23. Garantias e promessas juradas

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— Que bom que chegou, Gojou

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— Que bom que chegou, Gojou. — Noeri pronunciou o nome dele com repulsa. Estava sentado à mesa com as mãos cruzadas sobre a mesma e uma cara nada boa — Temos uma conversinha pendente, não acha?!

Satoru ainda estava ao meu lado próximo a porta, nos entreolhamos apavorados com a reação de Noeri e sinceramente, tenho medo de como essa conversa vai acabar.

Ele não parecia tão assustador assim antes. — Sussurrei para ele enquanto fechava a porta.

Relaxa que vai dar bom, quem não iria gostar de ter um genro como eu? — Gabou-se com um sorrisinho malandro.

— Eu ouvi isso, seu verme. Sente essa sua bunda magra aqui antes que eu torça seu pescoço! — Noeri falou irritado fazendo Satoru engolir em seco.

— Ei! Para que essa grosseria?! — Resmungou antes de ir até a mesa — E eu não tenho a bunda magra! — O observei da cabeça aos pés.

— Na verdade, tem sim. Mas não dá para notar. — Respondi indo me sentar ao lado dele.

— Qual foi, gracinha, de qual lado você está?

Noeri pigarreou quando começamos a discutir sobre quem tinha a bunda maior, imediatamente ficamos calados e concentramos nosso olhar ao homem à nossa frente que, por sinal, nos fuzilava com o olhar.

— Soube que está colocando minhocas na cabeça da minha filha com a ideia de fugir, que diabos você está tramando?! — Noeri foi direto ao assunto, seu tom era tão severo quanto o que usava ao se dirigir com qualquer um do alto escalão.

— Primeiramente, não são "minhocas", foi uma sugestão para deixá-la feliz e, pelo o amor de sua divindade, muda essa cara, sogrão! — Arregalei os olhos quando Satoru chamou Noeri de "sogrão", simplesmente o mencionado me encarou com uma cara do tipo "é por esse traste que você se apaixonou?".

— Vamos esclarecer algumas coisas importantes antes que eu acabe com você: primeiro, não me chame de "sogrão".

— Sim, sogrão. — Ele imitou um soldado fazendo "sentido" ao comandante. Dei um tapa na sua cabeça antes que as palavras de Noeri de "acabar com Satoru" se tornassem reais.

— Para de graça, caramba! — Repreendi e ele assentiu.

— Gojou, eu entendo que para você isso seja novidade. Não sei com que tipo de mulher você se relacionou no passado, mas quero que saiba que Keyth não é qualquer uma que você vai brincar e se mandar depois. Ela tem pai e esse pai vai zelar por ela. — Começou.

Senti Satoru ficar tenso, até sua postura mudou e ele ficou mais desconfortável na cadeira. Ele coçou a garganta antes de falar.

— Na verdade, ela é a primeira pessoa desde o ensino médio que eu me envolvo. — Respondeu para a surpresa de todos. Noeri simplesmente congelou.

Um amor (im)possível (Satoru Gojou)Onde histórias criam vida. Descubra agora