partir e assim que cheguei me obrigou a acompanhar.

— Tome muito cuidado, viu? — Ela falava pra ele. O coitado já estava corado.

 Fiquei analisando os outros dois. Eles parecem ser mais experientes com maldições do que Itadori, Fushiguro é talentoso e forte, mas em compensação vive com uma carranca. A outra, Kugisaki, é a mistura dos dois, é brava e talentosa, mas também é demasiadamente sincera, não que seja algo ruim, só incomoda um pouco. Ela e Fushiguro esperavam Gojou chegar com não sei quem, pois esse "não sei quem" iria levá-los até o local da missão.

 Aproveitei que Gojou não estava e fiz umas perguntas aos dois para saber onde eles iriam e por que. Tive que ter muito cuidado, o emo encubado estava desconfiado, chegava a ser assustador. Kugisaki percebeu e quase espancou ele, o acusando de ser muito fechado e inconveniente. O pobre ficou morto de vergonha. Antes que eles percebessem eu mandei mensagem para Erza informando o necessário para a investigação.

— Keyth-gracinha? Você por aqui? — Sobressaltei. O branquelo apareceu do nada atrás de mim, Fushiguro e Kugisaki se entreolharam confusos.

— Vim acompanhar Killa, ela queria se despedir de Itadori. — Disfarcei.

— Sensei! — Os dois que discutiam chamaram. A morena com os braços cruzados e batendo o pé o olhava com a sobrancelha franzida enquanto Fushiguro o matava com os olhos.

— Oi, Kugisaki, Fushiguro! Chegaram cedo hein! — Por um momento fiquei me perguntando o motivo deles estarem com essas caras, até que entendi.

— Você também chegou cedo, para alguém que vinha de carro! — Fushiguro falou. Prendi o riso, vai ter uma briga em breve aqui.

— Onde está o Ijichi?! — Kugisaki.

— Ué, ele ainda não chegou? Pensei que ele já estava aqui. — Gojou respondeu olhando para os lados.

— Você deveria vir com ele! Agora, além de atrasado ele deve estar esperando por alguém que JÁ ESTÁ AQUI! — Eita, Fushiguro tá bravo.

— E por quem ele está esperando? — Gojou parecia não saber de nada.

— Por você, sensei, por você! — Kugisaki exclamou.

— Por mim? Mas eu achei que ele viria só, por isso vim andando mesmo. — O branquelo deu de ombros. Eu só observava tudo, minha cabeça indo de um lado para o outro a cada fala deles.

— Mas você disse ontem que viria com ele! — Kugisaki.

— Disse foi?

— Disse! — Os dois gritaram ao mesmo tempo.

— Hm, não lembro... — Gojou fez uma pose pensativa — Ah, é verdade. Eu tinha esquecido, foi mesmo.

— Como pode esquecer de algo assim?! Agora Ijichi está lá te esperando e você aqui! — Fushiguro.

— Ora ora, calma. Vamos ligar pra ele e resolver tud-

— Você sempre apronta uma dessa, sensei. Estamos ATRASADOS! — Kugisaki.

 Os três começaram a brigar, os dois alunos alterados enquanto Gojou tentava arrumar alguma desculpa. Não demorou muito, Killa e Itadori ouviram os gritos da briga e vieram ver o que era.

Um amor (im)possível (Satoru Gojou)Onde histórias criam vida. Descubra agora