Amber Brown é a garota mais esquisita de toda Saint Mary's High School, conhecida popularmente como espantalho ruivo, caipira sardenta, megera encalhada e o favorito: espanta assombração.
Para desespero de Peter Stewart, a ruiva também é como um ch...
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Nunca pensei que eu me sentiria assim algum dia, mas aqui vai um fato:
Ainda bem que Peter Stewart vai desparecer por uns dias.
Depois da fatídica noite do nosso quase-encontro, ele ficou furioso comigo, me enchendo de mensagens e ligações, mas apenas me mantive em completo silêncio. Afinal, eu estaria mentindo se dissesse que tenho uma justificativa plausível para o que fiz, pois não tenho.
Quer dizer, não tenho uma justificativa que não envolva Jacob Tribbiani e seu efeito sobre mim.
No dia seguinte, logo pela manhã avistei um aglomerado de pessoas na porta da mansão dos Stewart, e como minha curiosidade sempre fala mais alto, sai para fora de casa querendo entender o que estava acontecendo.
- Você pegou tudo? - ouvi o grito agudo de Karen Stewart, enquanto uma moça de uniforme corria com duas malas.
Notei que se tratava da nova empregada, uma mulher com aparentemente uns vinte e oito anos, esguia e um pouco baixa, que sorriu para mim de um jeito amigável assim que me viu.
Ela colocou as duas malas dentro da BMW, enquanto que Karen Stewart gritava apressadamente. Pelo desenrolar das cenas, parecia que toda a família iria vigiar, já que Peter e o pai logo apareceram com mais malas.
Seus olhos encontraram os meus quase que no mesmo instante, e quando dei por mim, Peter Stewart estava vindo ao meu encontro, com uma expressão nenhum pouco satisfeita no rosto.
- Devo ser muito tolo por ainda falar com você. - ele disse assim que ficou próximo o suficiente para ninguém nos ouvir.
Quis voltar correndo para casa, mas seria patético demais e meus sapatos pareciam colados na grama verde.
- Vamos Amber, explique-se. - ele ordenou praticamente, cruzando os ombros com uma pose pomposa.
- Não é certo o que estamos fazendo, você tem namorada e não tenho vocação para amante. - falei na lata.
- Acha que a quero como minha amante? - Peter parecia ofendido com a minha acusação.
- Aparentemente.
- Tudo que fiz foi pedir um pouco de tempo, apenas isso. - ele pontuou calmamente.
- Eu sei, mas de qualquer forma não seria certo sair com você. Além disso, viu a notícia correndo solta no portal da fofoca? Não quero ter reputação de amante. - falei sem esconder meu pânico.
- São apenas especulações tolas, ninguém sabe sobre nós.
- Não existe um "nós" - fiz aspas com os dedos na última palavra.
- Por favor, não fale assim.
- É a verdade, Peter. Você apenas alimenta minhas expectativas, mas é incapaz de supri-las. - falei tomando coragem para olhar em seus olhos. - Isso é mais fantasia do que real.
