12. A fuga

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Espero de verdade que tudo dê certo e não seja em vão, pois essa ideia maluca de fuga me deixou ansioso e desde ontem não consigo parar de pensar nisso.

— Rápido Itadori, troque de roupa. Temos que ir agora! — Alyssa adentrou a prisão me assustando, parecia com pressa e nervosa, o que é totalmente compreensível.

— E por que isso? — Questionei quando ela me entregou uma muda de roupas: calça preta, uma camiseta de mangas longas e um moletom com capuz.

— Sem perguntas, agiliza o processo aí! — Ela disse colocando a cabeça para fora conferindo se não havia ninguém.

Só agora notei que ela vestia algo semelhante ao que me deu, provavelmente seria um tipo de disfarce.

Me senti um pouco constrangido em ter que me trocar assim, na frente dela, e tudo só piorou quando ela fechou a porta e me viu só de cueca. Seu rosto ficou vermelho e imagino que o meu também, mas ela logo tratou de se virar.

— Vamos recapitular: — Disse de costas — primeiro teremos que sair dessa escola, como todos estarão ocupados com a cerimônia de posse, ficará mais fácil sairmos com poucos xamãs. Segundo, assim que sairmos iremos direto para o centro onde pegaremos um táxi para nos levar até o aeroporto, lá haverá alguém à nossa espera que nos ajudará a embarcar sem sermos barrados já que eu ainda não atingi a maioridade, o responsável estará com tudo pronto inclusive malas, passagens e etc. E terceiro, assim que sairmos do país procuraremos um local para ficar enquanto nossa ajuda não chega. Entendido? — Ela falou tudo tão rápido que foi difícil acompanhar, por sorte essa não era a primeira vez que ela explicava o plano.

— Entendi. — Ela me olhou lentamente com receio de eu ainda não estar vestido e pôs a mão no peito após perceber que eu já estava pronto.

— Vamos então?

— Vamos! — Respondi colocando o capuz.

Antes que ela abrisse a porta ela parou e me olhou outra vez.

— Ah, outra coisa, se você se sentir mal e aparecer alguém, não precisa lutar. Deixe que eu resolva. — Tossiu.

A olhei preocupado, ela está assim faz poucos dias, tosse e espirra feito um cachorro e sinceramente não acho que ela esteja muito melhor que eu.

— Você tá bem? Desde aquele dia me parece que está doente.

— Relaxa, eu vou melhorar. Essa gripezinha não é nada, foca no plano! — Tossiu novamente.

Ela abriu a porta e saiu primeiro para checar o perímetro e ver se havia alguém. Quando ouvi seu sinal, tranquei a porta e fui atrás dela com cautela subindo todo o lance de escadas e me escondendo atrás de uma pilastra. Em seguida, entreguei-lhe o molho de chaves no qual ela encarou com estranheza.

— Toma, se dermos sorte e não fomos percebidos, levará um tempo até abrirem aquela prisão.

— Boa, Itadori. — Ela sorriu — Muito bem, daqui até a saída é um caminho mais longo, então ande ao meu lado de cabeça baixa e aja o mais naturalmente possível.

Um amor (im)possível (Satoru Gojou)Onde histórias criam vida. Descubra agora